quinta-feira, 7 de junho de 2012

14:00 h

      Bate o ponteiro após o meio-dia, era tarde e fazia calor escaldante, queria sair, mas preguiça tinha, queria dormir, mas sono não tinha.

      Estava consumido de tédio, sem nada para fazer, pensou em ler um livro, mas já lia muito em demasia, pensou em assistir a um filme, mas nada queria...

      "De que adianta ler de César a Lukács se vontade me falta até de abir um livro?", perguntou a si o jovem rapaz.

      Pensou em ir ao cinema, mas sair de casa não queria. Pensou ir ao parque, mas roupa de corrida não tinha e nessa indolência preguiçosa se comprazia com o ócio de um dia.

      Torturava-se como tédio, nada queria, olhava para a tela e num sobressalto escrevia:

      "14:00 h

      Bate o ponteiro após o meio dia..."


       Percebe que nada muda o tédio, pois nada quer fazer, desliga a tela, pois já não quer mais escrever.

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