domingo, 7 de abril de 2013

Conselhos de um mero caçador de palavras

       Pode-ser que o tempo tenha marcado melodias risonhas sobre as  epopeias do grande caçador de palavras, que tenta entender os mistérios dos sorrisos meio encabulados e as rimas solenes das lágrimas mais desesperadas e suprimidas junto ao peito. Em todo caso é tão estranho pensar na narração dessas palavras sobre um fato tão recente quanto é  o passado presente.

       Passado presente, o  passado não definido, algo mais do que o pretérito imperfeito, que de imperfeito não tem nada, já que não está acabado. Tudo pode ser modificado é claro, penso nisso como uma lei existencial da própria ciência contemporânea. 

       Perdido nesse teor físico-filosófico tento entender os motivos da ilusão, da falsa felicidade, seguidas do desespero e da tristeza, em doses tão cavalares que trazem ao peito axiomas impensáveis a momentos atrás.   Logicamente falando, a existência de emoções representa um dos paradoxos da própria vida contemporânea onde, parando para pensar, a logicidade de nossa própria cultura, bem como de nossa sociedade não dá amparo a sentimentos tênues ou propriamente bem emocionais.

     Não creio que a lógica desse pensamento ressoe aos brados retumbantes de corações em pleno processo de desalento como o meu, em todo caso, o silêncio é tão taciturno que me leva a dedilhar por sobre tais teclas, afinal de contas, que mal há em filosofar?

      Não é maior que o mal de se amar, logicamente, pois as injeções de endorfina nos conferem um prazer tão incomum e tão viciante que é como se essa droga produzida pelo nosso próprio corpo consumisse o nosso raciocínio e reduzisse nossos pensamentos, deixamos de pensar em termos lógicos quando estamos apaixonados e isso cria metade dos problemas relacionados a isso.

       A lógica é o caminho pelo qual, acredita-se, levar o bem de alguma forma. Pelo tratamento lógico, não há motivos para a existência de guerras tampouco de diferenciações, mas quando as emoções afloram, tais ignomínias estão em aberto. 

       Não deve-se deixar levar exclusivamente por emoções, mas no meu caso, não se deve ter emoções por si só, as emoções trazem inúmeros infortúnios desconfortáveis os quais nem merecem ser mencionados. A apatia nem sempre é uma coisa que deva ser repudiada, ela pode fazer parte de uma corrente filosófica, onde a própria recusa em se importar com os outros demonstra a seriedade com que tal individuo encara a vida.

     A empatia traz sentimentos perigosos, como a pena e a culpa. A clemência é algo honroso, mas esses dois sentimentos não. Em todo caso, não estou dizendo que a ciência deva guiar o homem  para o futuro, não sou um louco tecnocrata, mas eu digo que a lógica tenta controlar meus atos frente a outros puramente emocionais.

      Um caçador de palavras deve se desculpar por tais deleites filosóficos, mas se acompanhou até aqui tais palavras, deve ter havido algo de interessante nessas linhas que não lhe fez rejeitar tal postagem. Lógica, emoção, ou empatia. Isso não importa muito. Há coisas inacabadas nessas linhas que não se resolvem com o passar dos dias, mas não devo frustrá-los com conversas pessoais de tolos como eu que possuem problemas em expressar a totalidade de suas  ideias.

      Verbetes condensados, digo que as emoções devem ser escusadas em virtude das próprias manias pessoais do redator despreocupado com a forma do texto que sou eu. Penso que se tivesse agido de  forma menos emotiva, menores seriam as tristes lembranças que me assolam todos os dias: Baixo a cabeça quando lembro disso, mas sigo em frente. Conselhos se fossem bons seriam vendidos que nem água, mas penso, caro leitor, que a despeito dessas divagações, você compreenda a personalidade que escreve tais textos da forma como eu tento entender aqueles que se dedicam à leitura de tais textos.

        Esse estilo tão pessoal de escrita está tomando vertentes tão vertiginosas que até Saramago teria problemas para se fazer entender aqui, em todo caso, creio que é conveniente me despedir de uma forma diferente de "Caro leitor, muito obrigado por sua leitura", mas sim como: "Caro amigo, boa sorte nos dias que estão por vir".

         Pareço meio depressivo? Não da maneira que enxergo minhas palavras, mas saiba você que eu agradeço ter desabafado, mesmo que não de maneira lógica, tais palavras. Até mais, caro amigo. Boa sorte nos dias que estão por vir.

Um comentário:

  1. Devo também me desculpar quanto ao formato pessoal que tomou esse blog, a proposta inicial não era essa

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