A sombra escura paira sobre a cabeça
O sabor terroso invade o paladar
E sinistramente desce agridoce
O medo corrompe meus olhos
A frustração me atrapalha a pensar.
A separação cria um blend amargo
Entre a solidão e a saudade
Com notas de raiva no fundo da garrafa
Perder um amor tão vivo é sempre duro.
No despertar da noite a insônia aparece
A ansiedade ressurge e corta o coração
Como uma navalha corta a garganta
E abissal, meu desespero se torna largo
Cada vez mais delgado, como uma girafa.
Dou de cara com esse grande muro
Que é sofrer calado de vaidade
De amar sem ser compreendido
De viver sem ser correspondido.
A madrugada se arrasta em meio à chuva
E sem iniciativa bebo o sumo da uva
O vento bate nas arvores e assobia
E um assobio perverso do que é a vida.
quinta-feira, 8 de novembro de 2018
Hiato
Faz anos que eu não vejo
O silêncio como companheiro
Mas como hostil passageiro
Que me acompanha nas horas de dor
Como um gato que foge da chuva
Eu tento me proteger da tempestade
E vejo com tristeza o passar da vida
As pessoas partirem e só ter saudade
Em tempos tão difíceis, respiro devagar
Ergo meus olhos mais um dia e ando
Nesse grande deserto que se tornou a vida
Um grande marasmo que agride os olhos
Sozinho e trancado no quarto
Preso voluntariamente
Afastado do mundo, olho o horizonte
Sem expectativas, cheio de experiência
A dor de perder uma criança me corrói
Tão forte quanto soda caústica
Meus lábios ficam inertes, meus olhos se fecham
Tudo que quero é ficar mais um dia na cama.
Só mais um dia, mas a ansiedade não deixa
O vazio me incomoda, o desespero me toma
Só assim eu saio, mas nada faço, só vegeto
Em 24 anos, eu nunca esperei dizer isso
Mas eu sou apenas outro parasita inútil.
A solidão me carrega um peso assombroso
O fracasso me acompanha todos os dias
E sem entusiasmo eu sigo a vida
À busca de um oásis no meio do deserto.
Esse é o início do grande hiato
O silêncio como companheiro
Mas como hostil passageiro
Que me acompanha nas horas de dor
Como um gato que foge da chuva
Eu tento me proteger da tempestade
E vejo com tristeza o passar da vida
As pessoas partirem e só ter saudade
Em tempos tão difíceis, respiro devagar
Ergo meus olhos mais um dia e ando
Nesse grande deserto que se tornou a vida
Um grande marasmo que agride os olhos
Sozinho e trancado no quarto
Preso voluntariamente
Afastado do mundo, olho o horizonte
Sem expectativas, cheio de experiência
A dor de perder uma criança me corrói
Tão forte quanto soda caústica
Meus lábios ficam inertes, meus olhos se fecham
Tudo que quero é ficar mais um dia na cama.
Só mais um dia, mas a ansiedade não deixa
O vazio me incomoda, o desespero me toma
Só assim eu saio, mas nada faço, só vegeto
Em 24 anos, eu nunca esperei dizer isso
Mas eu sou apenas outro parasita inútil.
A solidão me carrega um peso assombroso
O fracasso me acompanha todos os dias
E sem entusiasmo eu sigo a vida
À busca de um oásis no meio do deserto.
Esse é o início do grande hiato
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