domingo, 12 de maio de 2013

Pequena crítica ao pós-modernismo e ao cientifismo

      Uma cortina de fumaça projeta-se nas linhas da memória quando conjecturamos as areias do passado, barroquismo à parte, a cientificidade dessa hecatombe filosófica frusta qualquer forma de pensamento matemático-cientificista, pois nas vias do conhecimento humano, não há nada mais frustrante do que pensar em pós-modernismos.

       Nada tem sentido é verdade, mas nós que lhes conferimos essa tarefa. Damos sentido a tudo que vemos na vida, damos sentido às moléstias que nos deixam fracos, damos sentido aos amores que deixamos no passado, damos sentido ao fato de irmos ao banco no fim de semana. Tudo isso damos um sentido.

       O sentido matemático das coisas que é a coisa mais seca de se fazer, estipular que o amor em linhas gerais se dá por uma reação carregada de doses de endorfina é desconsiderar a psicologia da afinidade e mais do que isso, é desconsiderar o lirismo que se projeta em torno do amor. Amor é uma mácula na armadura de um cientista, mas mesmo assim se ama o trabalho científico.

      A barriga embrulha-me quando penso que as pessoas tinham a tendência de explicar a complicada vida por míseras fórmulas: E= mc², onde a energia de uma revolução se dava pelo produto do descontentamento da massa pelo quadrado de sua fome por reconhecimento. Isso é simplificar muito as coisas, Einstein nos mostrou que as coisas não eram tão simples quanto pensávamos e mesmo assim continuamos com a tendência de simplificar tudo.

       A vida é complicada e não deve ser simplificada, um mísera dor nas costas não é só uma dor nas costas, uma simples corda de violino não é só uma corda de violino e é por isso que temos que pensar além do ABC e do 1+3, devemos refletir a dinâmica das coisas e ver a lógica com que se operam todas as relações humanas, de como nos organizamos até de que porque se construiu que um 1+2=3. A matemática não é perfeita, tal como a vida e a única cresça que devemos ter é que o futuro está fadado a ser melhor que o presente, embora o futuro imediato não seja promissor.

      Perdoem-me o barroquismo cientificistas, mas lembrem-se enquanto eu filosofo você trabalham com um número imaginário que elevado ao quadrado é igual à -1. E perdoem-me pós-modernos mas prefiro pensar em dar uma lógica às coisas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Haber e o uso da ciência para o "bem" e para o "mal"

A figura mais controversa pra mim na história da Ciência não é Oppenheimer (pai da bomba nuclear), nem Alfred Nobel (criador da di...