quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Crônica desses dias

Tropeço nos versos
Ando desengonçado
Sempre me atraso
Vivo sem viver

Não quero fugir
Não quero correr
Deixei de viver
Verso silenciado

Fecho o compasso
Ligo-me ao passado
Tudo que fiz foi sofrer
Não mais

Não quero ouvir
Não quero falar
Passo depressa
Passo pela vida

Sem conversa
Sem piadas
Sem cor
Sem risadas

Pálido de rosto
Sem voz, sem riso
Passo direto
Sequer irei olhar

Caminha depressa
Caminha mancando
Não olha para trás
O tempo passou
E nem vi passar

Já era tudo
Não acredito mais em nada
Não sou mais feliz
Não quero mais sorrir

Adeus, minha querida
Eu te amei, e ainda amo
Mas não sei disso de ti
Não fala mais comigo

Me deixou desolado
De coração destroçado
Sequer me avisou
Sequer me disse

A vida gira,
Eu perdi minha alegria
Acho que algo morreu em mim

Deixei o tempo passar
E não há como parar
A chuva que cai
Cai do meu olhar

Adeus...
Seja feliz
Esqueça o que eu disse
Adeus...

E não eu não vivo,
mas também não estou morto
Sou um vivo sem vida
E um morto sem morte

Adeus, minha querida

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