quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O senhor dos contos






          Hoje eu me lembrei do meu tutor artístico, uma pessoa que me mostrou atráves dos livros o amor na arte da descrição e da leitura, hoje lembro-me de Anton Tchekhov


        Tchekhov (aí do lado com uma pose de galã) nasceu na pequena cidade de Taganrog, no interior da Rússia, cidade essa que só está no mapa por sua causa, no dia 29 de janeiro de 1860.


"Ninguém melhor do que Tchekhov compreendeu a tragédia contida nas pequenas coisas da vida" Maximo Gorki.

          Anton  Pavlovich Tchekhov era descendente de servos da gleba e era filho de um pequeno comerciante (petit bourgoise) que o quis que se torna-se médico na Universidade de Moscou.

           Seu pai era um chato, batia nele e nas suas irmãs quando estava bêbado, e logo não demorou pro velhote morrer. Tchekhov trabalhou arduamente para sustentar sua família e pagar seus estudos (trabalhando numa clínica rural).

            Depois, mais estável financeiramente, começou a publicar contos em revistas, e com vinte já era um dos autores mais conhecidos na Rússia. Ele foi muitas vezes censurado pelo czarismo, mas isso só o fez com que ele torna-se um redator conciso e crítico, criticava tudo que podia, do servo, ao pequeno burguês até o aristocrata.


           Tchekov se tornou um mestre do gênero, tendo uma visão democrática e ética do mundo no combate das injustiças, embora visse a si como apolitizado.





           Provavelmente tenha sido ele que tenha criado o conto sem enredo fixo, vinculando a sua obra às paixões dos homem e a simpatia desses.




          Aos 18 anos, Tchekhov já era um autor conhecido, e em por volta dos vinte e dois começou a ganhar prêmios por seu trabalho.


         Inicialmente, o autor que escrevia para jornais de segunda classe, em liceus literários, acabou virando um dos maiores escritores de toda a Rússia.








           Com todo o dinheiro que conseguiu, Tchekhov viajou a Rússia inteira em busca de inspiração para os seus livros, como A Dama do cachorrinho, O Assassinato e outras histórias, A gaivota, e Três irmãs.



            Mas em suas viagens, nas rodas de escritores, Tchekhov acabou se acometendo pela tuberculose, mal que acabaria o matando em 1904. em todo o caso vai aí um trecho de Tchekhov.


            Tchekhov morrera ainda novo, aos 44 anos, com uma obra amplamente conhecida; Não chegou a conhecer as mudanças no Império e sequer pôde ver a autocracia se desintegrando.


            Em todo o caso segue um trecho de Tchekhov:

 
"Na minha vida, vi muitas casas, grandes e pequenas, de pedra e de madeira, velhas e novas. Mas uma em particular gravou-se em minha memória. Essa, aliás, não é uma cas, é uma casinha.Uma casinha de um andar, com três janelas, terrivelmente parecida com uma velhinha pequena, corcunda e de touca. É rebocada e pintada de branco, coberta de telhas, com uma chaminé semidestruída. Está mergulhada na folhagem verde de amoreiras, acácias e alamos, plantados ali pelos avós e bisavós dos atuais proprietários.A casa não é visível atrás dessa verdura. A propósito, essa massa verde não a impede de ser uma casa urbana. Seu longo pátio está enfilerado, lado a lado, com outros pátios, também largos e verdes, formando a rua Moskovskaia. Ninguém jamais passa de carro por essa rua, e é raro alguém andar a pé por ela[...]" (Trecho extraído do conto O Enxoval)



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