segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mais uma na república das Bananas

 Folha de São Paulo says:

"O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), negou irregularidades no fato de ter usado um helicóptero da Polícia Militar do Maranhão para atividade particular.

Sarney evitou dizer se sabia, no momento em que utilizou a aeronave numa das viagens, que um paciente precisou esperar por atendimento enquanto suas malas eram descarregadas. "Não prejudicou ninguém", afirmou.

Reportagem da Folha desta segunda-feira (22) mostra que Sarney usou, por duas vezes neste ano, uma aeronave da PM para ir para sua ilha particular. Numa das ocasiões, o atendimento ao pedreiro Aderson Ferreira Pereira, 40, com traumatismo craniano e clavícula quebrada foi atrasado por conta do desembarque das bagagens do presidente do Senado.

'Eu estou como chefe do Poder Legislativo, eu tenho direito a transporte e segurança em todo o país; de representação, não somente a serviço', afirmou ao sair da Casa. Ele comparou esse benefício ao utilizado pelo presidente da República.
'O presidente não é chefe de um poder? Aonde ele vai, ele não tem direito a transporte, segurança pública? Eu também sou chefe', afirmou."


Primeiro, Sarneylito, utilizou um helicoptero público para ir à sua ilha particular e disse que não tem problema nisso? Então deixa eu pegar aqui o helicoptero da Presidência para eu furar o colossal engarrafamento da EPGU (Brasília também tem, não sabia não?)

Segundo, Sarneylito só mostrou o que o povo já sabia o que ele pensava. Ele reconheceu por sua visão, que um cidadão comum, descamisado, pedreiro de profissão, do interior do seu estado tristonhamente  empobrecido, como "ninguém".

Vejam só o absurdo, se formos levar isso pelo ponto de vista literal: Eu sou um pedreiro, em suposição, trabalho, trabalho, e durante um mês consigo ficar abaixo da linha da pobreza. Trabalho mais ainda, esqueço dos equipamentos de segurança (Segurança? Para que isso? Afinal posso morrer de fome amanhã), e por um maldito acaso do destino caío da minha escadinha de madeira corroída de cupins.

Caí de cabeça, ih (f#deu), tô desacordado, entre a vida e a morte, tô subindo uma escada rolante de shopping (pela primeira vez na minha vida vejo isso) no meio das nuvens em direção aos portões dourados do céu.

Tô desacordado ainda, quase morrendo, mas não posso me afobar, porque o senador tem que passar suas férias em sua ilha particular e não quer ir de carro. As malas da dondoca ainda não entram direito, e eu ainda tenho que esperar que tudo dê certo para o "querido" senador Sarneylito. Ah!! É  demais!

Ainda tem a audácia de dizer que nãoi prejudicou ninguém! Num país onde um helicoptero não nasce em arvores e o número doentes crescem em esponecial, muito me admira que ninguém se importe com tudo isso. Mas me esqueci, estamos na República das Bananas!

"Banana, bananinha, vamos todo cirandar, abre bem a roda, eu também quero roubar!"

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