sábado, 24 de maio de 2014

Um verso desconhecido

As aventuras de um explorador
de chapéu  e chicote
Nas montanhas da Ásia
Nos desterros do Oriente
Ou nas florestas tropicais

Não se comparam a aventura
que temos quando imaginamos
A sorte de estarmos cada dia
Presos a um único passado
E livres a vários futuros

A similitude com que as corridas
Que as viagens que podemos ter
A própria imagem de um sopro
De livre e espontânea liberdade
Rompe qualquer inércia que venhamos ter

Não espero que essa retomada
de pensamentos otimistas
Passe a ter efeitos diretos
Na vida de ninguém

A forma com que a caneta inscreve
O papel riscos cada vez mais profundos
Como as rugas que findam a nossa mocidade
Me faz pensar em tudo que fizemos nesse passado

Nos amores deixados de lado
Nos destinos perdidos
E nas noites perdidas em álcool

O tédio que é manter a rotina
Me consumiu por inteiro
Para desejar apenas ir embora
E seguir a minha vida

Não preciso ter alianças com esse passado
Não quero ter algemas ao meu futuro
Só quero viver o hoje de forma inconsequente
Como sempre quis
Não ter prisões a nada nesse mundo

Liberdade, freedom, osvobozhdenie
Liberté, mon cherry
Nada mais do que seguir em frente
Nada mais a se prender

Agora eu sinto o ar balançar meu casaco
A camisa se desabotoar com a força desse espírito
E a caneta sempre como minha eterna companheira
Nunca mais espere de mim um sopro de inverdade

Os olhares esperançosos
Os olhos brilhantes de criança
O ar de confiança
Tecem desenhos sinuosos

As estrelas cantam essa sinfonia
Brincam de iluminar o meu caminho
E só desejo ter uma nave
e uma estrela para guiá-la

Um bom dia a você
 que acordou sonhador
que nem eu
Só deseja beijar pela última vez
uma mulher e partir para o desconhecido


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