sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Solitude saudadina



   

       

        Sinto saudades dos nossos dias
        De euforia diamantina
        Dos nossos gestos convexos
        E dos nossos olhares perdidos

        A solitude desse dia
       corrompe minha mente
       Enche o meu estômago de licor amargo
       Estar só é estar triste

      Nada me convence do contrário
      Nada me diz que isso
      Esse sentimento solitário
      Traz-me temperança

   
      Tudo que tenho esperança
      É que a palavra que ecoa pela janela
      Toque seu corpo mais uma vez
      Tal como toca minha alma

      Saudade é não encontrar um livro perdido
      É esperar um ente desaparecido
      Saudade é ser convencido
      De que tudo está perdido

      Saudade é esperar a primavera
      Sabendo que é outono
      Saudade é acreditar no pouco
      E duvidar do todo

      Saudade é ouvir a chuva
      Olhar a janela da sala
      Esperando o calor do corpo
      De quem se ama

      Saudade é o que eu sinto
      Cada vez que te encontro
      E imagino o quão duro é viver sem você
      Saudade é esperar o que nunca se foi

      Saudade é um jardim de cerejeiras no outono
      Saudade é uma pequena flor
      Que se convence que é germinal


                            Saudade é o que eu sinto quando estou sozinho

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Haber e o uso da ciência para o "bem" e para o "mal"

A figura mais controversa pra mim na história da Ciência não é Oppenheimer (pai da bomba nuclear), nem Alfred Nobel (criador da di...