segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

21:53

       São vinte e uma horas e cinquenta e três minutos de algum dia de fevereiro, prestes a acabar mais um novo ciclo metafórico de autopiedade e sofrimento, entendo tudo isso de forma literal e não muito passageira, um desvaneio qualquer depois do Carnaval.

      Hoje é dia vinte e cinco de mais de 4,5 bilhões de anos da Terra, 4,5 bilhões de giros preguiçosos em torno do Sol, num universo sem rumo que se expande através do espaço. 4,5 bilhões de revoluções feitas em torno do Sol enquanto o Equador preguiçoso continuava a girar em torno de seu próprio eixo.

      Sim, girar em seu próprio eixo, seguindo as leis de Newton sem tomar grande nota desses desastres matemáticos que em termos filosóficos versificam a própria graça. Hoje olho para tudo isso com fascínio e repulsa já que o mundo gira ao meu entorno e eu giro em torno do mundo.

      Estou meio depressivo hoje, tal como nos outros dias. O céu nublado fechou o meu peito tal como o cálculo fechou a minha mente. É, hoje é um dia depressivo. Fracasso após fracasso, nada mais de vitórias, apenas fracassos, derrotado, talvez seja essa a definição. 22:01

     Não que me importe com isso, só penso em como os cientistas não entendem que E= m c², e sendo m igual à massa e c igual a velocidade da luz, temos que a energia é igual ao produto da massa pelo quadrado da velocidade da luz.


    Assim, é por isso que me falta energia para fazer as coisas, pois não consigo fazer tudo na velocidade da luz, eu me desintegro como átomo, pior que isso me converto totalmente em energia e não consigo mais me converter no que era de início. Pareço um físico filosófico.

    Os cientistas não percebem o poder que eles tem nas mãos, acelerando um objeto na velocidade da luz é possível transformá-lo em energia e transpô-lo para outro lado do mundo, podendo talvez um dia reintegrá-lo como era antigamente, mas sempre há uma perda de energia. O teletransporte não é uma ciência perfeita.

    Queria poder me teletransportar dessa realidade, mudar de uma hora para outra de ares, respirar uma nova vida, pulando de galho em galho na física quântica de Einstein, conversar com os homens do passado, aprender com os homens do futuro, conhecer o mundo inteiro em apenas um segundo. 22:08

     Pena que estamos na dimensão do Espaço-Tempo em que não podemos voltar atrás e nem podemos avançar muito à frente. Bem que me disseram que não devia confiar em você, sim, em fatores quânticos e de análise amostral meu corpo transpira calor tal como uma máquina de Carnot toda vez que penso em você, minhas mãos tremem e minhas pernas dobram-se.

     A reverberação da minha voz interfere nos meus próprios sentimentos e ainda assim trata de maneira tão ignóbil a ciência desse sentimento, não a culpo, mas também não mais confio em você, tenho que rever meus cálculos e estudar bem a gravidade com as injeções de endorfina sobre o meu peito causaram a esse triste coração apaixonado.

     Sim, 22:13, e quem disse que com ciência não se rima?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Haber e o uso da ciência para o "bem" e para o "mal"

A figura mais controversa pra mim na história da Ciência não é Oppenheimer (pai da bomba nuclear), nem Alfred Nobel (criador da di...