Num traçado de uma tangente
Um matemático meio demente
Descreve uma equação inconsequente
Dentre os pequenos cálculos
Um matemático meio demente
Descreve uma equação inconsequente
Dentre os pequenos cálculos
Puxa na saudade dos números
Encontrar a felicidade da cara-metade
Encontrar a felicidade da cara-metade
Como se isso fosse uma tenra novidade
Calculou que a soma dos quadrado dos catetos
Era igual ao quadrado da hipotenusa
Mas por uma inocente maldade
Imaginou o coração como um triângulo
Mas por uma inocente maldade
Imaginou o coração como um triângulo
Um triângulo que batia em três lados
Um lado era da paixão, que saia no piscar de um olho
Um lado era da paixão, que saia no piscar de um olho
Outro lado era o da fé, que era cego como um porco
E o terceiro era do amor, perdido na poesia
Pois bem, descobriu o coração rachado
nos três lados. Beijou o quadro com o giz
nos três lados. Beijou o quadro com o giz
Calculou o tempo de um piscar de um olho
Calculou o tempo de uma missa de fé
Calculou o tempo de uma missa de fé
Mas e o amor? Como se
calcula?
Hipoteticamente, não há hipotenusa
O matemático sem esperanças
Rasgou os papéis e saiu da sala descontente
Até que quando se deu conta
Se apaixonou pela ideia de ser matemático de novo
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