Sob a límpida luz do luar
Reluz o tristonho semblante
Do qual tento não esquecer
Era ela, a bela a cantar
O cântigo gorjeante
O qual agora quero tecer
Estupenda e formosa
Aquela ninfa chorosa
Tornava à vida tristonha
Naquela noite medonha
Sem voz e cansada
Perdida na rima
Suplicava na calçada
Um olhar logo de cima
Logo a dor passada
Pensa ela na obra prima
Que deixara enlaçada
Ao pé da meia lima
Cântigo choroso
Ao vento chuvoso
Ecoa sem vir
Como a voz do vizir
Esqueça agora o meu cismar
De tanto tento cantar
Pois já não mais sei rimar.
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