sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Versos apaixonados II

Ode ao amor I

O sorriso surgira bestificante
Naquela jovem donzela
Sonhadora e romântica


Na varanda ao vento rufante
Olha ela a pequena janela
Ao cantar da doce cantiga

Sofrendo de saudades
Pensando no tocar do vento
No tocar do amor
A maciez de sua pele arrepia

O quente sol daquelas tardes
Trazia a ela memórias do convento
E naquele rico calor
Cantava aquela melodia

Sem qualquer malícia
Cantarolava ela ali
No seio de sua inércia

À guarda da polícia
A quem tanto amava
E de quem  já não tinha notícia

Aquela galante música
Que lhe belisca a alma
Lembra-lhe aquela lésbica
A quem tanto desejava

Que coisa lúdica!
Apreciar com calma
Aquela jovem Boudica
A quem tanto se almejava

Envolta na límpida seda
Icena ela, despida estava
Observante à praia
Cantarolava à amada

Inflamava a labareda
O amor que se abraçava
Despia a sua saia
Ao vento da enseada

Defronte à alameda
A paixão se mostrava
Com o desatinado abraçar

A morena beijava na sacada
Aquela Boudica de quem gostava
Com melosos lábios de açúcar

Acariciando-se as duas com o palpar
O vento envolvia aquela chama
Naquele abraçar da tarde

Aquele lindo e apaixonado par
Sequer se movia, nem pensaram na cama
E ao vento, a seda tremulou como estandarte

Presas àquela intensa vontade
Que não é mais do que um bem querer
Tentaram suprir sua saciedade

Nos corações mostra aquela bela amizade
Que o amor é fogo que arde sem se ver
É a chama que move a simplicidade

O abraçar das duas na seda fina
O beijar na ensolarada tarde
O desenvolver da intensa volúpia
Aquela despreocupada ação

Aquela sensualidade feminina
Que tão bem é retratada na arte
Com sua simplicidade quase rúpia
Que tanto lhe cabe ao coração

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