quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Ivan, o Terrível (crítica de Filme)


        Ivan, o Terrível, outro filme de Sergey Eisenstein, fala do passado do Grão-Príncipe de Moscou que unificou todos os principados russos no século XVI e decretou guerra contra os tártaros (que infernizavam sua vida no Volga), os livonianos e os poloneses.


       Ivan, Grozny (como também é chamado) é dividido em duas partes, na verdade, acredito eu, seriam três, mas Eisenstein morreu antes mesmo de ter a oportunidade de fazê-lo.

     Eisenstein iniciou esse trabalho para agradar Stálin, que era afixionado pela figura de Ivan, o Terrível, tanto que por vezes vagava no Kremlin (o mesmo Kremlin de Ivan, o Terrível), andando pelos cantos como um renegado (tal como Ivan, o Terrível de novo) e dizendo que Ivan era seu "professor", tanto que isso está anotado de lápis em um de seus livros na sua famosa biblioteca.

     A cena inicial começa quando Ivan é coroado Grão-Princípe de Moscou, levando a descontentamentos entre os boiardos, inclusive de sua tia, Eufrosinia, e mais ainda quando se proclama Czar de Todas as Rússias, o que os embaixadores aqui representados, da Polônia e Livônia prontamente recusam-se a aceitar isso.

A coroação de Ivan


    Percebe-se logo de início na trama, um clima de conspiração plantado pelos boiardos, que nada mais querem que desestabilizar seu governo e destroçar completamentamente a Rússia em Principados menores, tal como foi na época de Nevsky, e são ajudados pelos embaixadores estrangeiros.

    Tal qual clima de conspiração, o embaixador de Livônia incita o braço direito de Ivan, o Princípe de Vladimir, Kurbsky, que o trono russo não é senão direito dele e não de Ivan.

Os boiardos e embaixadores estrangeiros conspirando

     De início,  Kurbsky não dá-lhe ouvidos, afinal ele e Ivan são amigos desde a infância, mas depois quando Ivan casa-se com a princesa Anastacia, por intermédio de Eufrosinia, sua tia, ele sente-se ultrajado com aquilo, pois ele amava Anastacia, e começa a conspirar contra o Czar.

     Nisso, na cena alegoricamente rica, cheia de ornamentos, uma pintura do filme, o casamento de Ivan com a princesa Anastacia, os ricos ornamentos, bem como a riqueza dos detalhes dos talheres, das taças de metal, até mesmo da comida, com seus sultuosos gansos assados sendo levados em bandejas nos ombros dos empregados, tudo isso é lindo de se ver.

     Esse sem dúvida é um dos trabalhos mais ricos em detalhes e ornamentos de Eisenstein, mas não acho que seja o melhor.

     Eis que o povo invade a cena do casamento, e um líder de um movimento campesino, de revoltosos, clama para que o czar não confie nos boiardos que nada mais fazem do que oprimir o povo... Ivan inicialmente despreza o velho líder camponês, dizendo que ele não tem cérebro, fazendo rir assim os boiardos que se cercam a seu lado, e em seguida diz abertamente: "Todo o inimigo do czar deve ser punido e os inimigos do czar são os boiardos!".

     Ivan decretou guerra aos boiardos, um jogo perigoso por sinal, e acabou nomeando o líder do movimento camponês o chefe de sua guarda pessoal.

     Eis que chega um emissário de Kazan (dos tártaros) puto da vida, dizendo que Kazan e o Principado de Moscóvia agora estavam em estado de guerra, e oferece a Ivan, a pena de se suicidar-se para salvar seu reino da destruição da guerra.

    O emissário de Kazan entrega-lhe uma espada retorcida ensanguentada, mas eis que Ivan a pega e começa a fazer um discurso imensamente apaixonado, dizendo que ele não queria a guerra, mas que a guerra lhe era imposta.

   O emissário de Kazan, em certa ocasião solta:

    "Moscou pequena. Kazan Grande"

    Ivan Vassilevich, Grão-Princípe de Moscóvia, então declara guerra a Kazan e termina o seu discurso dizendo: На Казан! (Para Kazan!) e eis que por meia hora os boiardos e os camponeses começam a gritar feito doidos: Na Kazan! Na Kazan! Na Kazan! (На Казан! На Казан! На Казан!)

     O líder do levante camponês segue para o embaixador de Kazan e com um empurrão diz:

     "Kazan Pequena. Moscou Grande".


     O filme é um pouco omisso quanto ao papel da guerra em Kazan, mostrando que Ivan, o Terrível, era contrário que se cometessem atrocidades aos prisioneiros de guerra (o que não é verdade), mas mostra também com maestria o início da traição do braço direito de Ivan, Kurbsky, o gênio militar do próprio czar, que mandou colocar polvóra em uma larga e extensa cadeia de túneis construídos por sua ordem debaixo de Kazan, e a aliança que ele teria com membros da baixa nobreza que serviriam lealmente à sua morte.

Ivan totalmente doente, sendo tratado por sua esposa, Anastacia

     Quando retorna, vitorioso a Moscou, Ivan é acometido por uma doença, e prestes a morte, pede que os boiardos façam com que seu filho seja considerado herdeiro do trono... Ivan é traído.... Graças a sua tia Eufrosinia que quer colocar o seu filho paquiderme e estúpido no comando de Moscou.

     Ivan, no seu leito de morte, quase pra bater as botas, os amaldiçou e pede a unção dos enfermos... Quando tava prestes a cair, e os boiardos prestes a tomar o poder, Kubsky reconhece Dimitri, filho do czar, como herdeiro do trono. Mas isso não foi motivado pela nobreza dele, mas sim, porque ele já estava cortejando a princesa Anastacia e ficou sabendo que o Czar havia se recuperado.
Kubsky tentando ter certeza se o veio havia batido as botas


    Maliouta, o ex-líder camponês que virou chefe da guarda, ficou sabendo por meio de seus ouvidos longos os planos dos boiardos e não hesitou em comunicar o czar... Ivan, decretou agora guerra aos que conspiraram contra ele, entrou agora em guerra contra os boiardos, contra os poloneses e livonianos.
Maliouta e Ivan maquinando outro plano contra os boiardos


    Os boiardos se mostraram muito sem caso para com os anseios do Czar em unificar a Rússia, e fizeram sempre de tudo para atrapalhar o Czar, alguns fugiram, outros mudaram de lado, tal como o príncipe de Vladimir, outros pararam de financiar as guerras do czar (até essa época a guerra era financiada pelos recursos de todos os boiardos), levando Ivan a ter um ataque de fúria, e começar a expropriar para si as propriedades dos líderes boiardos que recusassem a ajudá-lo.

     O pior ato então foi deslanchado por Eufrosinia, a sua tia (que convenhamos, na altura do filme, a gente sente um ódio por ela, porque fica sempre fudendo com a vida de Ivan, e sentimos vontade de pular na tela e bater na cara da vadia que parece um homem), quando traiçoeiramente, ela envenenou a esposa do Czar, Anastacia, com um pouco de vinho.
 
       Ivan fica totalmente abalado com a morte de sua esposa, e percebendo que estava cercado de inimigos, o czar decide abdicar e se isolar em sua casa de campo na vila de Alexandrov.

     Sozinho, e totalmente solitário, o czar cercou-se de elementos de sua guarda, agora chamados de Oprichiniki, e ficou esperando... esperando, enquanto seus emissários discursavam em Moscou.

    Eis que um dos emissários discursa na Praça Vermelha, com a Catedral de São Basílio ao fundo:

      "O czar Ivan Vassilevich abdicou o trono em razão dos inúmeros empencilhos que os boiardos causam em seu governos, e convoca a todos, todos os verdadeiros cristãos de bem, que sigam o seu chamado e apareçam a Alexandrov"

     Era uma tática arriscada, o Czar abdicou para enfim voltar nos braços do seu povo e ter assim plenos poderes, o estúpido e insandecido Jânio Quadros tentou usar essa tática no Brasil, e bem, digamos que não deu muito certo, talvez porque isso diretamente contribuiu para ascensão do Regime Militar. Talvez, Janio se deu mal por não ser um Czar e não ser assim tão popular.

    Em todo caso, Ivan, esparançoso, por uma ajuda dos ingleses, que forneceriam armas, e equipamentos modernos, e com quem ansiava fazer negócios, principalmente com a Rainha Elisabeth I, espera, espera... espera até o seu voto, num coro de Deus Salve o Czar! aparecer na vila de Alexandrov e gritar:

    "Volte para nós! Volte para nós!"


    Eis que se faz a minha cena favorita do filme inteiro, quando Ivan se levanta, vai para a janela, e ouve tristonhamente, meio encurvado em seu cajado, o povo chamar-lhe de volta... E a orquestra de Prokofiev começa a tocar uma melodia tão linda, tão mórbida e ao mesmo tempo viva,  que Ivan pega a sua ushanka e vai em direção de volta à sua liderança.

Cena final do filme


    Era a cena final do filme.


    O trabalho de Eisenstein nesse filme, embora tenha sido excepcional, com rigores técnicos, riqueza de detalhes e ornamentos, foi extremamente censurado por sua representação dos líderes e do próprio Czar, que é mostrado volta e meia hesitante, meio esquisofrênico, mas decerto não foi tão censurada quanto a parte 2.

     Em todo caso, Eisenstein faz o roteiro do   filme sobre o tsar Ivan IV na primavera de 1941. A Mosfilm aceita o projeto um pouco antes da URSS entrar em guerra contra a Alemanha. A empresa vê aí um novo pretexto, depois do Alexander Nrvsky, para exaltar o sentimento nacional. A filmagem começa em 1 de fevereiro de 1943 no estúdio de Alma- Ata, com a guerra impedindo que se filmasse em Moscou.

    Assim que o filme foi lançado, em 1944, foi um  sucesso de bilheteria, e Eisenstein caiu nas graças do povo.



Parte 2

   A parte 2 de Ivan, o Terrível, intitulada de "A Conspiração Boiarda",  só saiu na Rússia e no mundo em 1958, devido aos corte que o filme levou, Stálin mesmo criticou o filme por achá-lo com "beijos demais" e mostra o Czar como vacilante e também, os dirigentes soviéticos viram neste Ivan, em seu amigo Maliouta e nos Opritchnicks uma metáfora mal velada de Stalin, de Beria e dos homens do NKVD.


     O filme em si, possui muita ausência do povo na condução da narrativa, dá importância primordial dada às intrigas da corte, e tem um pouco formalismo (o que era ruim, considerando que a conduta oficial dizia que formalismo era contrarrevolucionário).

        De fato:

     "É impossível negar que estas críticas concernem ao corpo essencial do filme, e se evidentemente temos de condenar a condenação, devemos assinalar que esta não é baseada – uma vez que isto não costuma acontecer- num mal –entendido.

       Nas duas partes da obra, Eisenstein deliberadamente sacrificou o histórico ao poético e ao trágico. Seu Ivan é um personagem shakespeariano, invadido pela dúvida e incerteza, às vezes mesmo roído pelo remorso, muito mais em luta consigo mesmo e contra seus próximos do que contra o inimigo estrangeiro.

      Seus adversários privilegiados são a nobreza, os boiardos, sua própria família e seus amigos; seu combate permanecerá individual, solitário, até mesmo confinado, mesmo se os temas em jogo são nacionais e imensos.

       Tirando a sequência do cerco de Kazan, o povo, as massas, e portanto a epopéia estão ausentes das duas partes do filme. O povo só intervém concretamente na procissão que encerra a primeira parte: sua única iniciativa consistirá em uma súplica com o objetivo de fazer com que Ivan volte para Moscou, exatamente como este havia previsto, ao se retirar provisoriamente em Alexandrov.

       Vistos por Eisenstein, a tragédia e o destino de Ivan são aqueles de um homem que não pôde se tornar o herói épico que desejava ser, constantemente impedido por seus próximos de se comunicar com o povo e de associá-lo às suas lutas.

        Em um outro nível, o destino de Eisenstein foi também o de não ter podido ser, por não ter nascido em uma boa época e meio, um poeta elizabetano, ou um grande cineasta hollywoodiano dos belos tempos ( uma espécie de poeta épico, à maneira de King Vidor por exemplo).

        As duas partes de Ivan, e mais especialmente a segunda, testemunham da ambição de Eisenstein de utilizar o cinema como arte total; mas a realização desta ambição se encontra limitada pelo caráter essencialmente teatral da intriga e do personagem central.

      Nenhuma dúvida de que a segunda parte é superior à primeira: podemos até mesmo dizer que ela não prolonga realmente a primeira, mas a refaz, a repete enriquecendo-a e lhe conferindo maior densidade. O caráter trágico e quase claustrofóbico do destino de Ivan torna-se mais e mais evidente, e a contribuição da cor dá uma dimensão extraordinária à concepção cara a Eisenstein do cinema como arte total.

     Ivan, o Terrível representa também o termo da evolução de Eisenstein em direção ao formalismo, ao mesmo tempo que seu máximo distanciamento das massas como o tema ideal de uma obra de ficção.

     Todavia, seria completamente errôneo dizer que Ivan constitui o triunfo do indivíduo no cinema de Eisenstein. Isto equivaleria e esquecer a total inaptidão do cineasta em representar o indivíduo em sua intimidade e verdade concreta. Os personagens dos dois filmes são, mais do que seres de carne e osso, marionetes alucinadas, ou máscaras, que tiram o essencial de sua força- que se pode julgar ultrajosamente artificial- de sua posição no interior de uma geometria plástica dos planos e do découpage.

       No plano visual, a metáfora do xadrez nos vem imediatamente ao espírito, os personagens e sobretudo os atores do filme não sendo nada além de peças manipuladas de cima pelo cineasta-demiurgo[...]"

      

        Esse é um trecho da crítica que crítico de cinema, Jacques Lourcelles, fez a Ivan, o Terrível, o que compartilho com esse crítico é que sim, o segundo filme é muito superior ao primeiro, mesmo tendo uma intercalação estética, que acho rídicula, de cenas em preto e branco e outras coloridas.

        O segundo filme é muito mais sentimental, mais bem desenvolvido em torno da ótica de conspiração, da volta e meia de martírio que o Czar possui por suas ações, pelas traições, o modo como o Czar manipula as pessoas.

Ivan manipulando o seu primo Vladimir

          O Segundo filme começa quando, numa sessão da Corte Polonesa,  em Cracóvia,  presidida pelo rei Sigismundo, Kurbsky se apresenta para ser subordinado ao rei polonês e é impossível não rir da cena.

         Sigismundo, todo enfeminado, na apresentação de Eisenstein, pega de leve o florete de Kurbsky e manuseia de leve com a mão a espada e a entrega de volta, Kurbsky, mais homossexual ainda, pega a espada e passa cheirando a lâmina enquanto olha para Sigismundo com outros olhos.

      Você para e pensa:

     "Que bando de viados! Até o Justin Bieber é mais macho que esses dois!"
Cena da Corte do rei Sigismundo
         E as cortesãs? As cortesãs então, tudo frescas, gordonas, uma coisa talvez tão risível quanto a viadagem dos dois. A cena da corte do rei Sigismundo sem dúvida é uma das mais divertidas dos dois filmes.

           É também no Segundo Filme que se mostra o Czar ainda criança, quando começa a ver as constantes brigas entre os boiardos e acaba formentando o seu ódio contra eles, mostrando na clássica cena de quando Ivan vê sua mãe ser envenenada.

Ivan quando criança

       A Conspiração Boiarda também mostra o plano de Eufrosinia de colocar o seu filho, um abobalhado com cara de mulherzinha, no comando do trono de Ivan, com a prerrogativa máxima, matar o Czar... O czar desarticula o plano, e bem, vocês tem que ver o que acontece.
Maliuta está de olho


        Mesmo a parte 2 sendo superior a parte 1, o primeiro filme também está num patamar superior, num patamar relevante aos filmes de Eisenstein, e muito, mas muito superior a certos filmes a mim contempôraneos, o filme querendo ou não, pode ser omisso em relação a algumas características de Ivan, mas as cenas em  que o povo aparece também não são de se descartar, tudo foi muito bem feito, incluindo a trilha sonora de Prokofiev, que volta e meia é sombria, tristonha, outras envolve o amor por Anastacia, outras se torna intesa, pulsante, com a ótica da conspiração e ainda tem momentos que faz você pulsar, querer se emergir no filme totalmente, é uma música tão esquizofrênica, tão bipolar, quanto o próprio Czar, mas ainda assim é bela.

       Eisenstein termina a montagem da segunda parte em fevereiro de 1946. A doença e as críticas oficiais suscitadas por esta segunda parte o impedirão de rodar a terceira parte, apesar de esta ter sido minuciosamente escrita e preparada.

        Na terceira parte ( intitulada: Os combates de Ivan), o Czar, agora aliado à Inglaterra, deveria enfrentar vitoriosamente as tropas livonianas.
         Kurbsky morreria em um castelo, cuja explosão teria sido voluntariamente provocada por um dos seus homens, a fim de evitar que este caísse nas mãos do inimigo. Maliouta morreria também nesta explosão.

      O filme deveria ter terminado com uma proclamação de Ivan, afirmando que de agora em diante a Rússia permaneceria no Báltico. Absolutamente falsa historicamente, pois essa filmagem beneficiava Ivan com as vitórias conquistadas mais tarde por Pedro, o Grande.

         Em setembro de 1946, o Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética condenou Eisenstein nestes termos:

 " O metteur em scéne Sergei Eisenstein, na segunda parte do filme Ivan o terrível, revelou sua ignorância dos fatos históricos ao mostrar a progressista guarda de Ivan o Terrível como um bando de degenerados, do gênero Ku Klux Klan, e o próprio Ivan o Terrível, que possuía vontade e caráter, como frágil e indeciso, um pouco à maneira de Hamlet".

          No entanto, o Conselho Artístico do Ministério da Cinematografia apreciou o filme, mas a última e definitiva condenação veio do Kremlin e a segunda parte só saiu na Rússia e no mundo em 1958.
Kurbsky sem vergonha, cortejando Anastacia






                          


Ivan tá podendo, tomando banho de moedas, assim as mina pira!





                          
                             









Segue a seguir as duas partes de Ivan, o Terrível. ( Com legendas em Inglês)


Parte 1





Parte 2

2 comentários:

  1. Hahah, adorei seus comentários, e atambém acho que o Vladimir tem cara de mulher, eu até pensei que ele era n começo do filme. Muito bom sua análise.

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    1. Sim, verdade, e Eufrosínia, no início, achava que fosse um homem. Eisenstein tem dessas coisas, até mesmo de mudar as feições dos seus personagens conforme a necessidade da narrativa. Em Encouraçado Potemkin ele fez a mesma coisa com a mãe na escadaria de Odessa. Enfim, agradeço os elogios e espero que tenha gostado do blog.

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