sábado, 24 de maio de 2014

Poema de meia-noite

Desgraçado do homem que se abandona
Com um pedaço de pó
Ou por um rabo de saia
E se desencanta da vida
Sem viver a alma perdida

Desgraçado desse rapaz
Que acha muito fácil
Ser capaz
De não fazer nada

Mulheres, nada mais que mulheres
Como eu amo abraçá-las
Beijá-las e senti-las
Sentir o calor de nossos corpos

Como gosto dos seus beijos
Dos seus puxões de orelha
Suas arranhadas nas minhas costas
Seus suspiros às minhas mordidas

Mulheres, nada menos que mulheres
Eu gosto tanto dessas mulheres
Que não acham capazes
De mudar o que eu sou

Que me deixam livre
Para pensar na vida
E sequer querem me ver
Escrevendo sobre elas

Acho que realmente deve ser melhor
Pensar em tirar alguns beijos
Algum calor de nossos corpos
Do que me meter a apaixonar de novo

O amor da vida se foi
E o perigo que se tem a noite
É dormir com alguém
em sua própria cama

Digo dormir uma noite inteira
Pois sou espaçoso
E gosto da minha cama para mim mesmo

Sim, sou muito errado
Mas eu gosto de ser errado assim

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