sábado, 3 de setembro de 2011

A caneta e o lápis

Uma das mais notáveis anedotas da história da Guerra Fria.

Nas primeiras missões espaciais, os cosmonaltas, tanto soviéticos quanto americanos, percebiam que tinham problemas em escrever sobre as condições de gravidade zero. Afinal, nenhuma caneta escreve sem a gravidade ( a tinta não desce, dah!)


Mas o que os americanos fizeram? Hã? Os americanos gastaram milhões de doláres para desenvolver uma caneta esferográfica que escrevesse no Espaço, uma caneta que escrevesse sob as mais diversas condições de temperatura, de 45° negativos a 225° positivos (o foda seria o cara sobreviver a essas condições), a caneta Fisher.

O principio de funcionamento da caneta
Durante esse período, Paul C. Fisher, da Fisher Pen Corporation, desenvolveu uma caneta ballpoint que escrevia melhor nas condições únicas do espaço. A nova caneta de Fisher, com um cartucho de tinta pressurizado, funcionava em situações sem gravidade, debaixo d’água, imersa em outros líquidos e em temperaturas extremas, entre -45C e 204C.

Outra foto da caneta
Enquanto isso, os russos usaram o lápis!
Isso mesmo, eles usaram lápis de cera!

Logo depois, os dois lados estavam usando o mesmo dispositivo inútil no Espaço.

Mas a questão é: Por que a Nasa não pensou nisso antes? Mas ela pensou, mas de modo estúpido. Durante as primeiras missões espaciais da NASA, os astronautas usaram lápis.

Para a Missão Gemini em 1965, por exemplo, lápis mecânicos foram encomendados a Tycam. O contrato de compra incluiu 34 unidades com um custo de U$4.382,00 (U$182,89 cada uma).(porra
, que lápis caro!), os soviéticos usavam lápis de cera comum, desses que você compra em qualquer papelaria. Os americanos, putos da vida, começaram a desenvolver a tal caneta.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Haber e o uso da ciência para o "bem" e para o "mal"

A figura mais controversa pra mim na história da Ciência não é Oppenheimer (pai da bomba nuclear), nem Alfred Nobel (criador da di...