sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Esses dias

        Sinto-me meio adolescente hoje, daqueles que falam coisas estúpidas e são irritadiços com qualquer coisa. Reclamo de tudo, mas não quero fazer nada, brigo por qualquer coisa, me sinto feroz e respondão, mas não sei porquê.

       Pareço um adolescente carente que anseia por um abraço apertado, por ser ouvido e admirado, que se magoa com o jeito que a pessoa fala e como age. Sou um pouco adolescente nesse ponto, que se ilude com paixões juvenis e deixo-me levar, viro romântico e idealizo todo um futuro.

      Adolescência nos leva a cometer erros, a prudência nos leva a sermos senis. Sinto-me velho hoje, por não mais me iludir, por não mais me entregar às chamas da paixão ou aos desatinos do passado, desilusão, esse é o esporte querido a todo ancião.

       Coloco no rosto um sorriso falso, faço algumas palhaçadas e assim engano o mundo. Ou por vezes sou antissocial e não cumprimento nem ao mais caro dos amigos, caso-me com o meu trabalho e esqueço o verso imundo. O que há de errado comigo? Será que ainda gosto de pensar em você? Mas não posso.

     Sinto-me um adolescente, que se sente importante e acha que pode mudar todo o mundo, que acredita em alguns momentos em ser feliz, mesmo sabendo que somos colecionadores de decepções, a tristeza não passa, ela está comigo, ela se camufla, se esconde, mas sinto ela junto de mim, às vezes ela me toma, deixo-a que vença por algum tempo. Não importa, nada importa.

      Idiotice minha achar que você pensa em mim, enquanto vejo o relógio e vejo as horas se combinarem, isso é uma tolice quase infantil, maior tolice é ter pensado que daria certo, que você me amaria e que viveríamos juntos. Não, você não pode me dar algo que não possui, amor por mim.

     Idiota adolescente, é assim que me sinto hoje. Depressivo e triste, que fica pensando no ontem como se fosse o amanhã. Ontem me arrancou suspiros, hoje me tira o ar, eu ainda não consegui deixar de te amar. Estou fazendo errado, estou tentando esquecer, mas nesses lampejos adolescentes da minha vida trazem regressos e progressos dos quais eu não posso me ater.

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