Eu espero que perca a noção do tempo, que passe a parar de contar os dias e de olhar para o relógio. Nada mais me fascina, nem mesmo o movimento metódico e calculado das engrenagens num pequeno relógio de bolso.
O tempo passou tão lentamente e os dias se foram, e quando paramos para ver, passou-se um ano. Muda calendário, as pessoas começam a procurar feriados e planejar férias. Eu não planejo férias, eu não tenho planos de descanso, eu tenho metas de trabalho, metas sem tempo.
Passou o Natal e o Ano Novo, começou outro mês, outro ano. A parte boa é que vou voltar a trabalhar, a parte ruim é que vou deixar de escrever. O tempo passou e o bonde levou as minhas últimas palavras nessa desvairada fortuna tropical.
Tempo, tempum afflictorum, imemoriável em grandeza, constante da física quântica e a dimensão emocional que carregamos. O tempo passou e o meu pequeno relógio parou por falta de corda.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
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