Linha imaginária que divide o coração em dois
Que divide nossas vidas em duas palavras:
Vida e morte.
No ar frio da madrugada, olho o espelho embaçado
Cortar o meu rosto como se fosse navalha
Os poemas são vazios, o mundo que é belo
Elegante e esbelto, nunca fica ultrapassado
Boa sorte a esse triste coração que não sossega
As árvores são poemas que a terra escreve para o céu
Nós a derrubamos e as transformamos em papel
Para registrar todos os nosso vazios na manhã gelada.
Café, caneta e papel. Eu te desenho nas letras tortas
Em duas estrofes e quatro versos. Imagino o inverso
A melancolia me toma enquanto vejo o seu sorriso
E desisto...
Rasgo o papel e vejo a linha imaginária
Que nos separa décadas no futuro
E metros no presente.
Eu te amo, admirável mundo novo
Que tantas novidades nos trazes.
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