sábado, 3 de março de 2012

Identidade: América Latina, discussão

       O esteriótipo internacional tenta mostrar que os "latins", uso o mesmo termo que os americanos usam, são um povo festeiro que tem uma penca de filhos que vivem sempre em vilas pequeninas onde todo mundo se conhece, que tira a famosa "siesta" depois do almoço,  e depois de dormirem ao relento com os seus sombreiros(se for em Cuba ou mesmo em alguns países bolivarianos, é o caso do Chapéu Panamá, que por vezes uso) cubrindo suas vistas.
Não é assim mesmo

      Se pensam nos Andes logo pensam em mulheres levando seus bebês em mochilas, tocando flautinhas enquanto mascam coca para subir as montanhas, com os seus gorrinhos coloridos.
Los Andes




      Mas um mito, nisso tudo, denigre a imagem dos latinos... Um mito que diz que costumeiramente não gostamos de trabalhar.







      Não que eu diga que preferimos trabalhar 800 horas/dia como os japoneses, mas também nós não somos preguiçosos.... Afinal, essa ideologia, propagada no mundo ocidental, notavelmente em Faroestes americanos, é nada mais que uma abstração e uma distorção da realidade. Os latinos são comprovadamente, junto com os orientais, os imigrantes que mais trabalham nos EUA e na Europa junto com os africanos.

Sim, foi essa coisa enfeminada que surgiu com isso







      Primeiro devemos fazer logo uma distinção, essa identidade de "latinos" só surgiu por causa dos americanos que tinham que identificar o montão de gente ao sul do seu território ( Na verdade surgiu com Napoleão, o pequeno, Napoleão III que eu digo, para fundamentar sua invasão ao México no século XIX).










       Nenhum dos povos latinos se identifica originalmente de latinos, só alguns que se identificam como bolivarianos, mas isso é diferente. Há distinções regionais latentes, um mexicano não é mesma coisa que um boliviano, que consequentemente não é igual a um chileno, que não é igual a um cubano, que por sua vez não é igual a um argentino, que por sua vez odeia ser comparado com um brasileiro (a gente também odeia isso).

A Gente odeia isso! Brasília é a Capital do Brasil!


      Não, nem todos os cantos daqui seguem um modelo ditadorial (seguiram por alguns anos, mas já passou), não tem um general Pajarito em tudo que é canto tentando dar um golpe, nem todo mundo aqui é católico (A maioria até pode ser, mas tem muito protestante aqui também, budistas também vivem aqui, em menor proporção judeus e árabes, eu mesmo sou um judeu, beirando ao ateísmo, é claro), nem todo mundo tem 35 filhos com a mesma esposa, na verdade na Argentina ter um filho já é muito!

Quem assiste Get Smart sabe quem é o Pajarito

        Não, nem todo mundo aqui é analfabeto como pensam, toca a viola numa serenata e fica sempre falando "Aí, aí, que emociones", primeiro que o Brasil é o único país da America Latina inteira que não fala espanhol e sim português (é semelhante, mas semelhante, como diz a matemática, não é igual), segundo, existem povos aqui que não são tão ruidosos assim para fazerem festa todo tempo, outros são até bem frios.

     Propagou-se a ideia que o latino é um tipo conversador, em parte até é, mas, lá vem a generalização, os povos próximo ao Prata são geralmente mais fechados (não sempre é claro).

Não, América Latina não é só Che!
      Temos grandes cientistas, como Dumont, um grande aviador (que todo brasileiro acredita que é o verdadeiro inventor do avião), grandes escritores como o Pablo Neruda, grandes músicos como Villa-Lobos e Tom Jobim, músicas divertidas como salsa e samba e meio emocionais como o tango.


      Aos que não sabem, o Kinect foi desenvolvido por um brasileiro a partir de um estudo médico que revelava a emissão de um tipo de radiação, normal em nossos membros, como a mal.

     Sim, choramos muito quando perdemos nossos parentes (no caso dos mexicanos é diferente, se faz festa no Dia dos Mortos), geralmente falamos alto quando irritados, ou mesmo brincando, mas todo latino, como todo ser humano, sempre deseja uma vida melhor para a sua família.

     Geralmente, nossos governos não são tão eficientes, onde a corrupção por vezes impera (se acham que o Brasil é corrupto, imaginem a América Central), os hospitais não são grandes coisas (tirando em Cuba, Argentina, Chile e Uruguai), o sistema educacional também não é tão eficiente assim (tirando de novo Cuba, os países platinos, Chile e em algumas partes do Brasil), e realmente não nos sentimos seguros com a polícia que geralmente é corrupta.

    O imaginário nacional é diferente desse coletivismo preparado por alguns generalizadores americanos.

  •  Povo Mexicano
       É um povo alegre, feliz, contente, que trabalha muito, mas não abre mão da siesta depois do almoço, e querendo melhorar a vida de sua família, tenta a sorte no vizinho do Norte, Estados Unidos e é geralmente marginalizado e mal-tratado, mesmo sabendo-se que ele trabalha tentando manter o alto-astral.
Mexicanos não são só assim

        Sim, eles festejam no Dia dos Mortos, mas choram quando perdem seus parentes tanto quanto qualquer um, orgulham-se de terem tido os Maias, os Toltecas e Astecas, mas também aceitam que Cortez tenha invadido tudo e ter iniciado a ocupação do méxico. São cotados como povo bastante religioso, mas isso também é uma generalização.
  • Os povos da América Central 
       São tão felizes e contentes que os mexicanos, mas sofrem demais, seja por causa dos governos costumeiramente instáveis (instabilidade essa plantada na Guerra Fria pelo sucessivos golpes financiados pelos EUA e URSS), seja por falta de assistência em tudo que é essencial. Trabalham e tentam um futuro melhor nos EUA  ou no Brasil (esse último é o caso dos haitianos). Tem realmente indícies de pobreza alarmantes, e por muito tempo foram explorados pelos colonizadores europeus.
  • Cubanos  
       Apesar de terem conseguido o que inicialmente queriam como saúde e educação públicas, com a Revolução Cubana que depôs o Ditador Fugêncio Batista, pró-máfia americana e pró-Estados Unidos, não possuem grandes liberdades como hoje clamam, o estado cubano é um dos poucos que seguem a linha stalinista à risca, com propriedades totalmente estatais e uma temida repressão.
Essa charge é muito Pró-Cuba


         A figura central de um culto à personalidade foi e ainda é o ex-ditador Fidel Castro, que antes da Revolução foi membro da elite local que vivia da exploração do açucar.
          Os bens de consumo cubanos são tristonhos, seus carros americanos de antes da Revolução estão caindo aos pedaços, os salários não são altos, e moradia é um dos grandes problemas.
           Os cubanos, geralmente, tentam deliberdamente mudar de vida assim que conseguem escapar de Cuba e caírem nos Estados Unidos, onde são acolhidos, mas também excluídos.
  • Venezuelanos
          Se orgulham de terem tido um grande líder como Simon Bolivar, que libertou uma penca de países no Século XIX do julgo espanhol, mas sua situação econômica não é das melhores, vivem aos encargos de petrodoláres, e a maioria do povo tem um IDH realmente difícil de engolir.


Esse sim chega perto do Pajarito
           A Elite clama por maior liberdade, coisa que não anda muito bem lá, tendo em vista que ela mesma já planejou um golpe de Estado que acabou dando errado e colocando Hugo Chavez no poder.

          A grande massa acredita em Chavez, que tem a coragem de peitar os americanos e fazer reformas sociais, à um tipo à la Cuba, mas tem fracassado em muitas coisas, como inflação. Chavez tem apoio em todos os países que se dizem bolivarianos e de seu povo, e tenta comandar seu país com mão de ferro.
  • Colombianos 

        São um povo também feliz, como a maioria dos ditos "latins", mas vivenciam em constante perigo em decorrência das ações das Farc, o governo decretou uma guerra cívil contra essas forças, e possui auxilio maciço dos Estados Unidos no combate às drogas (segundo a versão oficial).

         Contudo, os colombianos têm sinceros problemas com os seus vizinhos regionais, tal como a Venezuela, por seus laços estreitos com os americanos e com as suas ações que permitem a implantação de uma Base Militar Americana na Região, aumentando as tensões regionais.
  • Povos ditos andinos, 
           Dos quais se destacam os peruanos, os equatorianos e os bolivianos, são os povos com antepassado inca.
         Quanto aos equatorianos, não posso falar muito pois eu não os conheço, mas quanto aos peruanos, é sabido que eles são orgulhosos que no seu território tenha se originado o Império Inca, também se orgulham por ser no seu território que o rio Amazonas nasce.
Esse é o esteriótipo andino


         São um povo feliz, trabalhador, que pelo esteriótipo são sempre cotados como os carinhas que usam tocas coloridas, levam seus bebês em mochilas enquanto sobem as montanhas. Vivem realmente em condições rarefeitas, o governo também não fornece todos os serviços e as populações são geralmente isoladas, mesmo assim, o Peru também produziu já um corpo intelectual.
  • Bolivianos 
        Antigamente se envolveram em rixas com os chilenos, argentinos e brasileiros, perderam sua única saída para o mar numa guerra contra os chilenos e perderam  o Acre ( acabaram ganhando no final) para o Brasil depois de uma compra (a qual eles dizem que foi feita com um cavalo e o Brasil disse que foi com 22 milhões de libras esterlinas), em todo caso quem saiu perdendo, acredito eu, foi o Brasil, por ter ficando com o território tão isolado como Acre (tentamos copiar os Estados Unidos com o Alaska e deu errado, o Acre se revelou não tão rentável assim).

       A Bolívia é o país da América do Sul com o menor indíce de desenvolvimento humano, isso visto porque tradicionalmente o seu governo nunca ofereceu serviços eficientes à sua população, e sua condição territorial acaba também isolando as populações.

      A Bolívia vive a partir de uma indústria textil e principalmente da extração de gás natural, que recentemente nacionalizou. Ela está no comando de um cidadão chamado Evo Morales, um líder populista inspirado em Chavez. Sim, os bolivianos são tidos como um povo feliz, trabalhador, que vivem em condições rarefeitas (tanto que têm um condicionamento físico melhor), mas com as dificuldades econômicas de seu país, tentam melhorar suas vidas no Brasil, enfrentando até mesmo condições desumanas de trabalho.

        Pelo esteriótipo são mostrados como os peruanos, com gorros, flautas, bebês levados nas costas por mochilas e geralmente mascando folhas de coca para subirem a montanha e terem melhor rendimento físico. As plantações de coca e maconha na Bolívia trazem alguns problemas ao Brasil quanto ao tráfico de drogas.
  • Chilenos 
         São pessoas realmente legais, simpáticas, com um leque intelectual consideravel e bom, são os que  pelas estatísticas mais leem na América Latina (junto com os argentinos), vivenciaram um período amargo em sua História quando o presidente Allende, com inclinações socialistas, foi deposto num golpe de Estado na sede de Governo, iniciando uma ditadura sangrenta sob o mando do General Pinochet.

O da direita, Allende, confiou mesmo no cara da esquerda, que deu o Golpe

         Vivenciam amargamente uma recessão econômica, e os movimentos estudantis lutam arduamente para que o ensino, antes exemplar, não seja privatizado e piore de qualidade. Eu realmente gosto muito de um  amigo meu chileno e consigo falar francamente com ele.
  • Argentinos 

        São tidos como profundamente emocionais, que dizem ter na sua psiquê um lado pouco mórbido, até o tango é meio austero e triste, geralmente glorificam uma figura populista do passado morta, como Péron, ou mais comum, sua esposa, Evita Perón, ignorando até mesmo o fato de Péron ter dado abrigo aos nazistas no Fim da Segunda Guerra. Sim, a Argentina foi o refúgio dos nazistas no fim da guerra, dizem até (eu acho que é mentira) Hitler não se matou e foi viver na Argentina com Eva Braun (a KGB teria percebido). O engraçado, que mesmo a Argentina tendo sido um refúgio para os nazistas, é um dos lugares com as maiores colônias judaicas do Mundo.

O dito Tango

         Os argentinos são tidos, geralmente o Brasil atribui isso, mas outras nacionalidades também fazem isso, são tidos como arrogantes e tidos como "pseudoeuropeus", não que eu o diga agora, vivenciaram a amargura de uma recessão econômica nos anos 90 que até hoje não se recuperaram (ao passo que o Brasil sobreviveu à recessão dando calote no FMI), e verdadeiramente no popular, são bastante deprimidos que outras nacionalidades.

        Orgulham-se de seu futebol (eles realmente acham Maradona melhor que Pelé! Tá certo que o Messi tá melhor que o Ronaldinho, mas não exagera com Maradona), de sua cultura de leitura, produção artística e de terem tido Péron como seu líder.
Perón e Evita

         Agora veem os Kitschner, mais agora a presidente Kistchner, que seu marido falecido, como alguém que podem os salvar das adversidades econômicas, envolveram-se em uma Guerra há 30 anos contra os ingleses pelas Malvinas, perderam tristonhamente, e até hoje querem as Malvinas para si.

Las Malvinas (The Falkland Islands)

  • Uruguaios 
         São aquele tipo que não gostam muito dos argentinos, mas também não gostam dos brasileiros, visto que, mesmo o Brasil sendo agora pacífico, fica na psiquê social o medo de um gigante maior em cima de você adormecido (Algo que talvez seja semelhante a Taiwan sinta sobre a China, ou os Países Bálticos quanto a Rússia, ou mesmo Bélgica entre a França e a Alemanha).

Dá pra entender o medo uruguaio ante o Brasil, nós somos um elefante perto de uma formiguinha

           Os uruguaios além de terem um hino tido como o mais lindo do Mundo (eu ainda acho o soviético melhor), orgulham-se por ter um sistema educacional e de saúde eficiente, os maiores indícies de IDH da América Latina, e de ter se separado do Brasil (sim, o Uruguai já foi uma província do Brasil).
  • Paraguaios 
          São o povo que se ressente por todos os povos da região, após ter entrado em guerra contra três países de uma vez e ter levado uma coça.
          O Paraguai tinha iniciado um programa expansionista que rivalizava com o Brasil e a Argentina, no qual estava para tomar algumas terras ao seu ditador, Solano Lopez e ter acesso ao Mar, não só perderam para o Brasil e Argentina (em verdade, essa foi a primeira vez que os dois países se uniram contra um inimigo externo) como perderam 1/5 de sua população (no século XIX) na Guerra do Paraguai, após uma ação do Exercito Brasileiro pra capturar a cabeça do ditador Lopez que se escondeu no Charco (Pântanos do Paraguai), mulheres e crianças morreram na guerra  e os paraguaios ainda se ressentem do Brasil por causa disso (Na verdade, o comandante responsável por essa selvageria era um francês sem qualquer experiência militar, o Conde D'Eu, genro do então imperador do Brasil, Pedro II).
Paraguaios, esse foi o grande culpado pela matança em seu país


            Os paraguaios são  desconfiados com a presença de colonos brasileiros nas terras do Paraguai, e vem o Brasil como um possível imperialista.
Os ditos brasiguaios (colonos brasileiros no Paraguai)

           A política fiscal do Paraguai causa problemas ao Brasil, pois além de ser do Mercosul, o que quer dizer sem tarifas alfandegárias, o Paraguai importar maciçamente produtos da China para que sejam vendidos no Brasil (acabando com a coleta de impostos sobre produtos).
           Outro problema que o governo Paraguaio causa ao Brasil é sua política meio liberal para compra de armas, na qual brasileiros compram sem muitos problemas no Paraguai e as trazem ao Brasil.
  • Brasileiros 
         São tidos como povo alegre, receptivo e muito festeiro, mas com o território gigantesco do Brasil as diferenças regionais são bem pronunciadas, primeiro, pelos sotaques, costumes e tradições.


           O brasileiro do Sul é diferente do do Norte, do Sudeste e do Centro-Oeste, mas ainda assim é brasileiro.

           No sul, o pessoal até muito se assemelha nos modos aos alemães e aos italianos (as colônias germano-italianas lá são numerosas) e aos povos dos Pampas (Argentina e Uruguai), mas têm orgulho de serem diferentes dos argentinos, no Sul mesmo se apresentam indíces de IDH relativamente altos.
Acredita que isso é Brasil?





           O Sudeste é onde os estrangeiros mais conhecem só por três palavras: "Rio de Janeiro", além de "Copacabana". Sim o Rio fica no sudeste do Brasil, mas o braço industrial também, em São Paulo, que é uma metropole tão caótica quanto Londres e New York.


O Sudeste


          O Centro-Oeste é o braço agricola do Brasil, mas também é onde se assenta a minha cidade natal e a capital do País, Brasília.

Brasilia à Noite

            O Nordeste, mesmo sendo a região mais tradicional, é a mais pobre, com os piores indíces de Desenvolvimento Humano, emprego e outras coisas, há pouco tempo, a fome batia às portas dessa região tal qual na Etiópia, é de lá que se destaca a religosidade e as festas que deixam o Brasil conhecido.

Também é Brasil

            O Norte, eu acho que não preciso explicar, é a região sem dúvida menos povoada, e menos explorada do Brasil.

            Pois ainda tem diferenças entre os estados do Brasil (tal como nos EUA), mas isso vai se tornar muito cansativo. Sim, tal como na Itália, existem lamentavelmente preconceitos internos, como por exemplo, alguns sulistas possuem aversão aos nordestinos, é lamentável, mas acontece.

            O povo brasileiro, mesmo sendo tido como festeiro e religioso, não é seu aspecto geral, muitos também não gostam de Carnaval (você achou mesmo que todo mundo aqui gosta?) nem reza seis mil Ave-Marias por seus pecados no Carnaval (A maior parte do Brasil é cristã, mas não mais católica, o protestantismo aqui é forte, as outras religiões também tem influência).

           O brasileiro é o tipo de pessoa que se diverte vendo futebol, mas que se enoja vendo política, visto que pelo senso comum todo político é corrupto no Brasil e que mesmo se indignando com os políticos( o que é comum), no Brasil as pessoas ainda vendem seus votos, não apuram nada, e acham que corrupção é normal (mais comum ainda).

Esse velhote tá no poder desde os anos 60, denunciado várias vezes por corrupção, continua até hoje no poder

         Sim, o brasileiro se orgulha em ser brasileiro, exige que sua seleção de futebol seja a melhor do mundo, mas não exige que o seu ensino público e a sua saúde seja.
Todo mundo ficou revoltado com o jogo chorado contra a Bosnia

          O brasileiro também reclama muito da corrupção na política, mas muitos são os que se tiverem uma oportunidade de transgredir as regras para seu bem pessoal.Boa parte dos brasileiros reclama que seus políticos quase não trabalham, mas os mesmos  também têm uma certa aversão à palavra Trabalho; (Tanto que a palavra usada por nós para essa atividade: TRABALHO, deriva do latim, Tripalium, que era um meio de tortura usado na Roma Antiga),

             Não que eu diga que o brasileiro não gosta de trabalhar, nem todos são assim, mas os que seguem o senso comum o são.

            O Brasileiro tem orgulho de não ser argentino, que acha ser esnobe e arrogante, mas ele próprio é arrogante, pois ele se compara com os americanos, nunca com os seus vizinhos nacionais. Por vezes faz humor maldoso, mas como todo mundo vai na brincadeira tudo bem.
Humor mostra muita coisa


Brasil sempre se compara com eles
           Se acha geralmente liberal, defensor da democracia e tal, mas basta falar que o governo não vai financiar uma atividade religiosa, ou mesmo que um governante é a favor do aborto, que  a face direitista inconsciente do brasileiro se torna a tona. Serei censurado por isso, mas é verdade.


          O Brasileiro sofre sim, principalmente o mais pobre, mas vai à luta e tenta vencer os seus desafios.

          Nunca confiam em políticos, gostam dos bombeiros, não confia muito na polícia, odeiam greves, mas adoram fazê-las se poderem ter mais férias.

         Acham que funcionário público nunca trabalha, mas adorariam entrar no serviço público. Reclama quando o médico, ou o professor entra em greve por seus baixos salários, mas não fazem nada de bom também para mudar a realidade da saúde e da educação.
Eles veem assim, mas mesmo assim fazem o que podem pra entrar no serviço público

        Sim, nós sabemos reclamar, mas poucos estão aptos para mudar as coisas,  aceita-se passivamente corruptos pois acham que eles farão alguma coisa.

        Os meus compatriotas odiarão o que eu escrevi, mas verdade seja dita, mas não é?

        No Brasil, quando se rasga uma porcaria de votações sobre que escola de samba ganhou Carnaval todo mundo se revolta, mas quando se destroem casas de pessoas humildes para reintegrar à posse de um especulador que deve muito ao governo, ninguém se revolta.







        Sim, esse é o meu país, eu o amo, mais ele é assim.

      

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