terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sosseló

Por toda esta terra, como um fantasma,
Ele vagava de porta em porta;
Em suas mãos, trazia um alúde
Que tangia suavemente;
Em suas melodias sonhadoras,
Como um raio de sol,
Sentia-se a própria vontade
É o amor celestial.
A voz fazia bater muitos corações
Que se haviam petrificado;
Iluminava muitas mentes
Que haviam mergulhado nas trevas.
Mas em vez de exaltação,
Sempre que a harpa era dedilhada,
A multidão punha diante do pária
Um vaso cheio de veneno...
E lhe diziam: "Bebe, ó maldito,
Este é quinhão que te cabe!
Não queremos a verdade,
Nem essas tuas canções celestiais!"



Mais uma poesia do antigo poeta caucasiano que um dia se tornaria ditador de meio mundo; o homem que abandonou o seminário na minúscula capital encrostada nas montanhas para seguir uma vida de perigos e aventuras, até se tornar líder de uma das maiores nações que existiram na terra, a União Soviética. Esse jovem rapaz, embuído de fervor revolucionário despregou-se de seu nome georgiano para se tornar um homem conhecido dentre todas nações, o "homem de aço", Stálin.

"O homem de aço" quando ainda era um rapaz. (foto da Guerra Civil Russa)

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