A sombra escura paira sobre a cabeça
O sabor terroso invade o paladar
E sinistramente desce agridoce
O medo corrompe meus olhos
A frustração me atrapalha a pensar.
A separação cria um blend amargo
Entre a solidão e a saudade
Com notas de raiva no fundo da garrafa
Perder um amor tão vivo é sempre duro.
No despertar da noite a insônia aparece
A ansiedade ressurge e corta o coração
Como uma navalha corta a garganta
E abissal, meu desespero se torna largo
Cada vez mais delgado, como uma girafa.
Dou de cara com esse grande muro
Que é sofrer calado de vaidade
De amar sem ser compreendido
De viver sem ser correspondido.
A madrugada se arrasta em meio à chuva
E sem iniciativa bebo o sumo da uva
O vento bate nas arvores e assobia
E um assobio perverso do que é a vida.
quinta-feira, 8 de novembro de 2018
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