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sábado, 24 de março de 2012

ENEM ( uma tolicie sem igual)



         Certa vez passava pela rua quando vi desesperados alguns estudantes do ensino médio da Escola pública, eles estavam fazendo uma vaquinha para comprar uma revista para se preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio (vulgo: ENEM).


        Obviamente eu não percebi o porquê daquela preocupação dos garotos, além porque o ENEM não é tão difícil de se passar assim. Avaliemos as questões de História, questões de ordem prática, das quais posso dissernir algumas palavras:
http://www.replicante.org/wordpress/wp-content/uploads/2010/11/ENEM-Exame-Nacional-do-Ensino-M%C3%A9dio1.jpg
O Enem

        O que o ENEM cobra?

        Cobra que você saiba que quem foi o carinha que saiu do Porto de Lisboa em 1500 e que no meio do caminho se perdeu e acabou caindo na Ilha de Vera Cruz e os positivistas  clamam como descobridor do Brasil.

1) Pablo Neruda
2) Pero Vaz de Caminha
3) Pedro de Alcântara Carlos
4) Pedro Alvares Cabral

           Se você errou essa, pode-se dizer que até no ENEM você reprovou, o que é uma coisa ruim. Ruim, não por ser o ENEM uma coisa ruim, ruim por ser o ENEM uma coisa tão fraca e tão inferior no circulo acadêmico que você pode sofrer bullying com isso. Ninguém, em um mundo ideal, consegue reprovar no ENEM.

           Primeiro, História, História mesmo, o Enem cobra quase nada, é uma prova de conhecimentos gerais, tão fácil quanto aquelas cruzadinhas do Jornal de Domingo, até mesmo porque os textos disposto na prova praticamente te dão a resposta, basta ter boa interpretação.

Uma típica questão do ENEM
           O problema do ENEM é que ele julga por baixo a capacidade dos alunos de aprendizagem, primeiro, porque se eles colocassem uma proa rigorosa padrão Unb, quase setenta porcento das pessoas, ou mais, não iam passar, e isso mostraria tão cadente é o nosso sistema de ensino, segundo, não haveria ninguém, nenhum tolo qualquer que iria entrar na faculdade pública e pagar o emprestimo que o governo dá, com dinheiro público (que notavelmente é desviado), aos alunos para pagarem a universidade particular de quinta qualidade.


          O Brasil precisa formar engenheiros, mas precisa ainda mais enganar seu povo, dizendo que dá oportunidades para todos poderem crescer. Isso é uma ignonímia, se considerarmos que no Ensino Básico deixa-se passar erros graves de redação e da matemática, erros os quais perduram até o âmbito acadêmico.

         Aí não é só problema do governo, que já paga mal para todos os funcionários de ensino, e não investe em novas escoals, é um problema de desvio sistemático de verbas da Educação e um desinteresse crescente dos profissionais da Educação (ninguém mais quer ser professor, até mesmo por questão social).


         A escola pública básica é uma das coisas mais tristonhas que já vimos, pois além de encontrarmos a falta de carteiras para os alunos sentarem, falta de giz por exemplo, professores (honestos ou não) ficam por tempo demasiado de licença.

          Além disso, vivenciamos na educação um gigantesco problema, pois além de não haver empenho do Governo na Educação, também não há empenho dos pais em educar seus filhos... Tanto que não são raros os caso de crianças mal-educadas e mimadas baterem em seus professores e serem suportadas por seus pais irracionais que sempre julgam o professor como culpado.

É assim agora


Íliada não é um pouco demais?
             Acrescenta-se aí o fato de que são poucos os pais ( notadamente os pais com melhor condição financeira ou com verdadeiro empenho para com a vida dos filhos) que incentivam desde as idades terrenas ao contato com os livros, e sim, as crianças estão ficando acostumadas mais cedo a ficarem em frente a TV e ao videogame.

              Tem ainda o problema da grade curricular do ensino, que importamos do ensino francês anterior aos anos 60, em que levamos os jovens a ler clássicos à força, sem terem contato com o vcabulário totalmente ultrapassado, como por exemplo Ilíada e Odisseia, Camões e afins, enquanto livros atuais ou mesmo mais indicados para as idades dos alunos são desconsiderados.




            Esquecem-se os educadores que os nossos pais aprenderam a ler foi com os gibis, por que não usar mangás o mesmo revistinhas em quadrinhos para ensinar as crianças a ler nas séries iniciais?



            Há ainda uma valorização absurda no ensino de materias que envolvam ciências exatas, como a matemática, herança maldita do positivismo, na qual criamos nada mais que robôs que tentam resolver cálculos absurdos sem sequer souberem problematizar problemas políticos, como os sistema parlamentar brasileiro.


           Einstein não era gênio por ter desenvolvido a Teoria da Relatividade ou  ter efetuado os cálculos da velocidade da Luz,  mas era um gênio por não só se prender a isso e ter pelo menos o senso crtítico de sua sociedade.
 

           Poucos aqui sabem que o Superman foi desenvolvido (mesmo que porcamente) nas ideias de Nietzsche, que o Mar Negro tem esse nome porque suas águas tem uma coloração escura, ou mesmo sabem problematizar que não importa se o Brasil foi descoberto em 1500, mas que a identidade Brasileiro só foi surgiu no século XIX com os nacionalismos, e ainda não é tão forte quanto os regionalismos.

          Poucos sabem que para enfretar o governo não há necessidade de advogado, que o sistema político instalado é tão arcaico que remonta à época clientelista da República do Café.

          É de proposito que o ensino é sabotado, não só porque as elites sentem medo de que se o cidadão ao desenvolver um senso crítico se revolte contra elas, abrindo margem para uma Revolução (Chega a ser um milagre que desde a vinda da Família Real, o Brasil tenha assistido apenas golpes militares desencadeados pelas elites, mas nunca revoluções desencadeadas pelas massas). As elites não gostam que os cidadãos comuns possam ter um senso crítico que as contraponha em seus luxos, e muito menos que iniciem uma revolta popular, não à toa manipulam a mídia.




         Chega de bater só na mídia, tá na hora de bater no cidadão comum. Você fica dizendo: "Ah, eu sou manipulado, eu sou manipulado!", mas você é o primeiro ao assisitir o Big Brother, votar em que vai ser o líder, reclamar no Jornal Nacional que o Sarney faz isso, faz aquilo, que o país não presta, mas é o primeiro a subornar um guarda de trânsito para lhe tirar a multa, e sim você fica puto quando o Ricardo Teixeira rouba milhões da CBF, que nem é pública, mas vira as costas quando Valdemar da Costa Neto, um reconhecido corrupto, sai ileso de uma investigação. Você é o hipocrita dessa história! A sociedade brasileira só é o reflexo do que você e outros são!








            Do que falava mesmo? Ah, sim, educação! Já basta o Cristovam bater todo dia na lente do seu teleivisor, dizendo que a resposta é: "EDUCAÇÃO! EDUCAÇÃO! EDUCAÇÃO", porque a palavra em si só serve pra pontuar o dicionário do Aurélio, pois educação, educação mesmo não precisa ser toda hora dita, ela é feita!

Ele fica falando isso a um tempão, mas quando foi Ministro da Educação, pouco fez também


           Levante esse traseiro gordo da poltrona do seu sofá, desligue a novela das 9, e vá ler um livro, ou se não tiver livro, no pior dos casos, leia a Wikipédia. Pois o ensino não acaba quando você tem um diploma, ele só acaba quando você morre de velhicie!



            Voltando ao ENEM, os absurdos que encontramos nas provas mostram sim a carência do ensino educacional brasileiro, uma carência que remonta sim desde a Ditadura (existe a lenda que o ensino no Regime Militar era melhor, mas isso era uma grossa mentira! Meu pai estudou nissso e tem problemas reais para problematizar algumas questões e até mesmo de redação).


             Os governos, tradicionalmente pouco investem em educação,a exceção talvez tenha sido à época do Positivismo, que querendo ou não, na República Velha se instalaram as primeiras escolas, mas essa noção educacional só tinha a ver com a visão positivista de "civilizar" uma nação de iletrados.


              Pois eis que no período Vargas, e principalmente no período republicano paternalista, o Populismo, as elites perceberam que era mais vantajoso ter as massas em constante estado de alienação, do que educá-las para por fim acontecer o mesmo que com a Rússia. Uma Revolução (O Brasil esteve muito perto disso, na Coluna Prestes, mas nessa época Prestes não era comunista, e não teve nenhuma oportunidade de instalar revolução na afamada Intentona Comunista).


            Agora que o Brasil despontou como uma grandeza no mercado internacional, as elites perceberam que precisavam de trabalhadores capacitados para produzir os seus produtos. Isso quer dizer, agora incentivam os empregados a aprenderem, mas numa corda tênue, não deixando que eles possuam senso crítico;




          Em outras palavras, estamos criando robôs técnicos sem nenhum senso crítico.

Eis o seu futuro, camaradas, maquinas sem senso crítico


          O ENEM é uma tentativa fadada ao fracasso de inserir individuos sem um preparo escolar bom (isso em virtude da ingerência do próprio estat) no âmbito acadêmico. Ela plurariza o ensino sim, ela insere membros de outras classes na universidade sim, mas não se preocupa em dar a base para que tais alunos posssam exercer seus estudos de maneira justa na universidade, visto que possuem carências de ensino que remontam aos tempos da educação básica.



           Ser universitário não garante mais emprego em virtude disso, pois o diploma não mais garante que esteja capacitado para o mercado de trabalho, afinal de contas, a função da universidade não é sanar as carências do ensino básico, mas desenvolver estudo de qualidade e pesquisas. Não à toa que as taxas de evasão dos cursos universitários no Brasil são realmente altas.

           A proposta do ENEM ser utilizado como critério de avaliação nas universidades, nada mais é que uma ação política de proposta populista, na qual o governante X vê-se com o carisma elevado dentre os estudantes que passaram por esse sistema, pois estes sentem-se priveligiados por tal política, ou mesmo não percebem o que há por trás dela.

As perolas do ENEM



              O ENEM não que produzir outra coisa senão tecnocratas sem nenhum senso crítico, pois essa é a proposta de ensino atual do Ministério da Educação, pois o populismo não sobrevive sem que as massas se vejam alienadas.


                Por essas razões sou contrário ao uso do ENEM como critério de avaliação nas universidades, mas então o que sou favor?


              Sou a favor de que se largue de lado a preguiça com que nós temos ao tratar a educação e nos empenhemos em ensinar as crianças a terem o primeiro contato com o livro, sou  a favor de pressionarmos o governo a melhor  a base de educação, a Educação Básica e a Educação do Ensino Médio.

O que importa é o Ensino Básico, pois nele está a base de toda a cadeia escolar



           Sou a favor de se reestruturar o sistema de ensino arcaico com qual nós nos deparamos, educadores e alunos, excessivamente burocrático e pouco funcional.

            Sou a favor de que os pais envolvam os seus filhos em uma educação continuada, na qual eles próprios desenvolvam seus valores e não deixem aos encargos dos educadores a tarefa de educar as crianças as regras de convivência social.





            Pais, educadores, alunos, uni-vos nessa cuasa justa e proletária, pois sem ela, não há como fugir de esteio estreito de dominação e injustiça!

Eis deve ser o seu dever, uni-vos pela causa educacional!

O crime da intolerãncia

        Nessa última semana ficamos estarrecidos com o que sew passou nos noticiários como um todo. Os crimes de intolerância estão ficando mais visíveis ultimamente.
      
         Não que não existissem, sejamos claros, existiam, mas agora temos a sensação de que estão crescendo, visto que numa única semana foram presos três acusados por intolerância racial e religiosa, dois em Brasília e um França, das quais, nos ataques em Toulosse essa semana tivemos o mórbido saldo de três mortos (seriam quatro, mas nao considero um só dia que o assassino tenha sido uma pessoa em algum dia).

          No Brasil, mais específico em Brasília, um grupo de neonazistas (talvez seja o termo mais aplicável nesse caso) realizou meses atrás ameaças a um deputado federal, reconhecidamente homossexual, e ameaçou aindao Departamento de Ciências Sociais da Universidade de Brasília, ameaçando entrar com metralhadoras no campus e cometer uma bárbarie similar ao Massacre de Realengo (no Rio de Janeiro).

          Eu tive a infelicidade de ler o blog do infeliz que incitava tais ideia, que atendia pelo nome de Silvio Koerich, um nome notadamente falso, visto que as ideias que ele propagavam já figuravam crime. Além de ameaçar as lésbicas (a quem ele associava ao Departamento de Ciências Sociais da Universidade), os gays, ele possuia realmente uma postura realmente machista, que chega a assustar qualquer ser humano normal.... Incitando a violência contra as mulheres, a quem enquadrava como "imorais", mas ele mesmo era imoral, tendo em vista que ele era a favor da pedofilia.

           Esse infeliz numa postagem incitou uma chacina às lideranças feministas, mas o pior de tudo isso foi que ele publicou uma fotografia de uma mulher, nua, com a cabeça decepada. Eu fiquei realmente chocado com tudo isso.

            Milhares de denúncias partiram à Polícia Federal de todos os cantos, e o mentor desse crime começou a ser investigado, enquanto isso as ameaças ao campo univeristário perduravam... Talvez tenha sido por esse motivo, mesmo numa eleição que julgo ter sido fraudulenta, que foi aceita a entrada da polícia militar no Campus Universitário.

             Dessa vez tivemos a sorte desses infelizes terem sido presos a tempo.


            Nessa quinta-feira,  os dois responsáveis por esssas atitudes  foram presos. A dupla, segundo policiais, teria aconselhado Wellington Oliveira, o assassino de 12 crianças na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio, em 2011.

             Outro detalhe importante a sustentar a tese da existência de uma rede terrorista é o fato de que os dois dispunham de 500 mil reais em uma conta bancária.

           Um dos responsáveis por propagar tais ideiasis, estava sendo alvo de investigação pelo Conselho Disciplinar Permanente da UnB, onde cursava Letras, devido ao seu envolvimento em conflitos raciais. O processo ainda está em andamento e tramita de forma sigilosa. Por não ter frequentado mais a universidade durante dois semestres consecutivos, esse infeliz perdeu sua vaga em 2006.

          Agora, o seu companheiro de crime, segundo a Polícia Federal,  tera participado de assassinatos na capital paranaense. A motivação de todos os supostos homicídios, até agora sem autoria, seria a intolerância. Se for comprovada a cumplicidade de Rodrigues nos crimes, ganhará ímpeto a veracidade do plano da dupla de matar alunos a cursar faculdades de Direito, Comunicação e Ciências Sociais da UnB. Os ataques se dariam em uma casa de eventos.

            Isso comprova o que eu digo a tempos, o nazismo está mais forte do que nunca (ainda não mais que em 1938 é claro), a intolerância perdura, e mesmo em sociedades ditas "democráticas" e ditas plurais, sem preconceitos (alguns têm a audácia de dizer que no Brasil não há preconceito!), isso anda acontecendo.

            Não vou enfatizar a temática psicológica que envolve um maníaco como esses, por três motivos:

           1) Não tenho estudo sobre Psicologia para isso;
           2) Não me interesso em perder tempo em estudar uma mente doente como essa;
           3) Essa é mais chocante. Eu sou a favor da pena pérpetua para crimes de intolerância (na verdade sou a favor da pena marcial, mas eu não estou aqui para propagar a defesa da pena de morte).

           Agora na França, parecemos assistir não só o problema dos grupos neonazistas, mas também grupos do fundamentalismo islâmico, visto que nos últimos anos a sociedade francesa, sob Sarkozy, tem vivenciando um sentimento anti-islâmico para contra as populações imigrantes. Não só na França, na Alemanha também, com os turcos, mas na França é mais grave, pois além da França (mesmo sendo um bastião revolucionário), ter membros da sociedade bastante  conservadores, ela assenta uma das maiores populações religiosas na Europa de judeus e islâmicos.

          A França, desde a ascensão do nazismo na Alemanha, talvez antes, se tornou um local para onde as populações judaicas procuraram refúgio de suas perseguições (A Inglaterra foi mais, mas a Frnaça tem um número considerável).

          Além disso, desde a virada do século XIX, a França ocupava colônias territoriais no Norte da África, onde notavelmente as populações são islâmicas, e com os movimentos de Descolonização no meio do Século XX, notavelmente na Argelia, muito membros dessas sociedades acabaram seguindo para a França, continuando a manter suas religiões e hábitos religiosos.

         Não que eu esteja dizendo que só porque o  cara é islâmico ele tem que ser terrorista, não é nada disso. A questão é que na França, tal como em outras sociedades européias, observa-se um sentimento de aversão, por vezes figurando a xenofobia declarada, para com as populações imigrantes, mais ainda em períodos de Crise, como a qual vivenciamos... Os franceses se vem "roubados" de seus empregos, pelos imigrantes, ocupações que antes nem se davam ao trabalho de procurar.

         Isso já é um fator que torna a situação complicada, outro fator é o Governo Sarkozy, mais em específico mesmo, restringir ainda mais a política de imigração francesa, dificultando assim a entrada de mais imigrantes na França, o que reconhecidamente frustra a vida de muitos membros da comunidade islâmica.

         Além disso, mesmo a França não ter se envolvido nas Guerras Americanas do século XXI com força (até porque a França tem um histórico de perder guerras respeitável), ela continua sendo um aliado importante dos Estados Unidos, o que para algumas organizações terroristas é um fator mais do que fundamental para deslanchar um ataque terrorista.

           Agora, conciliando isso à visão de Bauman sobre  a sociedade atual, observamos que não só a perda de empregos está fundamentando algumas ações dos jovens na Europa, mas não só isso, há também o fator de que numa sociedade de consumo como a nossa, por vezes, quando as pessoas são terminantemente recusadas do papel imposto pela sociedade, consumir, elas iniciam ações para se mostrarem na sociedade individualista. Isso também é uma possiblidade, mesmo que remota.

           Em todo caso, em Toulosse observamos por dois ou três dias, a existência de um assassino em série misterioso que propagava terror e sangria no Sul da França, o caso mais marcante talvez tenha sido o ataque à escola judaica, na qual morreram um professor e seus dois filhos. Isso me encheu de revolta, afinal, querendo ou não, são o meu povo.

            Em todo caso, na quinta-feira mesmo, os gerdames, a polícia francesa, montaram um cerco ao apartamento do atirador de Toulosse e iniciaram as negociações...Negociações frustradaas quando o atirador tentou fugir e levou um teco na testa.

          Querendo ou não isso mexeu com a sociedade francesa, e agora os candidatos mais reacionários, contrários aos imigrantes, estão mais em voga. Mas a questão que mesmo tenha acabado, uma coisa não encaixa: as duas primeira vitimas desse atirador não são judias, são muçulmanas. Então, por que esse camarada faria isso com sua gente?

          Talvez seja porque os muçulmanos não sejam esse grupo todo homogêneo e antagônico a nós quanto os Estados Unidos pintam, e Israel também, os muçulmanos têm radicalismos sim, assim, como os cristãos e os judeus (existem terroristas judeus, sabiam?). A intolerância não é restrita a uma religião, mas é geral à todas (exceto às religiões mais orientais, como o Budismo).

          A intolerância é inerente à sociedades com diferenças marcantes, na qual os individuos não se vem iguais aos outros, e se tornam estranhos entre si, pois o individualismo que vivemos gera um egocentrismo no qual o eu (ego) se sente mais poderoso que o todo e assim superior.

          Não vou dizer também que no marxismo não tenha isso, pois na verdade tem sim, mesmo que em menor grau, pois as pessoas, como individuos amorfos e imperfeito não compreendem que não é pela semelhança que somos iguais, mas sim por nossa diferença. Pois a única coisa que temos iguais é por sermos seres humanos, e por sermos humanos somos iguais.

          

A Jihad na mídia brasileira

         Jihad é o termo de origem islâmica que remete a idéia de guerra fundamentada pela religião, uma dita "Guerra Santa". Esse termo pode parecer estranho aos olhos de um liberal total, ou de um pequeno-burguês alienado, mas é o que assistimos ultimamente na mídia televisionada de massas.
A Jihad televisionada








           Devemos fazer uma reflexão sobre o panorama social e político a cerca de um tema que parece ser indiscutível para alguns brasileiros mais ferrenhos: Religião.





            O senso comum, esteriotipizado, sobre o brasileiro diz que: O brasileiro tem que ser uma mistura de Zé Carioca e Neguinho da Beija-Flor, andar como um maladro de chapéu Panamá na Lapa, tocando a viola enquanto vê a mulata passar. Religioso só na Igreja, católico na essência, vai no terreiro de umbanda, porque adora rezar. Não gosta de política, vive na curtição, mas quem a chance, comete corrupção. Eis a imagem que alguns têm do Brasil.

Pelo esteriótipo deviamos ser igual o Zé Carioca


         Esse esteriótipo é cheio de erros, mas a despeito de todos, o mais marcante é, brasileiro não é mais obrigatoriamente católico. O papa pode vir, conta suas bulas em Latim, mas quem que ouvir, não é tanto assim. Agora paro de fazer rima, e vamos para crítica.


           Assistimos desde a década de 1980 um crescente números de pessoas que decidiram abandonar o catolicismo romano a fim de encontrar outra fé... Assim, observa-se um crescente número de fiéis na Igreja Protestante (se podemos chamá-lá assim).

           Isso é em virtude de que por muito tempo a Igreja ficou a margem dos problemas sociais, apoiando inteiramente as bula Papais do Vaticano, mas assistimos na década de 1970 um crescente empenho dos religiosos da Igreja em peitar o poder militar e tentar solucionar os problemas sociais, mais em específico nas nascentes favelas.


           Era a Teologia da Libertação, da qual muitos movimentos, como a Pastoral da Criança acabaram nascendo. O poder ditatorial não via com bons olhos a isso, enquandrando absurdos agora, como "padres comunistas", torturando-os e os prendendo. Os cardeais e clérigos de alto escalão da Igreja, omitiram-se de manifestar-se contra os excessos da Ditadura (Houveram exceções como Dom Helder Câmara), e muitos religiosos tiveram impostos votos de silêncio pela própria Igreja.

A Teologia da Libertação
            Assim, assiste-se um número relevante de clérigos que abandonam a Igreja Católica e começam a fundar suas próprias igrejas (muitas vezes evangélicas) nas favelas.

            Ainda observa-se que alguns indivíduos da sociedade, religiosos ferrenhos, tentando moralizar a sociedade à sua maneira, iniciam movimentos religiosos, fundando Igrejas Evangélicas nos setores periféricos das cidades. Não sei dizer se inicialmente houve algum idealismo nisso, de que eles queriam salvar a todos desse "mundo de pecados",  e levar todos os crentes ao "Paraíso", ou se eles já queriam aproveitar desde o ínicio o potencal econômico junto à fé.

            O que observamos é que pseudo-moralistas comedores de Bíblia começaram a pregar em altares improsados em comunidades pobres, para as massas sem muito consciência coletiva, era expansão da fé.
Uma Igreja numa comunidade carente


            Além disso, observamos no comparativo entre as Igrejas Católica e Protestante, para que os pecados sejam perdoados, no catolicismo, é preciso rezar quantas orações o padre pedir e arrepender-se de seus pecados, em alguns casos, na Igreja Protestante, observamos que basta pagar uma quantia para garantir seu lugar no reino dos Céus.

             No catolicismo, a profissão mais tensa e perigosa com certeza é a de Coroinha, pois afinal de contas é o coroinha que fica mais perto do padre, que por ventura tiver predileções pederastas, acaba abusando de seu assistente clerical. Nota: Nunca seja coroinha!

             Os recentes casos de pedofilia (não tão recentes assm) na Igreja, fundamentaram a evasão de alguns fiéis da Igreja Romana para outras entidades religiosas.

           Além disso, devemos considerar que muitos católicos sequer eram religiosos, diziam-se católicos apenas por convenção social, mas na prática, estavam envolvidos em uma devassidão e comportamentos ditos imorais que associavam a sua própria falta de fé. Assim, num dado momento, decidem-se purificar de alguma maneira, quando a consciência pesa, e decidem-se converter ao protestantismo.


A eterna briga





            Outros só se convertem mesmo porque a família inteira se converteu ou mesmo se convertem para ficarem mais próximos de pessoas com quem queiram ter maior intimidade, ou no pior dos casos, para se despontar como falsos moralistas.


            Entendemos que a prática do Dízimo (que geralmente era dar 10% do seu salário) que alguns pastores dizem "agradar ao Senhor, no Reino dos Céus", reside uma grossa cadeia econômica que não só suporta a Igreja, mas também uma cultura de ícones.

Enquanto pensam em salvação outros pensam...

           Parece estranho, não é mesmo? Afinal de contas, o protestantismo é contra a adoração de ícones em muitas coisas (a começar que não tem santos), mas quando observamos mais a fundo a estrutura em torno do Dízimo entendemos isso. Pensem comigo:

           O Dízimo é um meio de agradar a Deus "ao fazer suportar sua casa aqui na Terra", onde você é coagido a dar dinheiro a D'us por uma questão moral, afinal ele deu a sua vida, construiu o Céu e a Terra, tudo em sete dias, e para lá tal.  Mas a questão é que D'us criou tudo certo? D'us é dono de tudo, certo? Então pra quê ele precisa de dinheiro, se ele tem tudo?

           Encontramos um paradoxo nessa concepção do dízimo, pois se D'us tem tudo, ele perfeitamente pode financiar a sua atividade na terra com as posses sobre todo o Mundo.

          Dirão alguns que o dinheiro não é para financiar a Igreja, mas apenas serve para mostrar a sua devoção a D'us, na qual os homens devem mostrar a sua fé na forma de dinheiro.

           Vemos aí uma forma estranha de sacrifício no cristianismo... Isso mesmo, uma hecatombe a D'us, na qual se dá o seu dinheiro, fruto de seu árduo trabalho, para ostrar a sua fé ao Senhor.

            Os cristão vêm como  atrasado, o sacríficio de pessoas na sociedade Asteca para saciar a fome dos Deuses, viam como atrasado, o sacríficio de animais ao fogo pelos gregos aos seu Panteão de Deuses, e viam-se enojados quando os judeus imolavam seus cordeiros a D'us, mas eles próprios promovem  o seu sacríficio a D'us, ao sacrificarem o seu próprio dinheiro. Vemos o cristianismo como uma religião tão"primitiva", como alguns etnocentricos usam, quanto a religião asteca, helênica, ou judaica.


               Mas então temos um problema. O que é feito com o dinheiro? É jogado numa fornalha para que a fumaça de seu papel-moeda chegue às narinas de D'us, tal como os gregos faziam com os ossos dos animais mortos em sacríficio a seus deuses? Não, o dinheiro é utilizado, mas não só para reformar as Igrejas, mas para pagar funcionários de D'us, que sequer foram empregados por ele pessoalmente, e para adquirir novas filiais mundo afora.

O sacríficio de dinheiro



               O cristianismo hoje é uma religião capitalista, afirmo isso botando minha cara à tapa, onde Igrejas, como as famosas Igrejas Universal do Não sei mais contas, Igreja da Graça de Pelourinho, Igreja Mundial dos Açores e Terras Além Mar, compram terrenos em territórios antes inexplorados por suas correntes, tal como Ucrânia, China, Casaquistão, Turcomenistão, Tajiquistão, Uganda do Sul, Sudão do Norte.




"O que vamos fazer agora, Cerébro?"


           Se eu fosse esquisfrênico com mania de perseguição, eu diria que há uma conspiração Mundial encabeçada por essas Igrejas que tenta dominar o Mundo!




            Pois bem, depois disso tudo, vamos ao que observamos nessa semana na Imprensa.





             A Rede Record de Televisão, de propriedade da Igreja Universal do Reino de Deus, que para fins legais é de Edir Macedo (ele diz que é de Deus, mas Deus não paga Imposto de Renda), publicou em materia especial em seu telejornal de Domingo, "Domingo Espetacular" (Que originalidade!) acusações exibidas na semana passada, baseando-se em documentos e registros em cartório, que o  líder da Igreja Mundial do Poder de Deus (concorrente), Valdemiro Santiago, tinha usado o dinheiro da Igreja para adquirir uma porção de terras no estado do Mato Grosso.
Valdomiro Santiago, pseudo-apostólo profissional

            Isso não foi lá uma atitude autruístra da Rede Record, porque ela vem há tempos, sendo acusada pela Rede Globo de Televisão (uma rede concorrente de alguma importância no cenário nacional) de utilizar  dinheiro dos fiéis para adquirir propriedades em nome dos membros de sua Igreja, incluindo Edir Macedo.




              Isso se arrasta desde 1992, quando Edir Macedo foi preso por falsidade ideológica, e a sua Rede d Televisão e sua Igreja perduram a ser investigadas pela justiça (isso se arrasta há 20 anos!).

Um bispo preso


               A Rede Record sazonalmente pisa no rabo preso da Rede Globo, ao lembrar o seu passado da Ditadura, e das fraudulentas negociações que Roberto Marinho, patriarca dessa rede, já falecido, obteve junto ao Governo Militar para liberar a concessão de sua rede de televisão na década de 60.
Se já era ruim assim, ainda tem como piorar

                Pois enfim, continuemos, a Rede Universal do Reino de Deus vem sendo constantemente balançada por acusações de desvio de dinheiro do Dízimo de seus fiéis para adquirir suas propriedades mundo afora e ostentar suas regalias.

              Assim, obsevamos um número crescente de fiéis abandonando a Igreja Universal em busca de redenção, em outras Igrejas, onde pelo senso comum são mais "morais". Assim, mesmo que devagar, a Universal vem perdendo fiéis, alguns deles indo para a Igreja da Graça de Deus e outros para Igreja Mundial.

            Não estranhem isso, o Brasil tem no mínimo umas cinco mil igrejas protestantes diferentes cada uma da outra.

            Pois enfim, a Rede Record, suportada pela Igreja Universal, iniciou anos atrás uma cruzada contra a Igreja Renascer, ao expor acusações aos membros fundadores da Igreja, que tinham entrado em Miami sem ter declarado o dinheiro e acabaram presos.



Esses dois bispos acabaram presos nos EUA


            Por um mês inteiro, a Record divulgou investigações (verídicas ou não, eu não sei o conteúdo dos documentos) nas quais acusavam os bispos da Igreja Renacer de desviarem o dinheiro de sua Igreja para fins próprios, corrupção.

             Com os incessantes ataques, a Igreja Renascer se viu-se desmoralizada, e a Igreja Universal despontou como a moralmente justa e tal.

 


              Eis que a Rede Globo lembrou o passado da Rede Record, e em 2011, se bem me lembro, no mesmo dia, no mesmo horário, os telejornais da Globo   (Jornal Nacional) e da Record (Jornal da Record) trocaram farpas por meia hora a fio, enojando a todos os telespectadores no horário nobre.

              Isso ainda não está resolvido, tanto que a Globo e a Record se odeiam até hoje.

              Pois então, a Record enfim teve a possibilidade de bater numa Igreja menor que a Igreja Universal, a Igreja Mundial do Poder de Deus, na qual lançou na semana passada acusações ferrenhas contra o dito apóstolo Valdemiro Santiago, o qual teria comprado duas fazendas no Mato Grosso com dinheiro vivo e desviado da igreja.

                                                             A denúncia contra Valdomiro

               Eis que Santiago nega as acusações. Em sua primeira entrevista desde o início das ataques pela Record/Universal, ele afirmava  que as fazendas não são suas, mas da igreja, contudo as fazendas apresentam o seu nome na escritura.

Não to falando nada

             Além disso, Santiago, anteriormente havia alegado que outro cara, talvez um homônimo, teria comprado aquelas terras e que a Rede Record estaria manipulando tudo, mas quando se revelou numa fotografia que o religioso estava na cerimônia de compra da fazenda, fazendo um churrasco para comemorar a compra, a situação alterou-se.






          Santiago desafiou a Record e Edir Macedo a abrirem suas contas a uma auditoria externa e independente. "Eu abro minhas contas, quero que sejam investigadas. Quero ver se ele (Macedo) faz o mesmo. Quero ver ele (sic) provar com que dinheiro comprou a emissora dele", declara, em entrevista exclusiva.




            Procurada, a Record informou, por meio de sua direção de Comunicação, que "a emissora e seu principal acionista, Edir Macedo, já foram vítimas de várias acusações levianas como estas que acabaram arquivadas no Supremo Tribunal Federal


         "A igreja (Mundial) comprou a fazenda. É legal isso. A fazenda é da igreja e tem documento para provar", afirmou Santiago. "Mas, se eu quisesse comprar fazenda, eu teria recursos. Você está vendo que eu tenho recursos (aponta para a parede com vários discos de ouro, platina e diamante; na parede, somam cerca de 5 milhões de cópias que ele vendeu como cantor).

          Eu fico me perguntando, quem compraria um CD desse cara, mas tudo bem, há gente que escuta Restart e Justin Bieber ao vivo.

           Pois agora, depois dessas trocas de acusações, lanço a minha:




           Je Accuse

            Je accuse as massas por se deixarem enganar por alguns ditos religiosos que nada mais fazem do que incentivarem a doação de enormes quantias à suas Igrejas enquanto observa-se profundas acusações contra si.
              Je accuse a justiça por não se apoiar em investigar tais denúncias de modo transparente, de modo que permite que tais investigações possam ser efetuadas em segredo de justiça, por trás dos panos dos verdadeiros interessados, a sociedade.

              Je acusse a Receita Federal e o Estado não se empenharem em tomar parte numa política fiscal na qual sejam cobrados impostos de tais associações como qualquer entidade com fins comerciais, tal como transparece na realidade.

              Je acusse a sociedade brasileira por se calar diante de tal ignonímia e suportar que tais acusações saiam impunes com o passar do tempo.

               O ponto máximo do Je acusse é o mais polêmico, eu acredito que ambas as instituições religiosas possuam corrupção dentro de suas associações, tal como a Igreja Católica, pois mesmo não tendo provas não basta ser muito inteligente para ver que as propriedades adquiridas por membros dessas sociedades clericais sejam incompatíveis com as rendas declaradas e imaginadas por membros religiosos.

          Cabe a vocês decidir o que devem fazer, mas eu sei o que eu sou, não me deixo iludir por tais pseudo-messias que aparentam bons moços, mas que na verdade usurpam o nome de uma religião.
          Se Deus existesse, ele não deixaria que tais pronassem seu nome tão gratuitamente por dinheiro.

Haber e o uso da ciência para o "bem" e para o "mal"

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