terça-feira, 20 de maio de 2014

Um poema de noite

O semblante luminoso
do Cruzeiro do Sul
Seduz meus olhos
Com uma pequena
teia celestial
no imenso mapa estelar

O trópico de câncer
Inventa uma circunferência
No pequeno globo azulado
Cujo pequeno cosmonauta exclama
"A Terra é azul"

Pequena bola irregular
Feita de água e sal
Numa bolacha espacial
De um retirante sem lar

Queria que as estrelas
Tivessem respostas
Que escrevessem notas
Que parassem de viver entre elas

Que será esta pequena estrela?
Uma pequena anciã de cem anos atrás
Ou mesmo essa nova estrela?
Será uma supernova?

Supernova são ideias
Que saem do papel
E tomam a forma
De um sorriso

Sorriso de menina
Bem sapeca
Que abraça a alma
E beija meu corpo

Sorriso cigano
Que beija a escuridão
E brinca de criar ciúmes
No meio da sensação

Nas pequenas estrelas
Que observo de olho nu
Brinco de ficar te olhando
De corpo nu

Cigano sentimento de minha parte?
Nem sei consorte e mate
Pois tudo que me corta o peito
É pensar em Netuno e Marte

Quer me beijar? que me beije
Quer me ignorar? que ignore
Quer jogar? Que jogue
Mas não venha tomar
A sorte que é sorrir às estrelas
E beijar a escuridão dos seus olhos

Olhos de menina
Cujos barcos
estão presos
à marina


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