sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Edgar Hoover: O passado do FBI

       Há um certo desconforto pairando hoje sobre Washington... Por que será?


     Por causa do anúncio do polêmico filme de Clint Eastwood, J. Edgard, que centrará a trama em torno de um personagem: J. Edgar Hoover...


      Quem é Edgar Hoover? Devem me perguntar...
... É esse doidão com a Tommy Gun na mão!

    
      Hoover nada mais, nada menos foi o criador do FBI, a Polícia Secreta dos Estados Unidos, se é que podemos usar esse termo... Com Hoover nós podemos.

       A carreira de Edgar Hoover se resumiu praticamente a isso:

        Empregou-se  rapidamente no Departamento de Justiça dos Estados Unidos, onde sua carreira foi rápida.
           Em 1919 foi indicado para investigar estrangeiros suspeitos de subversão, missão essa que resultou na expulsão do país de um  número ímpar de pessoas. Não a toa, em 1924 foi nomeado chefe do FBI...

          E daí? Daí que Hoover foi responsável além de acabar com boa parte das atividades da Máfia, ações pelas quais sua fama começou a crescer, quando combatia gângsters famosos, como John Dillinger, Pretty Boy e Baby Face.


O poderoso chefao
Don Vito Corleone não gostou nada disso
          Mas Edgar Hoover, mesmo tendo mudado a história do FBI: a antiga e ineficiente organização de 657 (muitas vezes corruptos) agentes, tornou-se uma gigantesca organização policial com mais de 16 000 funcionários, além de modernos métodos de investigação criminal, ele  resultou também  milhares de prisões e abalou a vida de centenas de pessoas...

           O caso mais notório foi com o certeza o caso Lindberg que ocorreu nos anos 30...

            Charles Lindberg foi o aviador mais conhecido de sua época, ele, sozinho, realizou o primeiro voo transatlantico da História, saindo do estado de Nova York em direção a Paris num monomotor, o Spirit of Saint Louis.

Charles Lindberg com o seu Spirit of Saint Louis
         
          Lindberg ficou extremamente famoso nos EUA, angariando extrema popularidade e carisma, se quisesse, poderia até mesmo se candidatar a Senador...

         Contudo, algo marcou profundamente a vida de Lindberg, o seu filho, Charles Lindberg Jr.,  com apenas dois anos de idade, fora raptado e morto em 1932... Imagina quem estava envolvido no caso? Edgar Hoover...


          Isso mesmo, o chefe do FBI é até hoje acusado de ter sido o mandante da morte do bebê Lindberg.

O bebê Lindberg acabou morrendo no dito "Crime do Século"

         Vocês acham que é só isso? Tem mais... E o Marcathismo? O Marcathismo sempre foi apoiado pelo velho diretor do FBI, Edgar Hoover.

           Para quem tem memória fraca e não sabe o que é o Marcathismo, eu explicarei, no ínicio da Guerra Fria se solidificar na administraçao pública o Congresso em associação ao FBI realizou uma espécie de caça às bruxas de modo a tentar desesperadamente retirar qualquer possibilidade de infiltração comunista nos EUA.

           De fato, não vou mentir, existiam mesmo agentes da KGB (nessa época já posso usar esse termo) atuando em vários países do Ocidente, tanto que a Bomba Atômica soviética foi conseguida através de produto de espionagem de agentes soviéticos... Contudo, o Marcathismo foi tão nefasto, mas tão nefasto, que sequer procurava a si indícios plausíveis para levantar acusações contra membros proeminentes ou não da sociedade...

"Senhor blogueiro, o senhor reconhece as suas ligações com o socialismo?" Senador MacCarty.

       Eles atacavam todo mundo, de professores à artistas, inculpando, fazendo com que fossem levados ao público, sendo forçados a fazer muitas vezes acusações falsas para salvarem sua própria pele e tentando reforçar a "ameaça comunista" que beirava os EUA.

          O Marcathismo foi tão letal, mas tão letal que chegou até mesmo a fazer com que Chaplin saísse dos EUA devido a intensa perseguições a si pelo governo norte-americano.
Pô até Chaplin!


          Adivinhem que foi o maior responsável? Edgar Hoover.

          No auge do marcathismo, Hoover propos a prisão de 12 mil americanos por suposta "deslealdade",  como revelaram documentos confidenciais tornados públicos pelo Departamento de Estado americano.

          Hoover enviou sua proposta para o presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, no dia 7 de julho de 1950, pouco depois do início da Guerra da Coréia, argumentando que eram necessárias (as prisões) para conter "traição, espionagem e sabotagem". E ainda queria que o presidente suspendesse o direito de habeas corpus, que protege os indivíduos de prisão ilegal.

           O Marcathismo acabou perecendo à sua própria falta de embasamento plausível, e com o tempo, o maior expoente desse movimento repressivo, senador Marcathy, acabou ficando isolado no seio de seu ostracismo, de onde nunca mais saiu...

            Mas e Hoover? Continuou como Chefe do FBI.

         Hoover se tornou uam figura cada vez mais obscura, os registros do FBI indicaram que o então chefe da polícia federal americana acreditava que em um filme envolvendo a atriz Marylin Monroe (em cenas que digamos, quentes de mais) um  homem aparecia, e que esse homem seria o ex-presidente John F. Kennedy, que supostamente tinha um romance com a estrela de Hollywood.

Você acreditaria que na festa de aniversário do Kennedy, na Casa Branca, o maior presente de Kennedy não foi o bolo, mas, enfim... Vocês sabem.

          Hoover chegou a  convocar prostitutas que alegavam ter tido relações com Kennedy para tentar confirmar a identidade do parceiro de Marilyn no filme.

          Eu não preciso dizer o que eu acho do que aconteceu na morte de Kennedy, não é mesmo? Para mim foi o FBI.

            Então... Então que Hoover não só se limitou a isso, e em 1972 ele ordenou, e trocou memorandos com agentes do FBI a cerca de um assunto inusitado... A ligação da Máfia com o financiamento da Indústria pornografica, tanto que o FBI chegou até mesmo a investigar o filme Garganta Profunda, que por incrível que pareça, acabou sendo o codinome do delator que resultaria a Queda do Nixon.


             O engraçado disso tudo é que o FBI e Washington se sentem incomodados com tudo isso? Por que? O filme do Clint Eastwood não parece se distanciar tanto da realidade... Só por que ele também tratará da suposta homossexualidade do Diretor do FBI...


            Isso mesmo, o filme tratará o Edgar Hoover como homossexual... E não deixa de ser um pouco de verdade... Quem em pleno século XX, da década de 1920 até a 1970, passou a vida inteira sem pegar uma única mulher e sequer se casou, naquele contexto, era visto como gay, principalmente quando essa mesma pessoa ainda passava as férias com o seu assistente e digamos... quando morreu, deixou metade da sua fortuna para o seu assistente.

Isso não era segredo para ninguém...
           Até que por fim descobriu-se quem era o verdadeiro parceiro de Hoover, através de documentos secretos esboçados a partir dos arquivos da KGB, encontramos a seguinte fotografia...
       
Olha só! Que  meigo, veja o carinho que os dois têm por si

           
    

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