A real conjectura dos hospitais é uma nota ignóbil para a questão da própria humanidade, em todo caso, mesmo efetuando gastos com planos de saúde, as mesmas desculpas esfarrapadas pontuam o cenário hospitalar. De tal forma, não é visível a humanidade do atendimento médico e sim sua total confusão em assuntos de âmbito burocrático, na maneira em que, o individuo continua enfermo e sendo tratado como uma reles peça de um sistema qualquer, um consumidor muito mal-tratado, que apenas deseja ter sanadas as suas enfermidades.
A total incompetência dos organismos responsáveis pela saúde é o que gera a precarização do nosso tempo, que poderia ser aproveitado da melhor forma possível, bem como alastra em nossas veias as mais vis doenças ao longo dos corredores dos hospitais.
Dessa forma, devo declarar em linhas gerais que a estupidez organizacional do sistema médico não resolve os dilemas sociais presentes e muito pelo contrário, apenas traz mais desconforto aos pacientes e torna todo o tratamento humano uma mercadoria.
Declaro em linhas gerais também que as Revoluções Médicas que assistimos nos últimos 50 anos fracassam bem aos nossos olhos, nas mãos de burocratas estúpidos e atendentes risonhas e diletantes que só nos dão respostas vazias.
Inflamo mais minhas palavras quando o descaso com que são tratados os pacientes consome ainda mais o imaginário dos hospitais em virtude do charlatanismo de alguns médicos, além da total falência do sistema público de saúde. Dessa forma estou tentado a pensar, mesmo pagando um plano de saúde incipiente, no sofrimento daqueles que agora mesmo enfrentam situações ainda mais difíceis e degradantes das que reles conveniados possuem ao esperarem o ócio moribundo das salas de espera. A estes, a estes se pode muito bem colocar a supra definição de "pacientes".
A arrogância e a falta de uma prática humanista no tratamento dos enfermos leva-me a escrever tais linhas e me encaminha a daqui alguns meses escrevinhar os preceitos de um manifesto a favor do humanismo.
Camaradas e irmãos, de todas as gentes, gêneros e costumes, é ignóbil pensar que tal tirania possa continuar a existir, é preciso fazer uma autocrítica de tal realidade, para que possamos realizar mais do que uma simples Revolução, mas uma total mudança de tal realidade na saúde. Não será por armas que trataremos os doentes e feridos, mas será por nossas palavras e ideias, dessa forma, pensai naqueles que hoje nada tem para que lhes possa sarar. Pensai nesses.
Nenhum comentário:
Postar um comentário