Uma caneta marca a página de um pequeno bloco de notas rascunhado de versos e reflexões sob po olhar eufórico de um pequeno relógio de pulso dourado, à direita do quadrilátero onde se desenvolve a madeira de uma pesada mesa.
À esquerda, um pequeno caderno sem pautas está a par da atual historiografia em questão e discute Braudel e Paul Veyne com o disco do Villa-Lobos logo abaixo de si, sem contar que um texto do Hobsbawn se prolonga próximo ao teclado sob o som do jazz que ecoa do radio e atinge o pequeno tabuleiro de xadrez feito todo de vidro, o qual se prolonga em torno da multidão de livros e papéis que se prolongam em torno da mesa.
Os óculos estão largados na estante, assim como o Ipod e o celular, os sapatos estão largados em algum canto, enquanto uma bela reprodução de Van Gogh ergue vigorosa na parede. O relógio de areia marca todas as palavras sem muito compasso e termina por dizer o que mais é preciso escrever.
Passados alguns minutos, as escadas vão circunscrevendo degraus sinuosos, e os pés levam os passos para fora daquela construção, avista o sol se esconder timidamente sob as nuvens e uma bela moça de vermelho correr para não ser apanhada pela chuva. Pensa em sair, mas tudo o que faz é pegar o jornal e voltar para dentro. Tenho medo do mundo e da sociedade, só hoje mesmo, amanhã tenho que enfrentar tudo de novo.
Muito bem, é hora do chá.
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