quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Reflexões sobre o Movimento Verde


Eu paro para pensar no que seria o ambientalismo em si.


Não seria se não uma corrente para salvaguardar o futuro da Terra?

Contudo, não é o que presencio todos os dias... Todos os dias vejo mais e mais o ambientalismo se vender em concepções débeis de Desenvolvimento Sustentável (que até hoje não entendi o que é!)

Dizem que o desenvolvimento sustentável é uma modalidade no qual se desenvolve sem destruir, mas não é isso. Para desenvolver você inevitavelmente você destrói — afinal, isso é óbvio, afinal, para você sobreviver, você precisa matar um animal ou uma planta.

O que seria então o Desenvolvimento Sustentável? Uma modalidade de desenvolvimento que visa poupar o máximo de custos para ter maior aproveitamento, não seria essa a definição de capitalismo?

Não, não, não, o desenvolvimento sustentável é um sistema no qual você desenvolve poupando os recursos da natureza (WHAT!).

É por isso que acho difícil de compreender isso, esse conceito virou moda, mas ninguém consegue explica, o que afinal, seria o desenvolvimento sustentável?

Um amigo meu, stalinista de coração, disse: “Desenvolvimento Sustentável nada mais é que tentar aplicar os conceitos ambientalistas ao capitalismo”.

Ele não está totalmente errado, talvez seja essa a melhor definição.

A questão é que todo o dia sou bombardeado com propaganda ambientalista que se diz primar pelo bem do homem, pelo bem estar da natureza, que quer tornar o mundo um lugar melhor, etc.

Eu corro o risco de ser  apedrejado, mas que espécie de pessoa é a que prima primeiro uma planta que um ser humano?
Não estou querendo ser chato, mas deixe eu expor meu ponto de vista, enquanto milhares de pessoas debatem que os transgênicos não deviam ser aprovados, que devia-se salvar as sequóias do Alto Canadá, e etc., elas se esquecem que ao mesmo tempo, todo o dia morrem dezenas de crianças de crianças (melhor, centenas) de inanição na África.

Eu tive a chance de debater com um amigo meu, ligando parcialmente aos ambientalistas, e percebi algumas coisas: Quando falei sobre o trabalho escravo na China, revelou-se pragmático, dizendo que isso acontecia e eu a entender que nada poderia ser feito.

Quando falei sobre as crianças que morriam de fome, ele não esboçou nenhuma grande reação. Eu não estou qualificando ele, mas aquilo me deu uma péssima impressão.

Enquanto, eles, dia a dia, se debatem para proteger a natureza, milhares de pessoas padecem de fome nos recantos da África, corroídas pela peste (o HIV) e as guerras. Mas quase nada pensam neles em quanto formulam seus discursos. É fato que a desgraça da África também é uma associação de fatores climáticos que foram alterados pelo homem, mas incrivelmente, pouco vejo o Greenpeace e o WWF fazerem alguma coisa por essas pessoas, mas pelos animais eles lutam.

Eu não os estou criticando por defenderem a fauna e a flora, pois a questão não é essa, eu realmente acho que esse trabalho que eles fazem é prioritário, mas penso comigo: “Poderiam eles pensar um só minuto na desgraça com que muitos de nós vivem por causa da desnutrição e da desigual distribuição de renda?”

Eu não sei, mas pelo menos eu vejo a ONU dar apoio, ONGs darem apoio, os Médicos sem Fronteiras darem apoio, a Cruz Vermelha dar apoio, mas não vejo o Greenpeace nisso.

Estou criticando é a não-participação dos ambientalistas nessas situações, nas quais as mudanças climáticas também influenciam. Terá o homem, o somali, na sua área seca, desprovida de água, tornar-se um animal para se tornar protegido pelo Greenpeace? Terá ele ter que se tornar um animal em extinção, para ser assessorado pelos ambientalistas?

Perguntar-me-ão: Qual é a sua sugestão?

Eu diria socialismo, mas logo seria rebatido: A China é um dos maiores poluidores do mundo.
Mas quem disse que a China é exemplo de socialismo? Afinal,  é a China que está virando a superpotência capitalista.

Além disso, a minha proposta de socialismo é diferente da tradicional... Minha concepção também diz que a natureza também deve ser levada em consideração. Uma economia baseada em recursos (importei isso do Zeitgeist) em que todos os recursos sejam distribuídos igualmente.

Poderão me questionar:  “Qual é a sua contribuição ao mundo? E qual é o seu papel de auxílio às crianças da África?”

Eu direi nenhum em ambas as perguntas, minha contribuição será ínfima, nós precisamos de homens de ação, e não de simples teóricos como eu. É verdade, eu me sensibilizo quando vejo as famélicas crianças da África serem corroídas pela inanição, mas é certo, que nada fiz para mudar.

Mas o que eu falo, é para o Movimento Verde esquecer um pouco a história de Desenvolvimento Sustentável e pensar em apoiar o bem-estar dos homens em associação ao bem-estar da natureza.

Eu sou um ativista fracassado, de certo, sou um mal-amado, de certo, sou um estrupício, de certo, mas eu tento enxergar além das vendas das novas ideologias. Tanto que critico tanto o socialismo, como o movimento verde, o capitalismo, etc.

 Eu acho hipocrisia tentar salvaguardar o mundo unicamente só pelo seu bel-prazer, o mundo é coletivo!

De novo, eu caho importante o trabalho dos ambientalistas, eles monitoram os excessos cometidos pelos homens, os desmatamentos, o uso de inseticidas (desde o Fator Laranja, deve-se ficar de olho nisso), a poluição em si, eles são sim figuras a se respeitar, mas ainda acho que seria bom também que eles levassem o fator social em consideração. 

Eles deviam afastar os membros que tentam vender a ideia de capitalismo em associação a ecologia, pois isso não parece dar certo!

Eu queria às vezes voltar no tempo. À época de Adão, e avisar o infeliz para não comer a maldita maçã e não confiar em serpentes; se Adão tivesse ouvido, estaríamos certamente ainda no Paraíso.

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