sábado, 29 de março de 2014

Poema imaginário

Seu professor e doutor
Mestre e orientador
Preste muita atenção
No número que se
Elevado ao quadrado
Acaba terminando
Um negativo safado

Imagine um número
Que multiplicado por ele mesmo
Dá menos um

Imagine com atenção
Que esse número
Bastante acuado
Tome caminho
Muito conturbado
E acabe sendo negativo

Muito cuidado,
Cuidado professor
Pois um número imaginário
Só é ótica de boticário
Quando o cateto da hipotenusa
É igual a soma dos quadrados
De um pequeno triângulo
Desenhado por Pitágoras

O velho grego barbudo
Que gostava de beber muito
Nos festivais das ágoras
Ficaria surpreso
Que o cálculo de um número
De concepção filosófica
Terminaria com ele elevado
A três vezes sua potência
Terminando oposto ao início

 Temo professor que não entenda
Na forma de verso
Que o quadrado da hipotenusa
E o número imaginário de uma função
Terminem tão desencontrados
Quanto um hippie numa estrada
Ou um executivo na selva

Mas com muito sorriso
De cunho preciso
Na linha do compasso
E no cálculo do papel amassado
Acordo contigo
Que um número imaginário
Chamado "i" não é mais
Um pobre desgraçado
Que não tem nome em si mesmo

Ao contrário de mim
Que sou zero à esquerda

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