terça-feira, 30 de abril de 2013

A graça de haver discussões racionais

       Numa discussão dessas de diletantes prosaicos, tomei nota de discussões deveras relevantes para trejeitos acadêmicos. Vi com meus próprios olhos discussões sobre modelos políticos que resultavam na defesa da Monarquia como forma de governo.

     Nunca fui favorável a um modelo monárquico de governo e sinto que a despeito de suas falhas, a própria noção de República é algo um pouco mais articulado sobre a questão do poder; Entretanto a discussão demonstrou-se produtiva, pois, afinal de contas, apesar das recusas sobre esse tema, existem pontos relevantes para os que defendem a monarquia e até são argumentos que merecem ser levados em consideração.

     Contudo, não imagino um governo onde o povo seja deixado a parte do processo político, e mesmo que integre o processo político, que perdure o direito de hereditariedade do controle de uma nação. É interessante pensar nessas coisas, enfim, a despeito do calor da discussão que chegou a uma crítica total da Revolução Russa de 1917 ( que ao meu ver foi desmedida, afinal de contas, apesar dos eventos radicais associados a Outubro, não se pode esquecer que a Revolução mostrou ao Mundo que questões sociais não podem ser negligenciadas de nenhuma forma da  própria visão política). Vi-me solitário defender pensadores como Bukharin, Vigotsky, Eisenstein, Tsiolkovsky e Maximo Gorky que não mereciam ser totalmente desprezados da História.

       É relevante ressaltar que a despeito dessa discussão, depois todos saíram da sala e foram tomar um café juntos e isso me divertiu, onde mais haveria lugar para uma discussão saudável onde os dois lados se respeitam mutuamente? Diverti-me com isso e deixei meus colegas continuarem o papo e segui dessa forma outros rumos.

      Querendo ou não, é assim que o pensamento crítico se desenvolve.

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