Sofro hoje ao tentar amar alguém que sequer sabe que existo. Ao ver meus camaradas mais próximos arranjando suas vidas, conquistando poder e angariando paixões, mais e mais me torturo.
A vida é crua, minha querida. O mundo é frio e hostil.
Eu que sempre fui regido pela frieza e racionalidade, mas por uma infelicidade do destino eu a conheci.
"Cupido! O que me fizestes! I. o que me fizeste!"
Eu sofro calado a extrema tristeza da situação, as trocas de olhares, os gestos graciosos, apenas a pequena e diminuta recordação ficarão na minha mente.
"Deos meus! Estou apaixonado e enfermo por uma doença a qual cura não há conhecida. O amor!"
Sofrimento à parte, sinto vontade de abraçá-la e contar-lhe tudo mais eu sinto, o que sou e o que faço:
"Bon jour, mon petit, je suis D'Artagnan!"Contudo, a senhorita iria rir-se de mim e de meu estado de completa insanidade, eu mereço tamanha dor, afinal, até agora, não tivera eu coragen de declarar extrema vergonha e medo, afinal, agora, nada mais sou perto de sua estupenda grandeza e beleza.
Estou triste, triste, I., por não poder cumprido o meu mais tenro desejo, ter te amado como deveria.
Assim, nesse espaço, eu me despeço, com grande amargura no coração.
Serpov, primavera de 2010.
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