quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Diálogo existencialista da supra emoção (ou quase)

Queria só por um momento
Não mais poder chorar
Não poder mais tagarelar

Isso me faz querer cantar
Mas isso não me deixa um bem-estar
Pois não expresso meu sentimento

Que grave lamento!
Pare logo de declamar
Pois não há nada a se chamar
Não há nada em que acreditar

Que terrível tormento!
Deixe-me cantarolar
A velha cantiga de amar
Que pensei naquele pomar

Na sombra do luar
Você cantarolou no mar
E no frio foi recitar
Como freira em convento

Cale-se, jumento!
Estou a cantarolar
Pois ela,  a querida donzela
Na orla há de estar
A ouvir meu cantarolar

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