Sinto saudades dos nossos dias
De euforia diamantina
Dos nossos gestos convexos
E dos nossos olhares perdidos
A solitude desse dia
corrompe minha mente
Enche o meu estômago de licor amargo
Estar só é estar triste
Nada me convence do contrário
Nada me diz que isso
Esse sentimento solitário
Traz-me temperança
Tudo que tenho esperança
É que a palavra que ecoa pela janela
Toque seu corpo mais uma vez
Tal como toca minha alma
Saudade é não encontrar um livro perdido
É esperar um ente desaparecido
Saudade é ser convencido
De que tudo está perdido
Saudade é esperar a primavera
Sabendo que é outono
Saudade é acreditar no pouco
E duvidar do todo
Saudade é ouvir a chuva
Olhar a janela da sala
Esperando o calor do corpo
De quem se ama
Saudade é o que eu sinto
Cada vez que te encontro
E imagino o quão duro é viver sem você
Saudade é esperar o que nunca se foi
Saudade é um jardim de cerejeiras no outono
Saudade é uma pequena flor
Que se convence que é germinal
Saudade é o que eu sinto quando estou sozinho
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