quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Poema chamuscado

Tece chama
Danças sinuosas
Cores harmoniosas
Vidas xistosas

Seu rubro rubor
Colorido de azul
Enche aos olhos
Um piromaníaco de amor

Foste tu que sozinha
Incendiara Roma,
Londres e Cartago

E ainda arranja tempo
Para aquecer-nos no frio,
Iluminar nosso caminho nas trevas
E cozinhar nossa comida.

Temem tanto a sua companhia,
A fumaça, que sequer ela é bem vista
Como se por ventura você fosse,
Destruidora impiedosa.

Chama surda que desatina,
Medo escarlate nos olhos.
Poeta diz que amar é uma chama,
Por isso é tão perigoso o amor.

Queima a alma,
Cega as vistas,
Inala-se de toxinas,
Faz bater o coração mais rápido.

No fim, você caí desacordado
Sem uma sombra de ar no peito
Depois de seus olhos lacrimejarem
E sua lógica se incendiar.

Amar é tal como soltar um incêndio
Você nunca pode controlá-lo
Você se seduz pelas cores
Mas no fim, você sai machucado.

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