sábado, 17 de agosto de 2013

Prosa amada

        Há palavras a serem ditas? Há versos a serem pronunciados? O que dizer quando se está apaixonado? Não há o que dizer essa é a verdade, tudo parece ser pequeno frente a força desse sentimento  que prevalece no nosso peito e modifica nossos olhos; O monolítico traçado da vida de repente ganha cor e as palavras fogem de sua língua e você fica confortável com isso.

      Por vezes você esquece o que dizer por causa de um sorriso, mesmo que seja só amigável, afinal a piada não foi tão boa. Às vezes a gente esquece o que diz, mas nunca o que pensa, o que realmente sente. Isso fica nos olhares, nas mostras de carinho e afeto. E você percebe que isso é poema por si só.

      É um poema você ficar parado num banco depois de uma noite mal dormida refletindo sobre a vida e de repente aparece aquela pessoa que você gosta para conversar com você; Não há como ficar triste com isso, havia algo mais a se desejar? Creio que não. Os dias são mais incomuns e inconstantes quando você não ouve a voz dela e fica na exasperação e na procura monolitica em achá-la. E  você a acha quando olha para si mesmo, porque ela está no seu peito.

      Eu queria na verdade escrever um poema, não um ensaio, mas eu não consigo encontrar as palavras certas para esse fino sentimento; Engraçado, um poeta que esquece as palavras, no fim vou ficar desempregado.

       Pushkin dizia que a palavra de um poeta é a essência do seu ser. Engana-se, por que não encontro uma rima que seja boa para descrever esse sentimento

       Nas colinas da vida
       No longo alvoroço
       Capadócio
       Não há quem me diga

       Que o verso
        Se perde no amor
         E se ganha na rinha

         Porque quem foi amado 
          Sabe que a lira vende
          Apenas uma parte
           da razão

            A emoção dessa voz
             Tremula alto
             no verso

            Que tudo que  
            quero dizer é
            Eu amo você

            Amar e ser amada
            Nessa prosa levada
            Sem métrica e rima

            Dialética e prima
            Da própria paixão

            Acalanto para mente
            Nada e somente
            Eu amo você
  
           Um anjo acolheu meus braços
           E disse que queria conversar
           Disse que estava triste
           Mas foi ela que veio me salvar

            Tinha um sorriso inocente
             Uma risada de lente
             E um brilho de estrela

             Foi se a rima e isso me deixa contente, porque tudo que eu tenho na mente é dizer que eu te amo, porque  como eu disse no início da prosa as palavras não abarcam tudo o que eu disse, tudo o que faço, quando estou perto de você. Hoje, amanhã e sempre. O passado fica para trás, porque tudo que me importa é construir um novo futuro, um futuro com você do meu lado.
       

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