sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Marcha dos defensores de Moscou


Ao ataque nas fileiras de aço
Estamos indo com firme ritmo
(Nossa) capital amada  atrás de nós,
A fronteira foi criada pelo nosso guia .

Não vamos recuar na batalha pela nossa capital
Nossa querida terra natal e Moscou
Como uma parede indestrutível, um bastião de aço
Iremos atirar e destruir o inimigo.

Nossos líderes estão formando uma linha de frente
O solo treme sob os nossos passos,
Atrás de nós, estão as nossas queridas fábricas
E as estrelas vermelhas do Kremlin.

Para a felicidade, com as mãos
Nós construímos nossa cidade natal
Por cada pedra quebrada (prédio)
Eles irão pagar um preço terrível.

Não vamos recuar na batalha pela nossa capital
Nossa querida terra natal e Moscou
Como uma parede indestrutível, um bastião de aço
Iremos atirar e destruir o inimigo.

Nossos líderes estão formando uma linha de frente
O solo treme sob os nossos passos,
Atrás de nós, estão as nossas queridas fábricas
E as estrelas vermelhas do Kremlin.

É impossível para acabar com esta força de heróis
O nosso fogo é poderoso
Cavaremos a sepultura para os fascistas
Nas planícies nebulosas em torno de Moscou

Não vamos recuar na batalha pela nossa capital
Nossa querida terra natal e Moscou
Como uma parede indestrutível, um bastião de aço
Iremos atirar e destruir o inimigo.

Nossos líderes estão formando uma linha de frente
O solo treme sob os nossos passos,
Atrás de nós, estão as nossas queridas fábricas
E as estrelas vermelhas do Kremlin.

(Tradução do Russo ao Português)

Barqueiros do Volga

Ficheiro:Ilia Efimovich Repin (1844-1930) - Volga Boatmen (1870-1873).jpg
Эй, ухнем!
Эй, ухнем!
Ещё разик, ещё да раз!
Эй, ухнем!
Эй, ухнем!
Ещё разик, ещё да раз!
Разовьём мы берёзу,
Разовьём мы кудряву!
Ай-да, да ай-да,
Aй-да, да ай-да,
Разовьём мы кудряву.
Мы по бережку идём,
Песню солнышку поём.
Ай-да, да ай-да,
Aй-да, да ай-да,
Песню солнышку поём.
Эй, эй, тяни канат сильней!
Песню солнышку поём.
Эй, ухнем!
Эй, ухнем!
Ещё разик, ещё да раз!
Эх ты, Волга, мать-река,
Широка и глубока,
Ай-да, да ай-да,
Aй-да, да ай-да,
Волга, Волга, мать-река
Эй, ухнем!
Эй, ухнем!
Ещё разик, ещё да раз!
Эй, ухнем!
Эй, ухнем!

Esse é o trecho da tradicional Canção dos Barqueiros do Volga que me limitei em não traduzi-la inteiramente em sinal de respeito ao contexto original. Essa canção tradicional russa foi compilada pelo famoso repentista nacionalista russo Mily Balakiev por volta o século XIX e se tornou uma espécie de hino não oficial russo.


 
Essa canção em parte serviu de inspiração para a tela de Ilya Repin, aí em cima, que hoje está exposta com extremo destaque no museu Hermitage em São Petersburgo; o tom dela é semi-tristonho ela conta como era árdua a vida dos Barqueiros e pescadores do rio Volga, a exploração com que passavam e o amor com que eles tinham para com o grande Rio.


"Oh, o Volga, o rio mãe

Largo e profundo


[...]



Volga, Volga, rio mãe "(tradução livre)


"Como os barcos a flutuar

Ao sol cantamos a nossa canção"


Volga, o Volga é nosso orgulho.
Volga, Volga você é nosso orgulho.
 



Começo a entender a ligação dos russos para com o seu grande rio mãe. O Volga é o coração da Rússia, o seio do pensamento eslavo, o espiríto da imaginação livre e despreocupada.

Gigante és tu
Rio formoso
Pai de todos nós
Gigantes são suas águas

Gigantes são seus amores,
Grande Volga,
Em tuas águas quero entrar.

Águas cristalinas e largas
Oh, pai Volga, ouça meus clamores
Pois és tu, gigante charmoso
De largas águas profundas

Volga, Volga,
Com nossos barcos a flutuar
Estamos cá nós a exultar
Ao sol cantamos a canção

Volga, Volga, tu és nosso orgulho
Volga, Volga, tu és nosso pai
Se de sangue fostes contaminado
Não te esqueças que de paz será embriagado

Pois tu és o Volga,
O límpido e casto rio
Esposo da Mãe-Rússia

Carta a Stalingrado

Carlos Drummond de Andrade



 Stalingrado...
Depois de Madri e de Londres, ainda há grandes cidades!
O mundo não acabou, pois que entre as ruínas
outros homens surgem, a face negra de pó e de pólvora,
e o hálito selvagem da liberdade
dilata os seus peitos, Stalingrado,
seus peitos que estalam e caem,
enquanto outros, vingadores, se elevam.



A poesia fugiu dos livros, agora está nos jornais.
Os telegramas de Moscou repetem Homero.
Mas Homero é velho. Os telegramas cantam um mundo novo
que nós, na escuridão, ignorávamos.
Fomos encontrá-lo em ti, cidade destruída,
na paz de tuas ruas mortas mas não conformadas,
no teu arquejo de vida mais forte que o estouro das bombas,
na tua fria vontade de resistir.



Saber que resistes.
Que enquanto dormimos, comemos e trabalhamos, resistes.
Que quando abrimos o jornal pela manhã teu nome (em ouro oculto) estará firme no alto da página.
Terá custado milhares de homens, tanques e aviões, mas valeu a pena.
Saber que vigias, Stalingrado,
sobre nossas cabeças, nossas prevenções e nossos confusos pensamentos distantes
dá um enorme alento à alma desesperada
e ao coração que duvida.


 
 
Stalingrado, miserável monte de escombros, entretanto resplandecente!
As belas cidades do mundo contemplam-te em pasmo e silêncio.
Débeis em face do teu pavoroso poder,
mesquinhas no seu esplendor de mármores salvos e rios não profanados,
as pobres e prudentes cidades, outrora gloriosas, entregues sem luta,
aprendem contigo o gesto de fogo.
Também elas podem esperar.






Stalingrado, quantas esperanças!
Que flores, que cristais e músicas o teu nome nos derrama!
Que felicidade brota de tuas casas!
De umas apenas resta a escada cheia de corpos;
de outras o cano de gás, a torneira, uma bacia de criança.
Não há mais livros para ler nem teatros funcionando nem trabalho nas fábricas,
todos morreram, estropiaram-se, os últimos defendem pedaços negros de parede,
mas a vida em ti é prodigiosa e pulula como insetos ao sol,
ó minha louca Stalingrado!


Artilharia em Stalingrado


A tamanha distância procuro, indago, cheiro destroços sangrentos,
apalpo as formas desmanteladas de teu corpo,
caminho solitariamente em tuas ruas onde há mãos soltas e relógios partidos,
sinto-te como uma criatura humana, e que és tu, Stalingrado, senão isto?
Uma criatura que não quer morrer e combate,
contra o céu, a água, o metal, a criatura combate,
contra milhões de braços e engenhos mecânicos a criatura combate,
contra o frio, a fome, a noite, contra a morte a criatura combate,
e vence.


"As cidades podem vencer, Stalingrado!"


As cidades podem vencer, Stalingrado!
Penso na vitória das cidades, que por enquanto é apenas uma fumaça subindo do Volga.
Penso no colar de cidades, que se amarão e se defenderão contra tudo.
Em teu chão calcinado onde apodrecem cadáveres,
a grande Cidade de amanhã erguerá a sua Ordem.




 Essa é a minha homenagem aos milhões de soldados russos que morreram na sangrenta Batalha de Stalingrado que com certeza se tornou a mais decisiva da Grande Guerra Patriótica (Sem querer insultar os fuzileiros americanos, mas o Dia D não chega nem perto de Stalingrado!)

Gigante és tu Grande Mãe-Rússia!

Mudança de ventos

Ao estudar meus pensamentos em meio à noite, comecei a pensar no rumo de como andam as coisas e nunca pensei que diria isso, mas o mundo enlouqueceu de vez, o eu que fiquei louco, sei lá.

Eu sou ainda da geração dos anos de 1990, que passou a depressão de 98 (da perda da copa e da depressão econômica), vivenciei o que era escola pública e o que não era ter um só tostão para nada, mas sei lá as coisas mudaram muito de uns tempos para cá, que eu vou fazer um balanço da década:

2001



Não esse não foi o previsto para o ano de 2001, quem imaginaria que logo depois de termos acabado uma Guerra Fria, nós veríamos um patriarca do petróleo, financiado em outros tempos pelos EUA, demolindo tudo que é prédio pela frente com aviões? (até avião pulverizador poderia ser usado).

Na utopia futurista do meio do século XX, 2001 seria o ano marco da conquista do Espaço pelo homem, mas ao contrário o Espaço dominou o homem: Os americanos nunca ficaram tão presos a um lugar como a partir de 2001.

Eu ainda acredito que a Teoria da Conspiração possa haver alguns fundamentos, um edifício como WTC (Water closet, sei lá) não iria desabar tão fácil com dois míseros aviões de passageiros, afinal já teriam tentado isso no Congresso, sei lá. (Tô brincando, não faça isso! O mundo não precisa ver a sua cara de maníaco homicida no mundo, já temos de mais)

Mas a teoria de que o edificio do World Trade Center tenha sido implodido não é tão absurda se pararmos para pensar: O mundo vivenciava uma crescente campanha de desarmamento, os EUA não tinham mais ninguém para brincar de War consigo, a indústria de armas perdia muito (Só tinha agora a Guerra da Chechênia, o Conflito Árabe-Israelense e metade da África em guerra) e os Estados Unidos parecem ter uma necessidade patológica por possíveis agressores.

Como assim? Parece absurdo, mas não é. Os EUA parecem estar unidos, não por causa das estandartes fervorosas de liberdade, igualdade e democracia, mas sim pelo medo de agressores externos.

Assim foi com os ingleses, com os índios (todos massacrados, por sinal), com os espanhóis, com os mexicanos depois a esses, com os alemães (nas duas Guerras Mundiais), os japoneses na Segunda Guerra, os russos na Guerra Fria, os cubanos até hoje, os vietkongs, e agora os fundamentalistas islâmicos. Toda a história americana parece estar unida através da união mútua de estados na defesa de si contra inimigos externos e não na união baseada na liberdade e justiça (afinal, eles tiveram uma Guerra Cívil para quê? Para aparar as arestas).

China


Quem diria que o gigante asiático tão cambaleante por dois séculos e meio um dia se levantaria? E que se tornaria potência?

A China mudou muito em apenas cinquenta anos, fora um país devastado por uma guerra escarniçada com inimigos tão ferozes quanto os malucos japoneses gritando BANZAI!!! na Segunda Guerra, via-se com maior parte da sua população morrendo de fome, de doenças, e sendo assassinada impetuosamente em dispultas externas e internas, mas um dia ela se levantaria.

A China já era um gigante antes de ser um gigante, tinha quase um quarto da população mundial da época disposta em espaços cada vez mais longíquos e explorados; tinha um povo capaz e trabalhador, mas também tinha um governo corrupto e dividido, o Kuomintang de Chiang Kay-shek.

O Kuomintang era o partido nacionalista chinês que mais trouxe problemas para esse tigre asiático, ele comandara o débil movimento industrial e militar chinês durante a Segunda Guerra, e logo foi deposto pelas forças de Mao Tsé-Tung no final da guerra.

As lutas entre o Partido Comunista Chinês e o Kuomintang pareciam ter minimizado com o ataque maciço japonês, mas na verdade, se escondiam interesses políticos internacionais e fragilidades do próprio comando chinês, fora fácil para a China cair na estandarte vermelha em 1949.

A China tornou-se uma potência socialista, mas um país ainda atrasado economicamente, tecnologicamente e industrialmente, ainda havia fome ocasionada pela má administração do solo e as coisas pareciam só piorar com a cisma sino-soviética da década de 60.

Entretanto, um parceiro acabou figurando no quadro chinês, e que parceiro mais polêmico, Richard Nixon apareceu em Pequim para fornecer um tratado com o gigante nos quesito comerciais, políticos e militares ("Só Nixon poderia ter ido à China"), era abertura de um sistema econômico e político tão voltado ao comunismo ao mercado externo capitalista internacional. Já era uma mudança e tanto.

Agora, o que é a China? A maior potência capitalista desse início de século!


Rússia

A Rússia há tempos vem sendo maltratada pelos ocidentais, os quais ainda a encaram como um país emergente qualquer. Mas a Rússia em si, ela continua sendo uma força, não como a CCCP chegou a ser, mas ela devia em si ser melhor respeitada; Em todo o caso com o fechamento da NASA, a supremacia espacial ficou para ninguém mais, ninguém menos que para a Mãe-Rússia.

Google

O Google é um marco da recente história da Internet, pois ele foi o primeiro modelo de realizador de busca bem sucedido da Internet, ele não é só mais um buscador, agora ele também é um webmail, um localizador por GPS, um fabricante de aparelhos, um desenvolvedor de sistemas, et coetera, er coetera...

A  morte do Orkut

Estava fadado a morte a partir do momento em que o Facebook ascendeu com força total por volta de 2007-8, no entanto, alguns renegados ainda continuam a utilizá-lo como sinal de culto quase que semi-messiânico.


Crise financeira de 2008

Na verdade, se pensarmos bem, isso já dava mostras que estava para acontecer, afinal, o mundo se corroía com a partida de War dos americanos no Afeganistão e Iraque, com a irresponsabilidade dos aparelhos estatais para com a manutenção dos mercados e os lucros extratosféricos das empresas.

 Brasil

É de crescer o ego o fato de o Brasil ter repelido a crise de 2008 com máxima força e praticamente não ter sido afetado com o desespero internacional. O Brasil começou a cantar de galo, começou a emprestar dinheiro a outros países que antes lhes emprestava, praticamente humilhou o FMI, ao qual dera calote nos anos 90 e agora o financia; Os grandes especuladores tiveram que se prostrar diante a esse novo país que parecia estar dando as regras. 

Tivemos um governo encabeçado por um operário que nem o Ensino Médio concluira mas que fizera um melhor governo que um intelectual que falava francês, sabia de história e sociologia e era doutor em sei lá mais o que.

E pensar que tudo isso aconteceu sem que ao menos eu notasse com atenção!

Justin Bieber 

Como uma praga que corrói o imaginário infanto-juvenil, as canções desse extra-terrestre androgênico de cabeça de abóbara contaminaram o mundo com semelhante voz de castratti que virou ídolo pop, por sua simples insignificência musical e sua postura semi-homossexual que conseguiu seduzia centenas de milhares de mentes de meninas estupidamente retardadas gritando: "I love you Justin!".


Osama Bin-Laden

Ele morreu?

Xbox 360

Talvez tenha sido um dos maiores inventos de todos os tempos, junto com o Nissin Miojo e o relacionamento bissexual feminino; esse mecanismo revolucionou o mundo dos games com tudo que veio com direito...

Kinect, controle sem fio, conexão com a Internet com Wi-fi, jogos de Altíssima definição, interação; Se o Xbox 360 fosse uma mulher, eu me casaria com ela.


 Ipod touch, Iphone, Ipad (Apple afins)

O que há a dizer, Steve Jobs é um gênio!
  
Obama

Mesmo conseguindo ser o primeiro presidente negro num dos países mais rascistas do mundo, seu desempenho foi incrivelmente decepcionante. (Eu já sabia que isso ia acontecer, ele prometeu demais!).

Dilma Rousseff

A exemplo de seu antescessor, Lulinha, que foi primeiro sindicalista a ser presidente do Brasil, a Dilma foi a primeira mulher a ser presidente de um dos países mais machistas da América Latina (devo isso admitir), em todo caso, mesmo ela sendo mulher, ela foi macho o suficiente de encarar de frente a corrupção com unhas e dentes.

Primavera Árabe

Isso serviu para que os ocidentais calassem a boca quando fossem falar dos árabes!

Há mais algo para analisar?  

Sei lá talvez o satélite ou criticar o Crepúsculo, não, melhor, deixo isso para vocês...        

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Rosh Hashaná

Shalom!

Hoje, dia 29 de setembro de 2011 é um marco para o judaísmo; hoje é o marco da passagem de ano de acordo com as antigas escrituras sagradas.

Isso mesmo, hoje é o ano novo judaico, o Rosh Hashanah. Essa festividade é expressa pelo agradecimento pelas virtudes que  Adonai ("Senhor") pode nos conceder nesses dias arduos que se transpassaram desde o fim do Paraíso e é tambem o dia que medimos nossas ações e pedimos por um novo ano melhor que o que passou.
Isso poderia ter acontecido (Créditos ao blog Um sábado qualquer, que blog bom por sinal!)

Alguns pedem saúde, outros pedem fortuna, mas majoritariamente, nós pedimos unicamente paz (coisa que falta no Médio Oriente).

Perguntar-me-ão sobre o que acho da questão da criação do Estado da Palestina. Direi sem pensar duas vezes: A favor.



Perguntar-me-ão o porquê. Direi apenas: "A proposta inicial  para a criação do Estado de Israel era a criação de dois estados, o de Israel , lógico, e da Palestina. Os britânicos de certa maneira (em verdade, eles sentiram moralmente fracos para argumentar contra, afinal foram muito solicitos aos crimes dos nazistas antes da Guerra), acabaram se mostrando com muita ação com relação aos movimentos de 1947, no qual, a Palestina, terrítório seu, convulsionava no primeiro conflito arábe-israelense.

Isso já foi o plano para a criação de Israel







Perguntar-me-ão: "Você é mesmo judeu?"

Responderei: "Sim, eu sou. A questão é quem nem todos os judeus pensam como Israel. É óbvio que Israel é o lar dos judeus, mas isso não implica que seja somente dos judeus. Israel também tornou-se o lar dos palestinos por quase mil anos! Quando implicamos o fluxo da Diáspora promovida depois da destruição de Jerusalém pelo Imperador Tito, por volta de 47 DC., outros povos acabaram tomando parte da terra divina

Agora o que fazer? O grão patriarca, Abraão, fez um pacto com Adonai que resultou na Terra Prometida de nossos pais, mas e nós o que fizemos?

O muro das Lamentações é a remota lembrança daquela Jerusalém antes do imperador Tito mandar destruir tudo (Ele em si é uma parede do antigo templo de Herodes que foi contruído em homenagem ao Templo de Salomão)


Entramos em guerra com outros povos, derramamos sangue em nome da nossa casta fé, e Elohin ainda há de nos punir por isso, afinal, ele é o Juiz-mor.

"A destruição de uma vida é a destruição de um mundo" Talmude
O que estamos fazendo em Israel, quantas crianças palestinas morreram nesses mais de 67 anos de Israel? Quanto demos de dinheiro à indústria das armas?

O Brasão de Israel, só para decoração

O judaísmo em si não é uma religião belicosa, assim como o islamismo também não é, mas alguns andam pervertendo a palavra sagrada do Livro, a grande Torá. Isso não é uma coisa boa.

Em todo caso, como em todos os anos, hoje, defronte ao Menorá (candelabro de seis velas, para leigos), embuído com meu kipá na cabeça (aquele adereço que nós judeus usamos na cabeça em sinal de respeito ao Senhor) e ajoelhado diante da minha Torá, rezei por Paz no Médio Oriente, assim como rezo por paz para todo o mundo, todos os dias.


Shabat Shalom!

Canção do apaixonado

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá
Ao pensar na linda donzela
Que hei um dia de  amar

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Ditosas são minhas maneiras
À bela moça que irei conquistar

Não permita Deus que eu morra,
Sem que antes possa amar;
Sem que desfrute de seus primores
Do louvor dos amores
Tais encontro desde já
Pois canta hoje o velho sabiá. 

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá
Os amores que aqui cortejam
Não cortejam com amar

Reprise da flechada de Cupido

Aos que lembram do post a flechada de Cupido, sabem costumeiramente que eu sou bastante resistente a emoções afetuosas (eu acho tais coisas tão tolas), entretanto, perceberam que pareço estar mesmo cravejado com uma flechada do sumo representante de Afrodite, Cupido.

É interessante ressaltar a loucura que o amor traz ao acometido: A estupidez que acabamos cometendo pela pessoa amada, a total cegueira, et coetera, et coetera... Em todo o caso, parece que eu fui atingido em cheio por tão sentimento, mas eu vou continuar hostil a ele até me curar, ou me declarar à belissima donzela que impactou meu coração. (AH! C'est l'amour!).

Inevitavelmente, eu posso acabar passando por uma fase romântica, mas depois passa, eu prometo (sei, tá bom). É sério. (sério é um ataque cardiovascular catastrófico demostrado pelo entupimento das artérias aorta e...) Exibido!

Rumo à Iluminação





Na pequena casa térrea amarela de tijolos vermelhos nas ruas do subúrbio da Capital Federal; espremida entre um imponente casarão rosa e um pequeno casebre onde se guardavam  materiais reciclados, nasceu o ávido leitor que hoje relata. Hoje tais recordações de uma infância modesta se pronunciam neste relato.

Uma criança pequena e magra desdentada com  uma capacidade acadêmica aquém do esperado, assim me descreviam as funcionárias da creche a quem me chamavam de “pestinha”. Só fui tomar noção do que eram letras e números de quatro a cinco anos, quando fui imerso na escola pública. Os meus pais, naquela época, tinham maiores problemas para lidarem do que uma criança com desempenho fraco — o alcoolismo do meu pai e as dificuldades financeiras eram problemas maiores.


Enfim, no dia do meu aniversário, em maio de 1999, quando tinha 5 anos, enfim ganhei um livro de minha estimada tia, um livro grande, repleto de gravuras coloridas e imagens pitorescas, desde então me interessei por aquele Um Tesouro de Contos de Fadas de onde saiu meu interesse pela leitura.


Imerso em histórias de Ali Babá, Chapeuzinho Vermelho, Cinderela, Gato de Botas, Vassilissa e O Pássaro de Fogo empenharam-me um papel de obrigação em aprender a ler e a escrever, tanto que me diagnosticaram aluno notável, assim fui realocado do Pré-Escolar (1° ano) para a 1° série (2° ano), daí por diante, não parei mais de ler.

Papai enfim parou de beber, o que tornou-se um alívio para todos nós, e começou a progredir em sua carreira no comércio  , dado o sucesso do Plano Real, enfim fui colocado em escola particular, uma escola de desempenho tão tristonho que até hoje me dá vergonha em pronunciar em lábios tão impuros seu nome quase cômico; mas devo ressaltar que foi lá onde recebi um grande apoio de uma professora para com a leitura, nunca esquecerei o que aquela professora fez por mim, as portas para o sucesso estavam abertas.


Comecei a ler O Pequeno Príncipe, Meu Pé de Laranja Lima e os livros de Pedro Bandeira, como Droga da Obediência, com o qual fiquei realmente intrigado, até passar pelos clássicos de Jules Verne como A Volta do Mundo em 80 Dias, Viagem ao Centro da Terra, 20 mil léguas submarinas, sendo as três as que mais adorei durante minha puberdade, até hoje lembro-me das aventura de Phíleas Fogg e João Faz-Tudo ao redor do mundo e do capitão Nemo através dos mares.


Enfim um choque me fez mudar totalmente a minha concepção de mundo para sempre, ao caminhar pelo centro daquela instalação suburbana (aquilo nem sequer poderia ser chamado de cidade um dia), vir-me de cara com as desigualdades sociais: Um casal de velhos, todos puídos e com as vestes estouradas, levaram sua pequena neta — tinha quatro anos, no máximo — para catarem o lixo em uma caçamba do restaurante fast-food  no cruzamento da avenida principal (por assim dizer, na Capital, oficialmente só há duas avenidas) com a via paralela a uma via arterial, até aí nada de mais, até que algo aconteceu...


A menina faminta mergulhou na caçamba e começou a comer os restos putrefatos de comida,ali, na frente de todo mundo, por fim, veio o guarda, com o seu colete reluzente e nariz empinado e cassetete em mãos, do nada, o policial começou a bater nos velhos na cabeça, na barriga, nos finos ossos e enfim dirigiu um ataque irracional à crianças  — todos ficaram pasmos—, mas como se o absurdo não acabasse por ali, mandou à cadeia o casal de mendigos. Ainda durante a noite escuto o choro daquela criança nos meus ouvidos.


Esse relato apenas demonstra a truculência catastrófica do poder estatal, aqui representado pela polícia, as desigualdades sociais me chocaram tristemente, já que eu vivia numa utopia pequeno-burguesa de que hoje me envergonho, foi durante aquele período que me apresentaram o socialismo.


Eu misturava naquela época uma paixão por leitura, cinema e música erudita, então me senti  interessado por estudar a teoria musical — o que revelou-se um fracasso — e a escrever livros, mesmo que o primeiro número do Capitão Português tenha se tornado um fracasso, eu não deixei que um fracasso me detivesse, sendo que hoje me empenho em fazer um Magnum Opus (que é segredo guardado nos porões da KGB).



Os negócios do meu pai prosperaram cada vez mais, sendo que tornou-se incompatível continuarmos naquele local tão afastado do Plano Piloto, assim meu pai decidiu que iríamos morar em um local mais próspero e tranquilo, próximo ao Plano Piloto, o Guará.


É fato que perdi muitas amizades com essa mudança, mas também é fato que desse momento em diante eu teria maior visibilidade e chances de sucesso: Um grande salto se acompanhou dessa mudança, o aluno com desempenho aquém o esperado, o “pestinha” que estudara na escola pública, saía de um colégio que focava mais religião que estudo para estudar no Centro Educacional S..., um dos mais renomados colégios da Capital.


Sofri muito durante a adaptação à nova escola, onde a high society frequentava, sofri bullying desde a primeira semana de aula e era quase impossível a matemática avançada para os meus padrões da época, mas isso só me fez focar os estudos. 


Foi também naquele colégio que eu tive contato com o meu primeiro professor que amava a arte de ensinar e de instruir, Iomar. Quem diria que aquela figura diminuta de óculos proeminentes seria o modelo de historiador em que hoje me espelho? Ele me ensinou tudo, desde Revolução Russa até a Queda do Muro de Berlim, ele me protegeu dos meus agressores e me ensinou o que uma boa retórica e uma ótima oratória podem promover aos alunos.


Nunca antes me interessei tanto pela a História em si, a relação de causas e eventos, as ideias que surgem e permanecem, os conflitos, as eras de paz, as biografias, tudo comecei a estudar.



O primeiro livro não-didático de História que tive contato deve ter sido Uma Breve História do Século XX de Geoffrey Blainey, depois comecei a ler A História das Guerras do Demétrio Magnoli , passando por Eric Hobsbawm, comecei então a ler o interminável Dia D de Stephen E. Ambrose — Que já desisti de ler por ser tão chato — então comecei a ler sobre a Segunda Guerra Mundial — Tema clássico — até por fim ter um contato mais forte com a História da Revolução Russa e da União Soviética, tema em que me realizei.
Nos meus estudos sobre a URSS, apaixonei-me, ideologicamente, pela figura de Lênin, o líder que saiu da nobreza czarista para liderar a primeira Revolução Proletária do Mundo, comecei a ler a primeira parte do Das Kapital de Marx, o Manifesto Comunista de Marx e Engels, Rumo à Estação Finlândia de Edmond Wilson e o célebre Dez Dias Que Abalaram o Mundo de John Reed, fui batizado socialista.
Comecei então a ler sobre o sucessor de Lênin, Stálin, a quem vejo como um tirano sanguinário e psicopata, assim, fiquei muito impressionado com os seguintes livros: A Corte do Czar Vermelho e O Jovem Stálin, ambos de Simon Sebag Montefiore, Um Stálin desconhecido, dos irmãos Medvedev e Stálin, os nazistas e o Ocidente de Laurence Rees.


Os livros recentemente ilustrados me trouxeram para a edição de um novo livro, cujo nome nem mencionarei, mas onde embaso minhas pesquisas  em torno da figura de Iossif Stálin.



Quanto à literatura, li Os Lusíadas, de Camões, que achei interessante, mas complexo de se ler, Germinal de Emile Zola, que me deixou bastante iluminado, além dos romances de capa e espada, como Don Juan, Os três Mosqueteiros e o Conde de Monte Cristo, ambos de Alexandre Dumas, pai, além dos insuperáveis Guerra e Paz de Tolstoi, Crime e Castigo de Dostoievsky e os Contos de Anton Tchekhov (Tchekhov é o meu autor favorito). 


Enfim veio uma das maiores glórias da minha vida acadêmica, após quatro anos de estudo no S..., enfim passei no vestibular e o no PAS em primeira chamada nos dois, o filho de uma alcoólatra a quem creditavam poucas chances de sucesso educacional enfim entrou na Universidade de Brasília com 16 anos — meu próprio pai só foi aprender a ler e escrever com 17 anos!



Ao primeiro membro da família na Universidade era creditada à função de seguir ao Direito, Medicina ou Engenharia, mas para o desgosto de meu próprio pai, optei pela História, que me realiza e pode trazer benefícios aos meus estudos sobre a URSS.



A minha leitura de mundo foi alterando-se conforme eu crescia e lia, o pequeno garoto, que vivia com medo do pai alcoólatra enquanto este caia de bêbado no meio fio, desaparecera, hoje não olho um mundo perfeito, mas olho um mundo a ser transformado, não sou tolo de acreditar que posso mudar o mundo, eu sou só um, mas posso ajudar a melhorá-lo, posso deixar um legado para que outras pessoas pensem nos outros e não em si.  Apesar da infância humilde, o pai alcoólatra, eu me considero com sorte, pois pelo menos pude aproveitar minhas chances nos estudos, ao contrário de grande parte da população (os meus amigos de infância servem de exemplo: um envolveu-se no crime e foi assassinado, outro se suicidou, outro foi assassinado pela polícia e um quarto simplesmente desapareceu) . Em minha leitura, isso deve mudar.

Haber e o uso da ciência para o "bem" e para o "mal"

A figura mais controversa pra mim na história da Ciência não é Oppenheimer (pai da bomba nuclear), nem Alfred Nobel (criador da di...