O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
O poeta é um contador
De mentiras da mente
Canta com tanto clamor
Um sentimento demente
O poeta é um escritor.
Escreve tristemente
Canta a sua triste dor
Do coração ausente
Rima com louvor
Canta a loucura
Tão louca, consciente
O amor e ternura
Eis aquele que escreve,
Sobre querida sente bem,
O velho amor que teve,
E que agora não tem.
Eis na ode chorosa
Tenta entreter a razão,
Nesse nó de corda
Que se chama paixão.
domingo, 1 de abril de 2012
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