domingo, 4 de setembro de 2011

Um interessante paralelo

Eu estava a ler o site da Folha (raramente faço isso, mas naquela ocasião fiz) e descobrir um inovador livro de uma ativista feminista americana.

Eu particularmente não tenho problemas com feministas (certo, algumas excedem muito em suas argumentações, tal como nós socialistas), mas não era sobre isso que o livro tratava, o livro se propunha a fazer um paralelo entre a atual conjectura dos EUA com a da  Alemanha Nazista.


Foi interessante ver tudo isso, transcreverei na integra trechos da reportagem da Folha:


"Ninguém pode negar a habilidade dos fascistas em moldar a opinião pública. Eu não posso provar que qualquer pessoa no governo Bush tenha estudado o pensamento e os atos de Joseph Goebbels. Nem estou tentando. Tudo o que estou fazendo é apontar ressonâncias.

Enquanto você lê, pode notar outros paralelos - geralmente nos detalhes dos acontecimentos. O governo Bush criou uma norma pós-11 de Setembro a respeito de líquidos e viagens aéreas. Restrições cada vez maiores levaram seguranças de aeroportos a forçar alguns passageiros a ingerir líquidos: uma mãe de Long Island, por exemplo, teve de beber três garrafas cheias de seu próprio leite antes de embarcar num avião no aeroporto JFK. Outros passageiros adultos foram obrigados a beber leites enriquecidos para bebês. Na era de Benito Mussolini, uma tática de intimidação era forçar cidadãos a beber vomitivos e outros líquidos. Homens da SS alemã requintaram o método: fizeram Wilhelm Sollmann, um líder social-democrata, por exemplo, beber óleo de rícino e urina.17 Claro que leites enriquecidos para bebês não são vomitivos. Mas agentes governamentais - alguns deles armados - forçando um cidadão a ingerir um líquido é uma cena nova nos Estados Unidos.

Um momento em um momento feliz de sua carreira na SS

Em 2002, o governo Bush criou o "Departamento de Segurança da Pátria". Os porta-vozes da Casa Branca começaram a se referir aos Estados Unidos, pela primeira vez, como "a Pátria". Os presidentes americanos até então falavam do país como "a nação" ou "a república", e as questões internas eram "domésticas".
Em 1930, propagandistas nazistas não se referiam à Alemanha como "a nação" ou "a república" - o que era -, mas como "Heimat", "a pátria". Pátria é um termo descrito pela memorialista Ernestine Bradley, que cresceu na Alemanha nazista, como saturado de poder nacionalista: "Heimat é uma palavra alemã que não tem equivalente satisfatório em outras línguas. Ela denota a região em que alguém nasceu e à qual se mantém enraizado... Sentir falta da Heimat causa a doença incurável da Heimweh [nostalgia]." O vice-Führer Rudolf Hess, ao apresentar Hitler num comício em Nuremberg, disse: "Graças a sua liderança, a Alemanha será a Pátria - para todos os alemães do mundo." Um Departamento de Segurança Interna é simplesmente uma burocracia, sujeita a errar; mas um departamento de proteção à "Pátria" tem um outro tipo de autoridade.


Olha só, esse deve ser o sonho dele todos os dias

Em 2001, o USA Patriot Act** permitiu ao governo federal obrigar médicos a entregar históricos confidenciais de seus pacientes sem um mandado que o justificasse. Suas conversas com seu médico estão agora sujeitas ao escrutínio do Estado. (A legislação nazista da década de 1930 ordenava aos médicos alemães que revelassem ao Estado os históricos médicos dos cidadãos.)



Em 2005, a Newsweek informou que os prisioneiros de Guantánamo haviam visto o Corão ser despejado em vasos sanitários. Sob pressão da Casa Branca, a revista publicou uma correção. Não tinha entrevistado testemunhas diretas dessa prática. Mas organizações de direitos humanos confirmaram relatos de abusos similares envolvendo o Corão. (Em 1938, a Gestapo forçou judeus a limpar privadas com seus filactérios sagrados, os tefilin.)

Foto de Hitler com o avô de Bush, Prescott Bush (que raio de nome é esse?) Pra mim é montagem, mas vai saber.

A Anistia Internacional informa que os interrogadores americanos atormentavam os prisioneiros no Iraque tocando heavy metal em volume máximo em suas celas dia e noite. (Em 1938, a Gestapo infernizou o primeiro-ministro austríaco Kurt von Schuschnigg, na prisão, deixando um rádio ligado em volume máximo, noite e dia.)


Um grupo de direitos humanos iraquiano se queixou de que, em 2004, forças americanas sequestraram esposas inocentes de supostos insurgentes e as mantiveram como reféns para pressionar os maridos a se entregar. (Na Rússia de Josef Stalin, a polícia secreta fazia o mesmo com as mulheres de dissidentes acusados de "traição".)


Quando os Estados Unidos invadiram o Iraque, o vice-presidente Dick Cheney prometeu que seríamos "saudados como libertadores". (Quando o Exército alemão ocupou a Renânia, a propaganda nazista afirmou que as tropas seriam recebidas como libertadoras.)
Um dos discurso de Herr Bush.


O presidente Bush alegou que os prisioneiros da baía de Guantánamo podiam ser tratados duramente porque não eram beneficiários das Convenções de Genebra. (Os nazistas recomendaram aos soldados alemães na Rússia que tratassem o inimigo com brutalidade especial, porque eles não eram beneficiários das Convenções de Haia.)


Depois do 11 de Setembro, a então assessora de segurança nacional Condoleezza Rice e o vice-presidente Cheney cunharam uma nova expressão: os Estados Unidos estavam agora em "pé de guerra".


Aparentemente, era uma escolha casual de palavras. Mas, se você pensasse no assunto, era também uma espécie estranha de escolha de palavras, já que os Estados Unidos não estavam de fato em guerra. O que é "pé de guerra"? (Líderes nazistas explicaram, depois do incêndio do Reichstag, que a Alemanha, que não estava de fato em guerra, estaria a partir de então em permanente kriegsfusz - literalmente, "pé de guerra").


A Casa Branca de Bush "embutiu" repórteres nas unidades militares americanas no Iraque. A falta de visão crítica da cobertura aumentou consideravelmente. (Agentes de propaganda nacional-socialista "embutiram" repórteres e equipes de câmera nas próprias Forças Armadas: a cineasta Leni Riefenstahl foi misturada às tropas nazistas na Polônia, e o correspondente americano William Shirer entrou com as divisões alemãs na França ocupada.)


O governo Bush despejou de aviões, durante a noite, caixões de soldados americanos mortos e impediu os fotógrafos de registrarem a cena. (Os nacional-socialistas fizeram exatamente o mesmo.)


A expressão "célula dormente" penetrou profundamente no inconsciente dos Estados Unidos, tornando-se até tema de um filme feito para TV. Mas, em 2006, Richard Convertino, promotor do caso Detroit, foi indiciado sob acusação de tentar apresentar provas falsas no julgamento e de esconder as verdadeiras, numa manobra para sustentar a tese do governo sobre os réus. Todas as acusações contra os dois homens foram retiradas e o Departamento de Justiça silenciosamente retirou a acusação. Mas você provavelmente não soube nada disso, e as arrepiantes histórias de células dormentes continuaram no ar para perturbar seu sono.
Célula dormente era algo de que a maioria dos americanos nunca tinha ouvido falar antes. É uma expressão da Rússia de Stalin, onde os propagandistas diziam que células constituídas de agentes do "capitalismo internacional" - isto é, nós - haviam sido enviadas pelo governo dos Estados Unidos para se infiltrar na sociedade soviética. Esses agentes secretos posariam de bons camaradas, vivendo tranquilamente entre seus vizinhos, apenas esperando o dia em que, dado o sinal, todos eles se levantariam para causar destruição.


Quando o plano terrorista contra aviões destinados aos Estados Unidos foi descoberto em Londres em 2006, um funcionário do FBI deu uma declaração muito divulgada: "Se esse plano tivesse sucesso, o mundo pararia." Os caras do FBI não costumavam falar em linguagem tão poética. (Sobre seus planos em 1940, Hitler disse: "O mundo vai prender a respiração.")"

Esse paralelo foi incrivelmente estupendo, eu mesmo não poderia ter feito uma análise tão boa.

Mas parei para pensar, no seio de minha inocência, não seria o Ataque ao WTC, em NYC, no dia 11 de setembro de 2011, uma repetição dos eventos  de 27 de fevereiro de 1933, em Berlim, no tão lembrando Incêndio do Reichstag, que resultou na total posse do fascismo?

 Os dois eventos eventos particularmente são muito semelhantes!




Não teriam os americanos, eles próprios forjado o atentado terrorista, unicamente para iniciar uma cruzada armamentista quase cruzadística, unicamente para suprir os interesses de seus lobistas, os magnatas da Indústria das Armas, como Colt e afins (igual aos Krupp o foram para os nazistas)?

Era o que eu temia!


Quanto mais raciocino, mais penso que o ataque ao WTC e ao Pentágono tenha sido forjado. Quanto mais penso, mais penso que Bin Landen trabalhava para a CIA para servir de culpado nessa história. Quanto mais penso, mais vejo que Bin Landen pode estar vivo, cruzando as ruas, inócuo, enquanto o Mundo, sedento de sangue comemora a sua morte.



O dia 11 de setembro de 2001 será lembrando como o dia da infâmia. Mas quem será que fez a infâmia? O 11/09 modificou completamente o jeito do mundo de pensar, e se não pararmos para análisar as coisas, tudo estará perdido.

Os nazistas utilizaram o Incêndio do Reichstag como desculpa para iniciar uma cruzada aos seus opositores, para se estabelecerem no poder e para militarizarem sua nação, não teriam feito isso os republicanos? Os nazistas inculparam os comunistas de terem incendiado o parlamento, trazendo assim um ódio expoente a sua população, e ao associarem isso aos judeus, acabaram angariando apoio às suas atrocidades.


Aos que morreram no Ataque ao WTC meus pêsames, eu vos respeito, mas aos seus governantes não. Eles, com uma das melhores agencias de inteligência do Mundo, não souberam o que aconteceria, é muito inverossímil.

O que não podemos permitir é que a Direita retome o poder, tanto nos EUA (os bushistas), na Europa (sarkozystas e afins) e no Brasil (mesmo sendo muito tosca a direita, temos a Globo e o DEM(o).

Eu espero que não precisemos ter uma nova guerra para que entendamos isso.

Já basta uma vez, eles não perceberam o que no passado deu? (Soldado do Exército vermelho estendendo a bandeira da URSS na carcaça do prédio do Reichstag, no final da Batalha de Berlim)

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