sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O chapéu rubro (texto do blogueiro)

Ao esvoaçante vento que batia-se naquela pequena cabana de taipa, junto à floresta, naquela parte da diminuta aldeia de Krasnaia, existia ali uma jovem, sardenta, de cabelos loiros trançados, olhos azuis que se maravilhava em vestir roupas avermelhadas, desde um pequeno chapéu de cetim a uma extensa capa de seda.

Mas naquele dia, ensolarado dia de verão, ela conversava com o seu namorado, o jovem caçador Frank, que era burro como uma porta. Ele era alto, corpulento, tinha traços um pouco rudes, e usava uma camisa xadrez e uma calça jeans e sempre andava com sua espingarda a tiracolo.

— Venha, venha, vamos para aquele celeiro, lá poderemos conversar melhor, minha mãe saíra.
Frank fora puxado pelo braço em direção ao celeiro que tanto a jovem falava. Ele estava impressionado com a força com que aquela jovem, com dezoito anos recém completos, o puxava para aquela instalação isolada da propriedade.

Era um velho balcão de madeira escura, totalmente mal conservado, corroído por cupins e com as janelas caindo aos pedaços, seu teto paliçado aquecia em demasiado  o interior daquela instalação no verão e esfriava em demasiado no inverno.  Ali, descansavam os cavalos da família, ali, o feno era guardado em alçapão logo assim, e ali se guardavam também os grãos da colheita.

Ali, em meio àquele galpão madeiriço cravado no meio de extensos abetos e bétulas, estavam os dois, agarrados um ao outro, como dois amantes que eram. O tolo caçador era silencioso, não sabia o que fazer, e deixou tudo aos encargos da bela moça.

Ela, voluptuosa como sempre, trazia desejos a todos naquela aldeia, até mesmo ao senhor daquelas terras, mas já era comprometida com aquele caçador. Empurrou-lhe para o feno paliçado no chão e ele caiu naquela cobertura vegetal, enquanto observava ela se despir.

Retirou o véu vermelho da cabeça, depois levantou a blusa branca para cima de seu busto, deixando a mostra seus já bem desenvolvidos seios roseados (que bela coisa de se ver!), virou-se e agachou-se de costas ao caçador, dando-lhe plena visão de suas nádegas  enquanto ela retirava a saia vermelha enquanto rebolava a si como se brincasse de bambolê.

O caçador ficou calado,  ficara incrivelmente excitado com tudo aquilo, mas achava tudo aquilo estranho, pois não achava que tudo aquilo cabia a uma moça casta e recatada que tinha idéia.

Os pomos bandeados das nádegas esbranquiçadas abriram-se  defronte a si e ele observou com atenção aquela pequena greta, ainda intocada, totalmente roseada, sem qualquer vestígios de pelugem próximo a si, aquilo o trazia um largo sorriso em sua face.

O tocar de um dedo na pequena abertura encrostada no centro daqueles pomos,  logo acima da intocada greta, trouxe ainda mais afobação ao jovem caçador que já não guardava mais tamanha inquietação. Ele agora queria que aquela relação se desenvolvesse de modo mais carnal, principalmente porque já estavam às vésperas do casamento.
— Anna! — Suspirou.
Ela virou-se com um olhar já um tanto luxurioso e caminhou para próximo de seu noivo, de quem rapidamente desabotoou a calça. Aquela menina sardenta tinha crescido, e agora, frente a frente àquela estrutura que emergira com o desabotoar da calça,ela, a jovem Anna, abriria a boca para proporcionar prazer aos dois.
— Anna! Anna! — Ouvia-se de longe o gritar de uma velha senhora.
Anna, a donzela do chapéu vermelho, interrompeu o que seria de grande agrado para os dois e tratou-se de vestir-se às pressas. Levantou sua saia, abaixou sua camisa e vestiu o seu lenço sobre a cabeça.
— Desculpe, eu tenho que ir.
Frank amaldiçoara sua futura sogra por isso, bem no seu melhor momento do dia, ele tinha que ser interrompido naquele instante! Esbravejava ruidosas palavras feias, enquanto vestia apressadamente suas calças enquanto via a sua noiva correr em direção à casa grande da propriedade.

—  Sim, mamãe? — Aparece a jovem defronte à mãe.
— Onde você estava, menina? — Questionou  curiosa a mãe.
— No celeiro, dando de comer à mimosa.
— Tudo bem, quero que faça uma coisa para mim.
Entra a mãe de Anna na cozinha daquela casa de madeira, ao estilo country americano, e procura uma cesta de coisas que montara no outro dia. A mãe de Anna, a senhora Redhat, era viúva, mas nem por isso era velha. Ela ainda era jovem, tinha trinta e seis anos recém completos; era alta, ruiva dos olhos azuis, sensual em seus sinuosos atributos,  parecia a versão moderna de Atena com a ruiva rainha ceuta Boudica.

Ela era religiosa, (cristã) ortodoxa como seu pai, o velho Vladimir, que um dia fora senhor daquelas terras, mas hoje finado, perdera tudo no jogo e em bebida.
— Aqui, tome, querida, sua avó está doente, por isso preparei esses doces, biscoitos, pãezinhos e frutas que estão na cestinha. Você poderia levar à casa dela?
— Claro, mamãe. A casa da vovó é bem pertinho!
— Mas, tome muito cuidado. Não converse com estranhos, não diga para onde vai, nem pare para nada. Vá pela estrada do rio, pois ouvi dizer que tem há um  maníaco rondando a estrada da floresta,  e não preciso dizer qual é o perigo de se encontrar com ele.
— Está bem, mamãe, vou pela estrada do rio, e farei tudo direitinho!
— Ótimo, vá com Deus minha filha. São Cirilo está de olho em você.
Assim partiu, caminhando em direção ao sítio da sua avó. Transcorrendo pelo caminho,  apercebeu-se de quão bonita era aquela floresta. Aqueles altos pinheiros exalantes traziam largas recordações da moça com o seu finado pai, que morrera na guerra contra o Principado vizinho.
Admirava-se com o cantar dos pássaros, das cotovias cantantes e quando percebeu as rosas no caminho da estrada, agarrou algumas e às colocou junto à si. Voa incansável a borboleta, aquela pequena criatura das asas amareladas fizera com que Anna se esquecesse do perigo que corria.
Cantarolando uma modinha e juntando flores pelo caminho, a moça do chapéu vermelho nem reparou o quão perto o perigo podia estar...
Ela nunca tinha visto um mal-feitor  antes, menos ainda um maníaco. Levou um susto quando ouviu uma melosa voz dentre o cantar dos passarinhos:
— Onde vai, linda menina?
—  Vou à casa da vovó, que mora na primeira casa bem depois da curva do rio. E você, quem é?
O homem respondeu:
Sou um guarda da floresta, e estou aqui para proteger jovens indefesas como você.
Sentira-se agora segura quando ouviu isso, agora não tinha mais razões para se preocupar, ou não.
— Ah! Que bom! Minha mãe disse para não conversar com estranhos, e também disse que tem um  homem mau andando por aqui.
— Não se preocupe com nada  — respondeu o louco — pode seguir tranqüila, irei na frente retirando todo perigo que houver no caminho. Sempre ajuda alguém que possa a proteger.
— Muito obrigada, seu guarda. Assim, mamãe nem precisa saber que errei o caminho, sem querer.
Mas aquele não era um guarda, era o louco Bessó, um maníaco com uma extensa ficha criminal, maior até do que si, ele fora médico, quando jovem, mas isso não era necessariamente uma coisa boa. Em Berlim, onde trabalhava, à noite, ele retirava de sua maleta de médico uma mascara de horror, a qual vestia, e um bisturi, o qual usava para atacar os passantes na rua.
Ele era tão mal que fazia suas vitimas sofrerem minuto por minuto até lhes cortarem a artéria carótida, logo abaixo da orelha esquerda, para matá-las instantaneamente e depois bebia o sangue que jorrava, acreditando que o deixava assim mais forte.
Bessó ainda utilizava o bisturi para persuadir as jovens donzelas que tinham a infelicidade de passar pelo seu caminho a fim de aproveitar-se de sua virgindade para seu próprio prazer, e após o estupro consumado, ele as cortava suas genitálias por simples diversão. Quinze mulheres em Berlim sofreram com isso, uma delas morreu de hemorragia.
Quando foi pego, pelo chefe de polícia Von Bern, Bessó afirmou que tinham lhe feito um favor, pois ele não ia descansar até matar a todos em Berlim. Fora julgado em primeira instância à pena de morte, mas conseguira escapar da execução no caminho para Poznan, onde matou os quinze guardas com uma navalha.
Agora ele estava naquela aldeia, na Prússia Oriental, esquecida pelo tempo e por todos, de frente a jovem do chapéu vermelho, passando-se por um simples guarda florestal.
E o louco murmurou para si:
— Este será nosso segredo para sempre...
E saiu correndo na frente, rindo e pensando:
“Aquela idiota não sabe de nada: vou comer a vovozinha dela e ter a netinha de acompanhamento ... Uhmmm! Que delícia! E depois beberei seu sangue, como deve ser bom o sangue de virgem!”

A casa da vovó era uma bucólica cabana de tijolos vermelhinhos, telhado de madeira triangular, com três pequenas janelinhas, uma porta grossa de madeira e uma chaminé ao fundo; ficava numa clareira no meio da floresta, próxima aos ciprestes e abetos brancos, logo atrás ao flanco do rio.
Chegando à casa da vovó, Bessó bateu à porta e como era barítono, camuflou sua voz.
— Vovó querida, sou eu Anna, a chapeuzinho vermelho.
— Abra a porta, minha neta, está apenas escorada — Disse com voz meio doente.
O louco abriu a porta de ferrolho e quando viu a vovó sobre a cama, saltou sobre ela.
— Ei, o que isso?
— Eu vim aqui te comer.
Saltou sobre a senhora de cinquenta anos e ela imobilizou. Despiu o cobertor de cima de sua face e observou atentamente o rosto daquela senhora.
Ela não tinha rugas aparentes (como assim?),  tinha nariz longo e fino, boca sensual, olhos bem delineados, cabelos castanhos, parecia a Demi Moore, sinceramente. Ele a despiu a força e revelou que os seus seios ainda eram firmes e fortes, que suas nádegas quase não tinham estrias. Com ela imobilizada, despiu ele suas calças.
            As musas que vivem nas florestas eslavas, que dizem foram amaldiçoadas pelos deuses, ou eram crianças que morreram antes de serem batizadas, as chamadas as vilas (wiłas) da floresta, apiedaram-se daquela donzela, a quem tanto juraram proteger (por ordem de São Cirilo) e em conselho responderam: 
                 — Pobre Anna! Devemos ajudá-la? — Questionou a líder das musas, a fantástica Jerasalja.
                  — Não, ela sabia o que estava fazendo, quem mandou ela desobedecer a mãe? — Disse a vila Catarina.
                  — Mas ela é uma criança! — Grunhiu uma outra vila.
                   — Mas é uma criança ortodoxa, o que nós podemos fazer por ela?
                   — Não se esqueçam que São Cirilo a protege.
                   Surge do céu ninguém mais que São Cirilo,  com sua gigantesca barba branca, que ia até a altura dos ombros, envolto em uma túnica vermelha e uma imagem da virgem Maria com um pequeno menino nos braços.
                     — Algum problema? —  Questionou inquisidoramente.
                      — Não, São Cirilo, é que nós...
                       — Diga-me de uma vez, Catarina, por que não quer que salvemos a moça?
                      — Ela desobedeceu   as ordens de sua mãe, ela não merece ser salva.
                      — Não teria você desobedecido às ordens do seu santo pai, quando se tornou uma vilna?
                      — Isso é diferente, São Cirilo.
                      — Mas pede perdão todos os dias, para ascender no reino dos Céus, não é mesmo? Ajudem a menina, ela é uma serva do Senhor.
                      — Mas, São Cirilo!
                      — Sem mas, a sua situação já não é das melhores, não vai querer um santo contra vocês, não é mesmo?
                     — Não, São Cirilo, faremos o que ordenar.
                     — Ótimo.
                     Ascende aos céus a figura daquele santo eclesiástico da Ortodoxia, o responsável por envangelizar os eslavos e lhe proporcionar o seu querido alfabeto característico.        
As vilas, como os espíritos da floresta, acataram a vontade de São Cirilo.
 Famosas por enfeitiçar os homens com sua beleza e com o seu cantarolar de uma modinha, elas decidiram  alertar o jovem caçador sobre o perigo que Anna corria, e com um cantarolar suave cantavam:
— Corre infeliz caçador, sua noiva corre perigo. Corre em direção à casa da vovó, antes que muito tarde seja.
Frank, ao escutar com atenção à modinha, saiu correndo em direção à casa da vovó com sua espingarda em punhos.
— Ha!HA!HA!HA! Quer dizer que vai me estuprar com isso, com essa coisa desse tamanho? Isso nem chega ao tamanho de uma sardinha!
— Calada! Calada!
Bessó sentiu vergonha de seu membro, olhou-o de cima e realmente era muito pequeno.
— É porque está frio aqui.
— Ah! Sei.
Ele retirou o pano do rosto daquela senhora e tentou forçar a introdução de seu membro em sua boca, mas ela se esquivara disso, quando ele segurou o sua cabeça e ameaçou cortar com o bisturi, ela abriu a boca.
Toc!Toc! Chega a casa da avó, a voluptuosa chapeuzinho.
— Vovó, sou eu chapeuzinho.
O louco amordaçou a vovó e quando essa grunhia de desespero, ele a golpeou na cabeça, fazendo com que desmaiasse.
— Só um momento, minha netinha, não estou vestida! — Disfarçou a voz.
— Certo, mas não demore.
Ele arrastou o corpo da vovó ao armário e roubou-lhe as roupas, transvestindo-se de vovó. Como era um tanto gordo, parecia um daqueles travestis que temos medo de olhar quando passamos nas avenidas Augusta ou Copacabana.
Deitou sobre a cama paliçada e cobriu-se com o lençol.
— Pode entrar, minha netinha, a porta está aberta — Disse com voz estridente.
— O que houve com sua voz?
— Bem eu estou doente, não é mesmo?
A jovem pensou que a avó estivesse muito doente mesmo, para nem se levantar e abrir a porta. E falando com aquela voz tão estranha...
Caminhou até à cama e ali olhou um volume de um corpo de baixo dos lençóis.
— Vovó, trouxe suflê, torta de amora, geléia de uva, fricassé de chocolate, bombons, biscoitinhos amanteigados, pão, manteiga e sua vodca.
— Oh! Você é tão boa comigo, deixe tudo aí na mesa,  e venha para perto de mim para vê-la.
Chegou até a cama e viu que a vovó estava mesmo muito doente. Se não fosse a touquinha da vovó, os óculos da vovó, a colcha e a cama da vovó, ela pensaria que nem era a avó dela.
Chapeuzinho não se conteve de curiosidade, e perguntou:
— Vovó, o que houve com os seu olhos, eles estão tão grandes e arregalados.
— Eles estão abertos assim para te ver melhor. Para ver sua beleza, minha netinha.
— Mas, vovó, por que seu nariz ficou tão grande?
É para te cheirar melhor, minha netinha. Para sentir esse seu perfuminho doce que você tem.
— Mas, vovó, por que essas mãos tão grandes?
São para te acariciar melhor, minha netinha — Começou a apalpar as nádegas de chapeuzinho — Que belas ancas que você tem minha netinha, certamente puxou a sua vovozinha.
— Obrigado, vovozinha.
— Tire a camisa, deixe-me ver o quanto a minha netinha cresceu.
Chapeuzinho retirou sua camisa, sem qualquer tipo de vergonha, e mostrou os seus luxuriantes seios de bico roseados, trazendo certa excitação ao louco, que viu seu membro crescer nos lençóis.
(A essa altura, o lobo já estava achando que já era logo a hora de tornar a coisa mais carnal, querendo comer logo sua pobre presa. Aquela moça, ao perceber o volume que surgiu, não se conteve e perguntou...)
— Mas, vovó, o que essa coisa tão grande faz em suas calças?
— Quer mesmo saber? É prá te comer!!!!
— O quê!? Socorro! É o louco!
A menina saiu correndo e gritando, com o louco correndo bem atrás dela, pertinho, quase conseguindo pegar.
Por fim, saltou em cima dela, e retirou o seu membro das ceroulas e abaixou à força a saia de chapeuzinho.
— Agora vou comer a netinha e depois comerei a vovozinha.
O louco colocou a chapeuzinho em posição de submissão, abrindo-lhe bem as pernas, quase, quase ao ponto de violar sua castidade, quando um estampido surdo surtiu do cano de uma espingarda.
Bessó saltou para a parede ao fundo, por força da bala de .12 que saíra da velha espingarda do caçador Frank, e ali caiu morto, em meio à poça de sangue.
— Oh! Frank!
Abraçaram-se os dois ali, em frente ao cadáver do maníaco, e Anna, chorosa gritava:
— Eu devia ter ouvido minha mãe! Eu devia ter ido pelo rio, eu devia ter ficado calada, eu devia ter desconfiado! Agora, o que houve com minha avó? Eu não sei.
— Hum!Hum! — Brandido surgira do armário de roupas, e o caçador afastou-se de sua noiva e abriu a porta.
— Vovó!
O caçador retirou-lhe a mordaça, e a vovó Redhat falou:
— Minha netinha querida!
As duas ali se abraçaram, esquecendo-se do fato de que ambas estavam despidas, fato que deixou um tanto encabulado o caçador Frank.
— Viva! Vovó!
E todos comemoraram a liberdade conquistada, beberam toda a vodca e caíram de bêbados na farra.
                URA! Mais uma vez as vilas haviam salvo o dia e naquela noite, convidaram com seu cantarolar a uma festa, regada a bebidas, mulheres, e luxúria o escritor dessas histórias para compilar essa historieta (VIVA A MIM! URA!).

{ Se você se ofendeu com o material desse texto, peço sinceramente minhas que aceite minhas desculpas, minha intenção não é ferir ninguém (a não ser que voce seja fascista, mas isso é diferente), a única questão desse blog é gerar reflezões mentais (afinal essa é a proposta do blog).}

Um comentário:

  1. O sentido dessa versão da história não é propagar contos pornograficos, que por sinal são muitos na intenet, mas sim tornar a história mais adulta (ela é muito infantil) e mais palpável a um universo paralelo ao universo infantil

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