Minha donzela
Doce e singela
De rubro cabelo
Semblante belo
Ao esvoaçante vento
Balança a mais escarlate
Mecha de donzela
Do alto daquela janela
Na estreita cidadela
O imenso disparate
Que ronda sobre si
Belo carmesim!
O formato purpúreo
De seus cabelos
Me deixara assim
Na névoa que se abate
Sobre a capela
Meu coração se combate
Pois a musa de olhos glaucos
Rubros cachos
Enaltece a mim com os lábios
Vermelho, vermelho
É a cor que me deixa
A dor me queixa
Ao olhar a rubra madeixa
Ao luar, à chuva cai às escuras
Caio em mim e à rua corro
Desço o morro
E lá te encontro
Minha querida!
Tenho muito a contar
Mas com um beijo vou espressar
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