Eram 5: 34 da manhã e eu me peguei pensando em você. Senti saudades da sua voz, de suas risadas, de suas loucuras.
Senti uma vontade maluca de conversar com você e imediatamente fui pro Facebook, mas novidade: Você estava dormindo.
Você estava certa, que tipo de pessoa acorda às 5: 34 da manhã pra pensar em alguém e ainda quer conversar no Facebook? Essa pessoa sou eu.
Na verdade eu não queria conversar no Facebook, eu queria conversar pessoalmente, nós dois, no meio daqueles bancos naquele prédio principal onde costumamos nos reunir, só nós dois, mas nada igual como um encontro, só uma conversa. Trocar conversa fiada, falar coisas impensáveis, falar com certa liberdade.
Foi aí que eu percebi que eu sou um bobo de querer me afastar de você, porque acordar às cinco da manhã pra escrever essas coisas é ferro. Enquanto outros dormem você se levanta pra escrever besteiras.
Besteiras, quantas besteiras eu disse, algumas não eram besteiras é claro, mas a maioria era, de certa forma eu sinto vergonha das barbaridades que já disse perto de você e com você. Idealmente eu não queria fazer essas coisas, mas no fim, eu fiz.
São 5: 42 da manhã e ainda quero falar com você, mas eu não me emendo mesmo. Vontade chata de querer acordar os outros no meio da madrugada pra no fim ficar contido e não falar nada, é vergonhoso, bastante vergonhoso.
Quando estou com você, conversando, ouvindo, eu sinto que fico mais calmo, mais tranquilo, qualquer coisa que tenha estragado o meu dia é apagada no momento, mas quando ficamos calados é um silêncio constrangedor que me consome e todo um peso caí diante os meus ombros.
São 5: 46 da manhã e ainda tenho vontade de escrever mais baboseiras, acordá-la no meio da madrugada. Vou caçar alguma coisa pra fazer, sei lá assistir um filme brega na TV ou ver a inutilidade dos canais religiosos, eu tenho que tentar esquecer essa vontade absurda de querer conversar com você.
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
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