terça-feira, 27 de setembro de 2011

Agradecimento

Faz muito tempo em que não dou o trabalho em escrever, de certo perdi o ânimo ao perceber quão vazio estava meu blog e o quanto que o déficit criativo que corroía.


Obviamente, o número gigantesco de post deve ter sido uma das causas. Eu devo confessar que já senti vontade de fechar o blog de vez e ponto, mas nunca tive coragem, e as minhas lacunas criativas foram passando.

Em todo o caso, eu sou grato por vocês, carissimos leitores, dedicarem seu tempo e sua paciência com esse punhado de escritos reunidos por um singelo escritor. I have to say thank you!

Eu comecei o blog como resposta a certos comportamentos que presenciava na sociedade, minha proposta era levar reflexão aos indivíduos pensantes da sociedade. Não vou mentir, sou socialista, eu realmente acredito que o socialismo seja o caminho (embora, não o estilo soviético), mas tento em demasia conter meus vícios ideológicos.

É engraçado como tudo começou, uma coisa pequena, uma ideia que tive ao ler Nietzsche, e pronto, meu blog. Comecei a divulgar isso para os meus melhores amigos, e a receber críticas construtivas, até que comecei a fazer mais e mais posts, desvencilhando-me às vezes a política, para expor análises da religião, expor curiosidades históricas, divulgar contos e poemas.

O blog foi crescendo, foi sendo melhor divulgado, comecei então a me consumir por uma arrogância benéfica, e tentei fazer de tudo para que todos vissem o que escrevia. Postei no Facebook, no Orkut, no e-mail, em tudo que é canto, até que eu fiquei extremamente orgulhoso de perceber o quanto tinha evoluído a pequena criança que havia criado numa bela tarde no meio das férias do calorento inverno do Planalto Central (Brasília é diferente, no Inverno faz um frio congélido de manhã, e a tarde um calor extenuante acompanhado de uma umidade do ar comparável aos mais secos desertos).

Hoje, acompanho com orgulho o ritmo com que as pessoas acessam meu blog, e na rede, ele não só se limitou a meu país. A primeira vez que vi uma visualização vinda do extrangeiro, eu me senti extenuante, até hoje lembro que foi da Alemanha, não sei como alguém conseguiu encontrar meu blog, mas encontrou.

Vieram então leitores de outras partes o globo, dos Estados Unidos, do Canadá, de Portugal (nossos irmãos isolinguísticos) e da Rússia, quando eu vi que havia russos lendo o meu blog, eu dei um pulo de alegria.

Eu pessoalmente gosto do povo russo. Eu acordo de manhã sob o som de Tchaikovsky ou Rimsky Korsakov (às vezes de Rachmaninoff), corro em direção ao banho cantarolando modinhas russas (Kalinka, A Canção dos Barqueiros do Volga, Katyusha); no ônibus, leio autores russos, Tchekhov, meu grande mentor intelectual, Maiakovsky, Dostoievsky, Gorky (embora não goste muito), e Tolstoi. Ao chegar na universidade, debato política como bukharinista, estudo Ivan o Terrível e Stálin. Bebo vodca russa, danço de vez em quando a gopak (principalmente êmbrio) e me apaixono pelas belíssimas russas.

É, essa é minha vida, esse é meu blog, a questão é que eu sinto que mesmo escrevendo em tais linhas tortas, talvez eu não esteja me expressando bem o meu total sentimento de agradecimento a você, caro leitor, em todo caso, quero que saibam que eu estou muito agradecido com tudo isso.


A. Serpov, 27 de setembro de 2011

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