sábado, 19 de maio de 2012

Инновации

Инновации, ou innovatsii, para quem não lê russo, é o termo para designar nada mais nada menos que Inovação.

        Mas que tipo de inovação que se trata nesse termo? Uma inovação de valores, uma inovação de pensamentos, uma simples inovação de uma maneira de pensar, uma inovação técnica? Tudo isso e muito mais.

        Tal como em russo, inovação tem o significado de ter uma ideia, arrojada de preferência, na qual não receamos nós de aplicá-la ostensivamente e ela em si se torna fundamental para os nossos sucessos e fracassos.

         Os russos conhecem bem o significado de inovar, afinal de contas, foram eles os mais revolucionários criadores de algumas coisas que achamos hoje triviais, como o iconoscopio, que se tornaria importantíssimo para a Televisão em si, foram eles que desenvolveram o helicoptero, estudos sobre a velocidade de escape da órbita da terra, desenvolveram eles o primeiro satélite, os primeiros foguetes, a partir dos estudos de Konstantin Tsoikovsky, a primeira plataforma espacial e tal.

         Mas, mais que tudo, os russos inovaram ao lançarem a Revolução de Outubro.

          A Revolução de Outubro é tão mal estimada hoje, mas ela em si significou um dos mais sinceros acontecimentos mais marcantes do século XX, onde uma sociedade recém saida de uma autocracia com moldes servis, de uma só vez, de um só sobressalto, passou rapidamente para uma sociedade com a ideia de construir um homem novo.

          Os soviéticos foram os pioneiros com relação a essa ideia de construir um homem novo, e foram radicais quanto a isso.

         A construção de um homem novo pode ser interpretada em vários textos, desde Marx, Goethe, Hegel até mesmo Nietzsche (embora esse ultimo queira mais desconstruir o homem do passado), mas essa noção em si se tornaria mais gritante talvez com a União Soviética.

          Essa reconstrução total do homem, inteiramente dedicado ao seu trabalho, com total devoção a uma causa comum, tentando se desvencilhar do individualismo, superando a moralidade ultrapassada, pode-se dizer foi copiada, mesmo que porcamente, pelo nazismo.

         O nazismo ficou conhecido por essa função, mas para a construção de um novo homem, teve que se apoiar em estruturas do passado, baseando-se quase que inteiramente numa deturpação histórica que por si só já mostra o carater ambíguo disso, pois ao mesmo tempo que visa criar um novo homem, precisa se afirmar no homem do passado.

         No socialismo isso é diferente,  o socialismo em si não possui essa necessidade esquisofrênica de se remontar ao passado para construir um novo homem, ele constroi a partir do presente, e a partir do homem ele visa reconstruir o mundo.

         As duas concepções de Mundo são inteiramente idealistas, do sentido hegeliano da coisa, pois ambas baseiam suas ações a partir de suas ideias, mas ao invés de darem voz completa ao razão, por vezes se seduzem com as proprias ideias.

          Contudo, enquanto o nazismo tenta se legitimar pelo fator sentimental, conquistando assim as massas, o marxismo tenta construir um novo a partir de um pensamento mais cientifistas.

          Não devo dizer que acho um tanto absurdo implantar uma cientifidade ao pensamento político, tanto que o marxismo se vê como "socialismo científico", mas isso é fruto do tempo em que o marxismo foi lançado, século XIX, quando a cientifidade extrema do positivismo contaminava as mentes da Europa e do Mundo em geral.

          A inovação em si, não parte do nada, mas começa pelo próprio homem, o homem sendo inovador em suas atitudes é capaz de inovar um todo, não digo progresso, pois isso é conversa de positivista, mas pode iniciar um novo começo.

            Hoje vivemos um abismo até filosófico, na sociedade de consumo atual, vivemos erratilmente tentando nos enquadrar em grupos, mas nós mesmos somos idealistas, e nos sentimos mais tranquilos quando consumimos, sem responsabilidade e preocupações coisas até inuteis. Publicizamos nossa vida particular no Facebook, no Blog e afins, mas somos terminantemente contrários a violbilidade de nossa vida particular.

          Indiretamente, mesmo sendo nós individualistas, nós publicizamos nossa vida no coletivo, isso é totalmente anomalo se pararmos para pensar.

           Eis que podemos ver que essa crise erratil nos trás esse problema totalmente estranho, mas como outros tantos, como a restrição de sua propria liberdade em prol de sua segurança, e logo percebemos que invés de cairmos para uma democracia plena, caimos em direção a uma ditadura em formação.

          Então, que tal inovarmos?

          Em tempos de crise nós nos vemos em obrigação a inovar, seja quanto a nossas mentes, quanto a nossas ideias, para isso temos que durante os dificeis dias de 1917, os russos inovaram seus pensamentos e trouxeram à tona a primeira Revolução Socialista bem-sucedida da História.

           Os franceses também se inovara na ocasião do inverno de 1789 e derrubaram um rei impopular e legitimaram um novo governo.

            O perigo da inovação é presente, como no caso da Alemanha no entre-guerras, onde se assistiu a ascensão do ideário como um todo nazi-fascista, e esse erro não deve ser repetido, afinal na construção de sua visão de novo homem, os nazistas não tiveram escrupulos e destruíram por todo o reconhecimento do próximo ao exterminarem as outras nacionalidades existentes, incluindo os judeus, eslavos e ciganos. Não devemos ser assim;

            Não estou oferecendo-lhes que mudemos o mundo como um todo a partir de já, eu estou convidado-os para uma reflexão calma e despreocupada, podemos transceder essa crise filosófica? Sim ou não? Como?

            Temos os exemplos do socialismo, das gerações antigas que se levantaram, e temos os exemplos dos erros que devemos evitar que ocorreram quanto ao fracasso no socialismo real e na deturpação irracional do nazismo em si.

            Podemos ver isso com outros olhares, mas termos consciencia que devemos construir um novo inovador, diferente de tudo, que só pode ser construído com a inovação na nossa própria mente, então, interessados?

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