sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A Terra do Nikkon vs. a tupiniquim


 Japão, 2011
      Um terremoto, um tsunami e um acidente nuclear
      Isso em uma única semana
 
 




Isso tudo em uma semana, um terremoto que acabou com metade das casas, que acabou virando um maremoto, e o maremoto acertou uma usina nuclear de extrema importância e olha só: Um terremoto, um tsunami e um acidente nuclear, isso em uma semana!





Sorte não é pra japonês mesmo...


 Era para ser o mais próximo de uma cataclisma mundial para o Japão, até o Imperador, numa das mais raras entrevistas que concedeu em toda a sua vida disse: "Me desculpe"


Onze meses se passaram ...

Disso, se tornou isso...



       Isso foi com um povo que só vive numa ilha, rodeada de montanhas, sem nenhum recurso natural, sem grandes riqueza, e em apenas onze meses tudo isso foi feito.







     Brasil, também 2011
     Dois deslizamentos de terra de morros de alta gravidade, enchentes e algo  pelo  caminho
     Isso em um ano


 


Isso em um mês....










Milhares de desabrigados por conta de chuva...

A multidão dos que perderam suas casas, suas privacidades, sua liberdade

Chega o meio do ano de 2011


Uma casa quase para cair

Esse é o retrato de uma enchente

Fim de ano... Início de 2012

Janeiro de 2012, um ano depois dos deslizamentos no Rio, enchentes em Minas Gerais e Rio de Janeiro

Medidas tomadas


Levou quase um ano para construir um muro de contenção desse pra ficar inacabado

     Um muro de contenção foi construído no Rio de Janeiro para aparar a terra que acaba deslizando com as chuvas, levou um ano e ainda está incompleto... Incompleto, até o Muro de Berlim foi feito mais rápido, levou quase um final de semana.

     O Muro construído por Israel para separar-se da Palestina (todo o território, digo de passagem), não demorou nem oito meses!
De novo, deslizamentos de encostas de morro
De novo casas destruídas











De novo, inundações















Ainda de brinde, o que vem?

Um desabamento de três prédios no Centro do Rio...

Nos Estados Unidos foram precisos dois aviões para acabar com dois prédios, no Brasil, aviões sequer são precisos!




Para derrubar um prédio, no Oriente Médio e no Brasil





       Pois então, eu fico me perguntando, se os japoneses conseguiram em 11 meses arrumar a casa, reestruturar tudo, retomar a vida cotidiana, sem terem a seu dispor grandes jazidas de minerais, estarem presos num território diminuto, onde o solo dificilmente produz, cercado de montanhas e desastres naturais... Como o Brasil, levou mais de um ano para não fazer porra nenhuma, tendo um gigantesco território, gigantescos recursos naturais, um solo fértil, sem grandes desastres naturais e ainda se vangloriar de ser a 6° (ou a 5°) economia do Mundo? 

      Vangloriar-se de ser o país sede da Copa de 2014, das Olímpiadas de 2016, se sequer soube construir três diminutos prédios no centro da terceira cidade mais importante do país (Primeiro vem Sampa, depois Brasília e depois o Rio de Janeiro, classificação minha e ponto).

      Não tivemos sequer um terremoto, um tsunami, um acidente nuclear grave (tivemos Goiânia e o Césio 137) em um intervalo de um mês, tampouco em 500 anos desde a colonização portuguesa, e ainda assim temos dificuldade em solucionar problemas cotidianos, em tentar evitá-los...

      Será que tornamo-nos tão preguiçosos e tão omissos que achamos natural agora que uma chuva possa matar milhões de pessoas? 
       Será que os japoneses são melhores que nós? Eu acho que não, afinal, eles não jogam tão bem futebol, não é mesmo, tupininquim?




      Será que isso tem a ver com os altos impostos?

      Claro que isso não tem relação com os impostos, isso é uma jogada de marketing da Direita especuladora, isso tem a ver com a omissão do Estado e do povo para com os seus deveres...


      Nota: A estradinha aí destruída foi arrumada em 48 horas, enquanto a casa, depois de seis meses não tinha sido arrumada em nada. E não houve pedidos de desculpas por nenhum governante por nenhuma ação preventiva ter sido tomada, e para piorar, um dos ministros responsáveis pela contenção de desastres desviou quase toda a verba desse fundo para o seu estado natal (Pernambuco) que sequer estava na História de grandes desastres.


       Ainda bem que não tivemos um acidente com nossas usinas nucleares, senão...


Estariamos fudidos...

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