domingo, 27 de novembro de 2011

Sacada

No alto daquela cidadela
Descansa uma morada
Não é uma das mais belas
Nem das mais luxuosas

Uma simples morada
Tão feia que se dá risada
Era uma casa das xistosas
Sorridentes e afamadas donzelas

Sim, para que se dá tantas risadas
Outrora tal tipo de coisa fora morada
Mas há muito tempo já não, uma década

Pois bem, hoje passo pela calçada
E eis que encontro ela casada
Ela que sequer dá uma passada
Ao ver meu coração

Sim, era ela, um dia fora ela
Hoje não mais uma mazela
Lembro-me daquela cancela
Da qual a noite seu marido zela

Mas que bobagem! Para que tanta rima?
Escute, minha querida, escute minha Isabela
Escutai com atenção, pois o bater no meu peito
Não é nada mais que o meu coração

Essas rimas sem graça, sem nexo, sem poesia
Correm ao vento sem sequer feitoria
Pois que graça há sem sequer extravasar
As emoções reprimidas nesse cantar

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